Notícias

Os transportadores foram pegos de surpresa nesta quinta-feira, 10 de março, com uma notícia nada positiva: ao anúncio da Petrobras reajustando em 24,9% o valor no diesel. A expectativa no setor era de que o fim da pandemia da Covid 19 traria mais estabilidade aos preços. No entanto, não contávamos com a guerra entre Rússia e Ucrânia, que vem provocando elevação do preço do barril de petróleo nunca vista, com graves reflexos no diesel.

O cenário que se desenha diante de nós é desafiador. Em primeiro lugar porque o diesel é um dos maiores custos nos insumos da atividade de transporte, chegando a média de 35% para uma transportadora e podendo chegar a 50%. E em segundo porque o aumento chega num momento em que a grande maioria dos transportadores ainda está negociando com clientes o repasse dos quase 50% de aumento que aconteceram ao longo de 2021.

E qual a solução que vemos para enfrentar este momento?

Existe, neste momento, a necessidade de um repasse emergencial no preço dos fretes!

No mês passado, em sua primeira edição do ano, o Conet (Conselho Nacional de Estudos em Transporte, Custos, Tarifas e Mercado), da NTC&Logística, já havia constatado a necessidade da recomposição do preço do frete em razão dos aumentos dos insumos do transporte. Na ocasião, foram apurados os índices a serem aplicados no serviço de cargas fracionadas (18,58%) e na carga lotação (27,65%).

Mas isso foi antes do reajuste desta quinta. Portanto, quando falamos de repasse emergencial falamos de um adicional de 8,74% nos preços do frete sobre a recomposição já consensada no Conet.

Transportador, o diesel já sofreu aumento de 49,6% somente neste ano de 2022! A rentabilidade do setor de transportes, que está próxima de zero, não suporta mais nenhuma alta de custo ou redução de produtividade. Nós não temos condições de pagar esta conta sozinhos. Ou seja, o repasse desse reajuste é uma questão de sobrevivência!

O TRANSCARES continua em alerta e acompanhando de perto a evolução dos acontecimentos mais recentes para apoiar e orientar as empresas do segmento do transporte rodoviário de cargas e logística.

Luiz Alberto Teixeira