Notícias
Filtrar Notícias
Intenção de consumo das famílias mantém crescimento
Notícias 22 de agosto de 2022
A pesquisa nacional de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) de agosto, divulgada ontem (18) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostrou continuidade do processo de crescimento iniciado em janeiro, somando 82,1 pontos. É o maior nível desde abril de 2020 (95,6 pontos) e superou os resultados do mesmo mês nos 2 anos anteriores. O avanço de 1,1% do indicador no mês foi puxado pelo maior otimismo das famílias com renda acima de dez salários mínimos. A variação anual atingiu expansão de 17%.
A economista da CNC e coordenadora da pesquisa, Catarina Carneiro da Silva, disse que há mais de um ano as famílias com renda superior a dez salários mínimos se mostram mais otimistas do que aquelas de menor renda, mas que “este mês a variação foi mais forte e isso chamou a atenção. Mas já faz um tempo que elas estão mais otimistas”.
Catarina explicou que as famílias que recebem mais de dez salários mínimos têm maior acesso à renda e estão conseguindo consumir não só o que é essencial. “Elas estão tendo maior capacidade de consumo, tanto que o indicador delas de consumo atual atingiu 85,5 pontos em agosto, e o acesso ao crédito está acima de 100 pontos [100,5]. Elas já estão satisfeitas com a sua renda e com seu crédito também. Em agosto deu uma virada e, apesar da inflação, as famílias têm um rendimento maior e conseguem consumir”.
A economista da CNC disse que os juros altos não têm um peso grande no rendimento dessas famílias e, por isso, elas estão conseguindo ter um melhor acesso ao crédito. “Por causa desses fatores, elas estão conseguindo se sobressair no consumo”.
Cautela
Já as famílias de renda até dez mínimos têm que escolher o que consumir e acabam priorizando o consumo de bens essenciais. Catarina disse que apesar do auxílio emergencial, os juros altos e a inflação alta fazem com que esses consumidores sejam mais cautelosos e tenham mais dificuldade para tomar o crédito para consumir. “Elas estão avançando também, mas não tanto como as outras famílias”.
Catarina Carneiro disse que a perspectiva de consumo das famílias de menor renda já passou a ser positiva neste mês. “Apesar das dificuldades, elas estão aumentando sua perspectiva de consumo, aos poucos”.
Para o grupo de famílias com renda acima de dez salários mínimos, a intenção de consumo avançou 3,3% em agosto, enquanto para o grupo de menor renda, o ICF apresentou variação positiva de 0,4%.
A CNC destacou, no mês de agosto, o crescimento do nível de consumo atual (2,8%), o maior dos últimos 6 meses. Esse item foi o que obteve o maior crescimento em ambas as categorias de renda: 2,1% para famílias com renda abaixo de dez salários mínimos e 5% para famílias cuja renda supera dez mínimos.
Emprego
A pesquisa da CNC mostrou que, em relação ao mercado de trabalho, os jovens abaixo de 35 anos de idade são os mais favorecidos, ocupando 80,6% das vagas de emprego abertas em junho, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Assim, essa parcela da população aparece com maior disposição para consumir.
“Os jovens abaixo de 35 anos são os que estão consumindo mais, justamente porque estão tendo maior acesso ao emprego. Eles estão tendo mais rendimento, mais salários e estão consumindo mais”.
O IFC que mede o nível de intenção de consumo dos menores de 35 anos de idade ficou em 72,2 pontos em agosto, com variação anual de 21,3%, contra indicador de 56,4 pontos para os maiores dessa idade, cujo avanço foi de 10,2%, no mês pesquisado.
Catarina apontou que a perspectiva de consumo está acelerando tanto para as famílias de maior rendimento como de menor rendimento. Lembrou que, em julho, as famílias de menor rendimento tiveram queda na intenção de consumo de 1%, devido às incertezas da economia e aos desafios da inflação e dos juros.
“Neste mês, elas já recuperaram e viram que os rendimentos do Auxílio Brasil vão ajudar. Com isso, estão aumentando as perspectivas de aumento do consumo aos poucos”.
O IFC de agosto mostrou elevação de 0,5% na intenção de consumo dos consumidores de menor renda. Considerando todos os respondentes, a perspectiva de consumir no próximo trimestre teve aumento de 0,8% no mês, contra 0,2%, em julho.
Quanto à perspectiva profissional, as famílias de menor renda tiveram queda de 1%, enquanto as famílias de maior renda estão mais otimistas em relação ao emprego nos próximos meses (2%).
