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Privatização da Codesa é assinada e previsão é aumentar número de cargas movimentadas em 65%

Redação Folha Vitória
05 de Setembro de 2022 às 11:51
Atualizado 05/09/2022 11:51:19
Uma nova história começa a ser contada no modal portuário do Espírito Santo. Na manhã da segunda-feira, 6 de setembro, aconteceu a transferência do controle da Codesa, que administra o Porto de Vitória, para o novo investidor, pelo período de 35 anos. O evento foi realizado no cais comercial do Porto e quem assinou o contrato de compra e venda foi o Ministro da Infraestrutura (Minfra), Marcelo Sampaio, em visita ao Espírito Santo. Neste processo de modelagem, que começou em 2019, foram incluídos os terminais públicos de Vitória, Vila Velha e Barra do Riacho, e o novo presidente será o Ilson Huller, capixaba e conhecedor do setor, que até então coordenava o Terminal Login-TVV.
Além de Sampaio, outras autoridades marcaram presença. Estavam lá o secretário nacional dos Portos, Mario Polido, o prefeito de Vitória, Lorenzo Pasolini, representantes da Antaq, conselheiros e diretores da Codesa, operadores logísticos e empresários, entre outros. O Transcares também esteve presente, representado pelo superintendente Mario Natali. Ele participou a convite do Minfra na qualidade de membro do Consad, colegiado de nível superior que participou ativamente do processo de privatizaçao.
Durante a cerimônia, o ministro destacou que essa é a primeira privatização realizada pela pasta e afirmou que a previsão é aumentar a movimentação e a competitividade do porto, com o objetivo de torná-lo referência, capaz de ser um vetor para o desenvolvimento socioeconômico e otimização da infraestrutura do Estado.
“Essa é a primeira privatização que fizemos no ministério. Acreditamos no poder do setor privado. Esse Porto de Vitória vai ser uma referência de eficiência para o Brasil e para o mundo. Vamos ver esse porto crescer. Este é um dia histórico”, disse ele.
Com a privatização, a previsão é que o número de cargas movimentadas aumente em 65% passando para 14 milhões de toneladas por ano.
“O PIB do País passa pelo setor portuário. Escolhemos a Codesa por ser um porto bem estruturado e temos certeza que, a partir de agora, teremos investimentos e a eficiência do setor privado para o Porto de Vitória”, completou ele, fazendo questão de ressaltar, ainda, que mesmo com a concessão da Codesa à iniciativa privada, as diretrizes de funcionamento da nova empresa serão sempre em consonância com as orientações da Antaq e outros segmentos do Minfra em busca do melhor e de um novo tempo para um Estado com grande vocação logística. Sampaio falou também que existe a expectativa de geração de mais 15 mil empregos nos próximos 35 anos.
A Codesa foi vendida por R$ 106 milhões ao consórcio em leilão realizado em março. A vencedora do certame, que vai administrar os portos de Vitória e de Barra do Riacho por 35 anos foi a FIP Shelf 119 - Multiestratégia. Disputado por duas empresas, o certame teve quatro dezenas de lances e chegou a uma outorga de R$ 106 milhões.
Com a desestatização, a Codesa deixa de ser uma empresa pública e torna-se de capital privado após o pagamento de R$ 326 milhões por suas ações. A nova companhia vira concessionária dos dois portos com fiscalização da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
Fonte: Assessoria de Comunicaçao TRANSCARES e Folha Vitória