A maior parte dos consumidores revelou segurança no emprego atual (33,3%), o que não ocorria desde abril de 2020. Embora tenha sido registrada essa melhora da percepção do emprego atual, a perspectiva profissional recuou 0,3% no geral, retirando parte do efeito positivo de julho (0,5%). “Essa queda pontual não retira todos os ganhos que teve ao longo do ano”, disse a economista.
A pesquisa nacional de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é um indicador antecedente, cujo objetivo é antecipar o potencial das vendas no comércio. Todas as unidades da federação são contempladas na pesquisa, totalizando 18 mil questionários, analisados mensalmente.
Fonte: Agência Brasil
Competitividade em pauta: Transcares e setores produtivos se reúnem para discutir novo calado do Porto de Vitória e entraves do modal
Classificados 22 de agosto de 2022
Apesar da boa notícia a respeito do novo calado, o grupo convidado não deixou de citar sua preocupação com os gargalos ainda existentes, que dificultam as operações com contêineres, e destacou também a necessidade de uma posição dos portos capixabas e da autoridade portuária, no sentido de, enfim, otimizar a competitividade de um Estado que tem a vocação logística em de DNA.
“Foi uma reunião proveitosa. Colocamos os assuntos que mais nos afligem na mesa e deu para notar que as nossas dores são as mesmas de outras entidades. Levantamos tantos temas que já foi marcada uma nova reunião, no dia 29 de agosto, aqui no Transcares, com a participação da Codesa e do TVV. Neste novo encontro, além de pontuar novamente os gargalos, mostraremos os prejuízos que eles acarretam para o segmento e, juntos, tentarmos buscar soluções efetivas”, destacou Natali.
Segundo Marco Zon, na reunião da semana passada, uma das possibilidades levantadas foi o uso do sistema de calado dinâmico, que oferece exatidão no cálculo do calado e permite ampliar a carga em navios. Outra sugestão foi que o Café no Porto se transforme numa agenda entre as mesmas entidades para um momento de troca e compartilhamento de informações.
“Por meio desses encontros mensais, daríamos continuidade a um trabalho iniciado no início do ano, em que focamos na discussão de questões operacionais”, argumentou Marco Zon, referindo-se ao Grupo de Trabalho tripartite que reúne Transcares, TVV e Codesa e olha para o modal de forma holística.
“Temos entraves burocráticos e deficiências estruturais. Precisamos tentar acabar com os entraves burocráticos e, assim, tentar minimizar as deficiências estruturais. Tudo o que conseguirmos fazer para melhorar neste sentido, vai facilitar a vida dos players, do importador, do exportador, do agente de carga. Isso vai dinamizar e, consequentemente, aumentar a competitividade dos portos”, analisou o diretor.
Fonte: Assessoria de Comunicação TRANSCARES
Firjan lança Agenda de Propostas Brasil 4.0
Notícias 22 de agosto de 2022
Para a Firjan, produtividade é a chave para o avanço da indústria no país. “Hoje, com a quarta revolução industrial, a indústria 4.0 precisa [de] um Brasil 4.0, que só será alcançado com o aumento da produtividade.”
A Agenda Propostas Firjan para um Brasil 4.0 é resultado da atuação do Grupo de Trabalho de Política Industrial, integrado por industriais de diversos setores e regiões do estado do Rio. Para elaboração do documento, foram ouvidos 600 empresários fluminenses, que compõem os diversos conselhos empresariais e conselhos regionais da entidade.
O vice-presidente da Firjan e coordenador do GT da Agenda Política Industrial, Luiz Césio Caetano, disse que a avaliação incluída no agenda indica que o aumento de produtividade pode gerar crescimento de US$ 1,04 trilhão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro nos próximos cinco anos. Se o crescimento de US$ 1,804 trilhão para US$ 2,821 trilhões correntes se confirmar, o país passaria da 12ª para a 8ª posição no ranking das maiores economias do mundo até 2027.
O documento destaca que o Brasil registra historicamente baixa produtividade e que, nos últimos anos, o crescimento do PIB esteve relacionado a fatores que não se repetirão no futuro, entre eles, o rápido crescimento da população em idade ativa em relação à população total do país.
A agenda, que tem foco no aumento da produtividade como fator fundamental para a retomada econômica brasileira nos próximos anos, é dividida em quatro pilares: ambiente de negócios, infraestrutura, capital humano e eficiência do estado.
Seminário
Após a apresentação da agenda, começou o Seminário Indústria Forte, País mais Produtivo, mediado pelo presidente do Conselho de Economia da Firjan, Rodrigo Santiago.
O diretor de Relacionamento e Sustentabilidade da Petrobras, Rafael Chaves, disse que é com inovação que as empresas conseguem ganho de produtividade e lembrou que o mundo está em constante mudança: quem não inova fica para trás.
Chaves destacou que, na Petrobras, acredita-se muito em inovação. “No nosso Cepes, Centro de Pesquisas e Inovação, no ano passado, era uma patente a cada três dias, mais ou menos, no segmento de exploração e produção, no sistema [em] que a gente separa o óleo e o gás no leito submarino, libera espaço na plataforma e reinjeta o gás. Tem vários ganhos aí. Primeiro, o metro quadrado mais caro do Rio de Janeiro, não é o [do] Leblon, é [o da] plataforma de petróleo.“
Ele explicou que, primeiro, libera-se espaço na plataforma de petróleo quando se faz a separação no leito submarino; segundo, reinjeta-se o CO² e não se deixa liberar para a atmosfera. “Então, protege-se o planeta. É com inovação que a gente consegue ter ganhos de produtividade, e o mundo está cada vez mais exigente.”
No encerramento do encontro, o presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, defendeu a criação do Ministério da Indústria. Para Vieira, a indústria, com sua importância nas vendas, no emprego, no reconhecimento pelo recolhimento de impostos e com o efeito multiplicador sobre outros setores, não tem interlocução especializada no mais alto nível em Brasília, como têm a agricultura e o turismo. “O mundo já redescobriu a indústria, e a melhor maneira de Brasília mostrar que também já entendeu isso é a criação do Ministério da Indústria”, defendeu Vieira.
Segundo o presidente da Firjan, o mundo pede uma indústria ampla e diversificada, o que já existe no Brasil e no Rio. Vieira acrescentou que a agenda lançada hoje traz ações que a entidade entende como importantes para o avanço da produtividade da indústria brasileira no ciclo pós-pandemia, que veio para ficar. Algumas das propostas já estão sendo discutidas há um tempo, o que acentua o tempo perdido e a urgência da solução, como é o caso da reforma tributária, acrescentou.
“Como algo tão ineficiente, ineficaz, que não consegue ter um defensor entre os 215 milhões de brasileiros, pode continuar piorando dia a dia, com novas normas, decretos e regulamentações, sem que os poderes Executivo e Legislativo construam e aprovem o novo sistema?”, questionou Vieira, completando que, ainda assim, continua otimista diante de alguns avanços como a aprovação da reforma previdenciária.
“O Brasil e o Rio têm jeito. Depende apenas de nós”, enfatizou.
Também presente ao seminário, o vice-presidente executivo de Assuntos Corporativos e Institucionais da Vale, Alexandre D’Ambrosio, defendeu a reforma tributária, dizendo que, hoje, uma das coisas em que existe consenso na sociedade brasileira e entre os candidatos às eleições é a necessidade da reforma tributária. “Há anos, décadas que a gente ouve isso. A reforma tributária pode ser mais simples do que as pessoas pensam. Não se trata de criar tributos novos, mas de simplificar o processo”, afirmou.
Fonte: Agência Brasil
Cargas especiais ficam “ilhadas” no Vale do Aço
Notícias 22 de agosto de 2022
Estradas ruins e perigosas como as BRs-262 e 381 são um problema recorrente em Minas, agravado pelas chuvas de janeiro do início deste ano. Soluções paliativas como interdições e desvios restabeleceram o trânsito em muitos dos trechos impedidos, mas acabaram se eternizando na falta de obras definitivas. Com um detalhe: a estação das chuvas logo vai voltar. Uma tragédia anunciada que tem seus reflexos no preço do frete, na competitividade das empresas e, consequentemente, no chamado custo Brasil.
Enquanto as obras não são finalizadas, a produção de peças gigantes está ilhada no Vale, enchendo os pátios de empresas como a Emalto, Vitaly, Lumar e Thermon, ao mesmo tempo em que os clientes deixam de receber componentes fundamentais para sua operação. Na direção contrária, grandes peças que chegam do exterior nos portos do Rio de Janeiro e do Espírito Santo deixam de ser entregues à indústria metalmecânica do Vale do Aço, que reúne 274 empresas e gera dez mil empregos diretos.
O Vale do Aço é conhecido internacionalmente em virtude de grandes empresas lá estabelecidas, como Usiminas, que produz chapas de aço carbono em Ipatinga, e a Aperam South América, produtora de aço inoxidável, em Timóteo, todas com um considerável volume de produtos exportados.
Ali as condições são cada vez mais desafiadoras para o transporte de cargas gigantes. “O Vale do Aço está praticamente isolado, as peças não têm como sair de lá e nem chegar do porto. Isso interrompe a atividade industrial, inviabiliza investimentos e, enquanto isso, as obras nas estradas seguem em passo de tartaruga”, reclama o empresário Adalcir Lopes, proprietário da transportadora Transpeciais e vice-presidente do setor de Cargas Especiais da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC).
Ele salienta a importância de um transformador da Cemig, por exemplo, que pode alimentar 80 cidades, ou uma pá eólica, também fundamental na geração de energia. “Para transportar esses equipamentos, são necessárias várias autorizações das diversas instâncias para cada viagem, além de batedores e escolta policial. Como não há prioridade, então é um transporte que aproveita oportunidades. Some-se a isto obras de arte que não são conservadas e pistas precárias, que as chuvas pioraram ainda mais”, relata Lopes.
Chuvas aumentam desafio
Em janeiro deste ano, as fortes chuvas atingiram intensamente as estradas de Minas, estado que abriga a maior malha rodoviária do País. Com mais de 271 mil quilômetros, ela equivale a cerca de 16% de todas as rodovias estaduais, federais e municipais existentes no Brasil. No início do ano, as consequências das intempéries interromperam o trânsito em mais de 100 rodovias no Estado – 30 delas continuam com problemas, segundo os cálculos do transportador.
Casos emblemáticos são o estufamento do asfalto da BR-381, em Antônio Dias e Nova Era, e a queda de talude na BR-262, próximo a Abre Campo. Tais trechos continuam com desvios paliativos, que impedem a passagem das grandes peças fabricadas no Vale do Aço. Em Abre Campo, a obra estaria pronta em 180 dias, prazo já vencido. “Muita coisa ainda não foi consertada e as chuvas logo vão voltar e estragar tudo de novo”, avisa Adalcir Lopes.
Garantir a entrega das peças e equipamentos é um desafio cada vez maior. Distâncias de 300 quilômetros, como a que separa o Vale do Aço da Siderúrgica Gerdau, em Ouro Branco, na região Central de Minas, transformaram-se em percursos até cinco vezes maiores, em função dos desvios. Percursos de pouco mais de 300 quilômetros viraram 1.500 quilômetros, com evidentes reflexos nos custos e na competitividade do setor. Segundo os empresários, o frete chega a aumentar até 4 vezes e o preço final da peça, cerca de 30%.
Isso quando as condições das estradas não inviabilizam completamente o transporte e as peças gigantes vão sendo estocadas no parque industrial, tomando espaço de matéria-prima e outros produtos, atrasando cronogramas de manutenção nas indústrias e gerando multas contratuais pela demora nas entregas.
Equipamentos aguardam viabilidade de traslado
Com a saída da Usiminas Mecânica do mercado, a Emalto é hoje a maior empresa fabricante de bens de capital na região. Com unidades em Timóteo e em Santana do Paraíso, faz parte do segmento metalmecânico há mais de 48 anos, transformando o aço em equipamentos para as empresas dos ramos siderúrgico, papel celulose, mineração, geradores de energia eólica e hidrogeração e infraestrutura. O grupo conta hoje com 1.200 funcionários e tem como principais clientes Aperam, Usiminas, Vale, Gerdau, Siemens Gamesa, Nordex Acciona e Anglo American.
“Hoje enfrentamos diversas dificuldades para conseguir escoar nossa produção. Estamos com sérios problemas em várias rodovias de nosso Estado, o que tem causado enormes transtornos, não só à Emalto, mas a toda a população”, sustenta a diretora de operações da empresa, Maria
de Lurdes Martins Pinto.
Do ano passado para cá, a empresa produziu doze panelas de aciaria para a Gerdau em Ouro Branco, que estão paradas na fábrica, aguardando viabilidade de transporte junto ao Dnit e ao DER. “As panelas foram adquiridas pela Gerdau para que ela pudesse trocar as existentes, que estão com a vida útil comprometida”, informa a executiva.
Outro equipamento de grande porte em execução é a Carcaça do Forno Rotativo para a Vallourec Sumitomo em Jeceaba. Neste caso, a Emalto decidiu mudar a forma de transporte, fabricando o equipamento em partes. A montagem final será feita na própria Vallourec. “Nós viemos, incansavelmente, solicitando ações do Dnit, através de e-mails, notificações à Fiemg e ao Ministério da Infraestrutura, a fim de sensibilizá-los quanto à solução mais rápida do problema. No entanto, até o presente momento, nenhuma resposta foi favorável”, lamenta.
O presidente da Fiemg Vale do Aço, Flaviano Gaggiato, é empresário do setor. Sua empresa, a Vitaly Indústria Mecânica, fabrica equipamentos e estruturas para siderurgia, indústria de celulose e de componentes navais. Segundo ele, o impacto dos problemas de logística no custo, no tempo e no preço final é expressivo.
“O polo produz principalmente bens de capital sob encomenda de outras empresas, como produtos e equipamentos para mineração e siderurgia, caldeiraria, estruturas metálicas. Nós não temos dados concretos, mas calculamos que a atividade movimenta mais de R$ 1 bilhão por ano”, afirma Gaggiato.
“Mesmo assim, há 30 anos não temos um investimento de grande porte na região. Quando o investidor vê a estrada, ele desiste”, acrescenta. Segundo Gaggiato, recentemente um empresário demorou quatro horas para ir de Belo Horizonte a Itabira. Resultado: decidiu instalar sua empresa no Sul de Minas.
“Um grande gargalo, o viaduto de Sá Carvalho, que tem limitação de altura, vai ser desativado com a duplicação da 381. As más condições das estradas, porém, são evidentes. Em Nova Era, por exemplo, a pista nem caiu, ela subiu e o asfalto foi destruído. As obras têm que considerar a geologia do terreno, prevendo, por exemplo, taludes menos inclinados e, como tal, menos sujeitos a desmoronamentos”, observa o dirigente.
O diretor Comercial da transportadora Transpes, Mario Lincoln Costa, é taxativo. “As obras de arte estão em péssimas condições, e o que o Dnit faz, em vez de dar manutenção, é colocar restrições de peso; porém, elas são cobradas apenas dos transportadores de carga especial. Os transportadores de carga geral com bitrem nove eixos e peso bruto de 74 toneladas rodam livremente”, reclama.
Ele reconhece que as obras de arte são antigas, mas lembra que grandes peças saem e entram pelos portos do Rio de Janeiro e Espírito Santo. “Sem estrada, como irão chegar?”, pergunta. “Os grandes investimentos que estão ocorrendo no Estado são do setor de mineração e siderurgia. Estes impedimentos reduzem a competitividade de quem produz e deixam os projetos mais caros para as empresas que precisam deles”, observa.
Uma outra preocupação de empresários e transportadores diz respeito à prometida alça rodoviária que ligará a BR-381 à BR-262. “Ela poderá trazer um ganho logístico fantástico se, no seu projeto, considerar as necessidades de transporte dessas grandes peças e equipamentos. Menos viadutos, pistas mais largas e redução de curvas ajudaria e muito. É necessária uma mobilização urgente de nossas lideranças. É uma ação emergencial para proteger nossas indústrias e, consequentemente, nossos empregos”, afirma Maria de Lurdes Pinto.
O presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística de Minas Gerais (Setcemg), Gladstone Lobato, alerta para o próximo período de chuvas, que já está chegando sem que os problemas gerados pelo último tenham sido solucionados.
“Autoridades e políticos têm que ver isso com seriedade, porque estes problemas acabam representando custos para toda a sociedade. O encarecimento do transporte, seja ele qual for, acaba chegando ao bolso do consumidor. Se faltar um transformador da Cemig, isso vai aumentar a conta de luz; se for uma panela da Gerdau, é a geladeira que fica mais cara”, avalia. (BA)
Verdadeiras acrobacias até a chegada ao destino final
A viagem de uma carga excedente pode ser comparada a um avô dos atuais videogames, o Pinball, no qual uma bolinha vai batendo em obstáculos e mudando seu percurso. No jogo, a bolinha acaba chegando lá, somando pontos pelo caminho. No caso da carreta que leva uma peça gigante, o prejuízo é contado a cada dia que ela perde na estrada.
Imagine uma carga saindo do Vale do Aço para ser entregue na Siderúrgica Gerdau, em Ouro Branco. Normalmente, ela sairia por Timóteo para Governador Valadares, iria até Realeza e seguiria pela BR-262 no sentido BH – um trecho de 390 quilômetros. Entretanto esta rota convencional pela BR-262 segue interditada desde o dia 27 de janeiro e o desvio utilizado por carros de passeio não permite a passagem desta carga.
A opção passou a seguir no sentido Teófilo Otoni, Salinas, Montes Claros e retornar por Curvelo até Ouro Branco. Neste trecho, a carreta percorre 1.400 quilômetros, ou seja, mais de 1.000 quilômetros além do roteiro original. E mesmo esta alternativa foi inviabilizada por problemas em um trecho na BR-116, onde o trânsito segue em meia pista.
Resta à transportadora procurar novos trajetos, pedir mais autorizações, “casar” as exigências das diferentes instâncias e, desta maneira, viabilizar o transporte. Para se ter uma ideia, um transformador fabricado pela Toshiba em Betim e que vai ser transportado pela BR-040 terá que obedecer às mais diversas legislações e autoridades. Começa pelas polícias municipais de Betim e Contagem, passa pela Polícia Rodoviária Estadual e o DER no Anel Rodoviário e, finalmente, pela Polícia Rodoviária Federal, o Dnit e a concessionária da rodovia.
Há alguns meses, o sindicato que reúne os transportadores de cargas excedentes, o Sindpesa, do qual Adalcir Lopes é diretor, teve uma audiência com o então ministro de Infraestrutura Tarcísio de Freitas, atualmente candidato ao governo de São Paulo. “Nós solicitamos que haja uma única resolução, que seja acatada por municípios, estados, governo federal, DER, Dnit, ANTT e concessionárias e, assim, facilite e racionalize o processo. O Ministério ficou de estudar o problema, mas a coisa não andou”, revela Lopes.
DER e Dnit
Segundo o Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG), as condições de tráfego dos 22,2 mil quilômetros das rodovias pavimentadas mineiras, sob a responsabilidade do órgão, foram influenciadas por alguns fatores, como o reduzido investimento em infraestrutura e manutenção pelas administrações passadas e o período chuvoso da temporada 2021/2022, atípico em volume, intensidade e frequência das chuvas em Minas.
Em nota, a assessoria do órgão diz que, para garantir as condições de tráfego que atendam de forma geral à população mineira em demandas de trabalho, educação, saúde, recebimento de bens de consumo ou escoamento da produção agropecuária ou industrial, tem realizado desde 2019 um trabalho preventivo com serviços de tapa-buraco, roçada e capina da faixa de domínio, limpeza do sistema de drenagem e conferência da sinalização.
O DER informou que, em 2022, foram destinados R$ 113 milhões para a realização de obras rodoviárias de recuperação das ocorrências mais graves do período chuvoso. E que, para alavancar a infraestrutura rodoviária, um programa de concessões se encontra em andamento e deverá contemplar mais de 2 mil quilômetros.
Quanto ao transporte de cargas especiais – que são indivisíveis e possuem dimensões (largura, altura e comprimento) e peso e extrapolam os limites convencionais da pista simples -, precisam de carreta especial, escolta e, principalmente, de estudo de viabilidade do trajeto escolhido, conforme é especificado na portaria 3902, publicada em abril de 2021 pelo DER-MG.
Já a assessoria do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou que o órgão segue trabalhando para restaurar a trafegabilidade nos trechos federais de Minas Gerais afetados pelas fortes chuvas que atingiram a região. Em Sabará, as equipes finalizaram os serviços de escavação, carga e transporte de material, preparando o local para a colocação das aduelas de concreto que compõem o bueiro que foi instalado para a passagem da água. O trânsito no local segue sem restrições. Em Nova Era, foram executados os trabalhos de retaludamento e implantação dos dispositivos de drenagem e de construção das camadas de base da pista de rolamento. A conclusão se deu na segunda quinzena de julho. E que, em Abre Campo, o Dnit contratou de forma emergencial os serviços necessários para recomposição da rodovia.
Fonte: Diário do Comércio
Colapso na Argentina e restrições na União Europeia deixam o agro em alerta no Brasil
Notícias 22 de agosto de 2022
Ponto comum nas apresentações e no debate que se estabeleceu entre produtores e analistas do Brasil, Argentina e Espanha está o efeito colateral do regulatório não apenas na oferta de alimentos como no impacto econômico social das economias locais.
Ao se referir à forte interferência do Estado na atividade agrícola e pecuária, Pedro Vigneau, presidente da Associação Argentina de Plantio Direto (Aapresid) e da Associação de Milho e Sorgo da Argentina (Maizar), disse que o produtor argentino está “sobrevivendo”.
Argentina
Produtor rural e professor na Universidade de Belgrano, Vigneau destacou que a política pública do governo argentino afeta negativamente o desenvolvimento e renda não apenas do agronegócio, mas de toda a economia, a considerar a importante participação do setor na geração de riquezas na Argentina.
Como exemplo, o país está entre os principais produtores e exportadores globais de soja. E lidera a exportação de farelo de soja no mundo.
A liderança argentina mostrou com números como o regime de tributação tem tirado muito produtores da atividade.
Conforme dados apresentados por Vigneau, em média 64,9% da renda obtida no setor agropecuário fica com o estado.
Percentual esse, relativo a mais de 150 diferentes tributos, que segundo ele compromete a disposição e limita a capacidade de investimento em área e tecnologia.
Entre os principais países produtores de soja, a Argentina teria a pior relação entre renda e volume.
De acordo com Vigneau, o produtor argentino recebe US$ 114/tonelada de soja, enquanto a média em países como Brasil, Estados Unidos Paraguai e Uruguai fica em torno de US$ 500.
União Europeia
Na União Europeia, a situação relatada por Pedro Gallardo, que participou do painel direto da Espanha, as severas restrições ambientais estão levando à redução na área agrícola e pecuária, com consequentemente recuo em área e oferta de proteínas animal e vegetal.
Disse que a Europa segue um caminho contrário à tendência de aumento da população mundial, que já demanda e vai demandar cada vez mais alimentos.
A preocupação com clima, água e disponibilidade de terras para cultivo tem agora mais um agravante, destaca Gallardo ao trazer para discussão o “Green Deal”, uma espécie de pacto verde que está sendo debatido na União Europeia. Entre outras restrições e imposições, o acordo prevê a redução em 50% no uso de produtos fitossanitários; que 10% das terras agrícolas se convertam em atividades não produtivas; e 25% de toda a extensão ocupada pela atividade agropecuária seja ‘ecológica’ ou destinada como áreas de conservação.
Eugênio Stefanelo, ex-presidente da Conab e ex-secretário da Agricultura do Paraná, lembrou no painel que a situação vivida na Europa é semelhante ao que aconteceu no Brasil em relação ao Código Florestal, que destinou como áreas de reserva legal de 20% a 80% da superfície das propriedades rurais.
A diferença é que no Brasil, apesar do rigor da lei ambiental, é que extensão territorial permite ampliar área, produção e produtividade e ao mesmo tempo garantir a preservação, explica Stefanelo ao salientar que nos países europeus não há mais área para ampliar a atividade agrícola.
Miguel Daoud, analista político econômico, que também participou do debate, ressaltou que a situação no contexto global é “gravíssima” e que o setor precisa estar alerta e mobilizado, sob pena de comprometer o abastecimento alimentar no planeta.
Na opinião de Daoud, o Brasil precisa aprender com os problemas da Europa e Argentina para não incorrer no mesmo erro. Ele reforçou que o desempenho do agro no Brasil, a considerar a participação do setor no PIB nacional, tem efeito colateral em toda a economia do país.
Fonte: Canal Rural
Varejo e indústria veem 2º semestre mais favorável
Notícias 22 de agosto de 2022
Porém, os empresários de três das maiores redes de varejo do país — Americanas, Via e Magazine Luiza — foram cuidadosos ao definir a magnitude dessas expectativas, falando em otimismo “cauteloso” e semestre “mais favorável” a analistas e jornalistas no final da semana passada.
Para além da Copa, e do Natal, executivos ainda mencionaram a Black Friday, em novembro, o recente lançamento da tecnologia 5G, que deve ajudar na venda de celulares, e o aumento do programa Auxílio Brasil para R$ 600.
“Estamos muito confiantes com o segundo semestre deste ano, lembrando que há eventos muito importantes para os próximos meses”, disse Marcio Cruz, que comanda a área digital da Americanas, a analistas na última sexta-feira (12).
O otimismo aparece depois que as taxas de juros em seu mais alto pico no Brasil desde 2017 e o maior avanço da inflação em 12 meses em quase duas décadas pressionaram as vendas das varejistas no primeiro semestre.
A receita líquida da Via, dona das bandeiras Ponto e Casas Bahia, caiu 2,5% no primeiro semestre, enquanto a do Magazine Luiza ficou praticamente estável e da Americanas subiu 16,6%. No mesmo período de 2021, as três conseguiram aumento de vendas de 32,7%, 59,8% e 37,9%, respectivamente.
Cruz disse que as vendas da Americanas até esta metade do terceiro trimestre seguem crescendo de forma “consistente” nas lojas físicas, puxadas por produtos de valor médio mais baixo, mas a demanda online por produtos próprios, como eletrodomésticos, “segue tímida”.
Na Via, o presidente-executivo da companhia, Roberto Fulcherberguer, afirmou que as vendas seguem na “mesma batida” vista no segundo trimestre, e que o terceiro trimestre ainda deve “ser mais desafiador”.
A avaliação é que os fatores favoráveis às vendas estão mais concentradas no quarto trimestre, incrementados ainda por efeitos maiores relacionados a uma expectativa de alívio na inflação e estabilidade nos juros.
“As vendas de categorias mais tradicionais de produtos (como móveis, eletrodomésticos e celulares) tendem a refletir a evolução desses indicadores, principalmente inflação e taxa de juros”, disse o diretor financeiro do Magazine Luiza, Roberto Bellissimo.
“Estamos vendo um aumento na demanda entre 30% e 40% por aparelhos 5G (nas cidades em que a tecnologia já foi implementada)”, afirmou Fabrício Bittar, vice-presidente de operações do Magazine Luiza, observando que esses aparelhos tem preço médio acima de R$ 2 mil.
Indústria também na expectativa
Os fabricantes no primeiro semestre foram afetados por menor demanda e questões globais como alta de preços de insumos por conta do frete marítimo e dos gargalos na cadeia de suprimentos, mas o “segundo semestre deve ser melhor”, disse o presidente-executivo da Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Jorge Nascimento.
“Neste ano ainda tem um evento importante que é a Copa do Mundo quando tradicionalmente há um consumo maior de televisores, produtos de áudio e vídeo e refrigeradores”, afirmou ele. A associação engloba empresas como Philco, LG, Panasonic, Samsung e Whirlpool.
Nos dados até maio, a indústria brasileira amargou queda de 24% nas entregas de produtos ao varejo em comparação a 2021, segundo a Eletros. “Estamos em um momento de crise com retração do consumo e precisamos que o cliente volte a consumir”, disse Nascimento.
Na Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), a expectativa é de “otimismo moderado”. A entidade, que tem como associadas companhias como Siemens, Apple, Dell e Motorola, projeta alta de 9% no faturamento do setor em reais em 2022, contra avanço de 22% em 2021.
Se do lado da oferta o custo do frete, a alta de insumos como aço e plástico e a crise de semicondutores atrapalharam a indústria na primeira metade do ano, na demanda, os altos patamares de estoques acumulados pelos varejistas em trimestres anteriores também serviram para reduzir as encomendas.
Humberto Barbato, presidente-executivo da Abinee, disse que “parece que as varejistas estão conseguindo desovar os estoques”.
A avaliação é reiterada pelas companhias. “Não achamos que os estoques estão elevados, acreditamos que no segundo semestre a perspectiva de venda é melhor… para o que a gente acredita que é possível fazer de crescimento, os estoques já estão normalizados”, disse Frederico Trajano, presidente do Magazine Luiza.
O mercado acionário tem mostrado animação com o setor e as ações das três varejistas – Magazine Luiza, Via e Americanas – têm reduzido perdas acumuladas no ano, conforme novos dados macroeconômicos positivos são divulgados. As três tiveram as maiores quedas dentre as ações do Ibovespa em 2021.
Só em agosto, até o dia (17), as ações do Magazine Luiza lideram os ganhos do Ibovespa, com alta ao redor de 60%. Ainda assim, os papéis caem cerca de 43% no ano. A Via avança aproximadamente 45% no mês e tem queda de quase 34% no ano, enquanto Americanas tem valorização de 3% em agosto e recuo de 53% em 2022.
Fonte: Reuters/Forbes
Vendas de pneus aumentam 7% em julho
Notícias 22 de agosto de 2022
No caso dos pneus de carga, a queda em comparação com o mês anterior foi de 1%, apesar do aumento de 4% nas vendas para montadoras. As vendas totais de julho deste ano foram 10,4% menores do que julho de 2021, em função da queda de 16,9% nas vendas para reposição.
No acumulado do ano, as vendas de pneus de carga estão 4,5% abaixo na comparação com o mesmo período de 2021, principalmente em decorrência da queda de 6,6% nas vendas para reposição. Os dados são parte do levantamento da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos.
Fonte: Frota&CIA
Competitividade em pauta: Transcares e setores produtivos se reúnem para discutir novo calado do Porto de Vitória e entraves do modal
Informações aos Associados 22 de agosto de 2022
Apesar da boa notícia a respeito do novo calado, o grupo convidado não deixou de citar sua preocupação com os gargalos ainda existentes, que dificultam as operações com contêineres, e destacou também a necessidade de uma posição dos portos capixabas e da autoridade portuária, no sentido de, enfim, otimizar a competitividade de um Estado que tem a vocação logística em de DNA.
“Foi uma reunião proveitosa. Colocamos os assuntos que mais nos afligem na mesa e deu para notar que as nossas dores são as mesmas de outras entidades. Levantamos tantos temas que já foi marcada uma nova reunião, no dia 29 de agosto, aqui no Transcares, com a participação da Codesa e do TVV. Neste novo encontro, além de pontuar novamente os gargalos, mostraremos os prejuízos que eles acarretam para o segmento e, juntos, tentarmos buscar soluções efetivas”, destacou Natali.
Segundo Marco Zon, na reunião da semana passada, uma das possibilidades levantadas foi o uso do sistema de calado dinâmico, que oferece exatidão no cálculo do calado e permite ampliar a carga em navios. Outra sugestão foi que o Café no Porto se transforme numa agenda entre as mesmas entidades para um momento de troca e compartilhamento de informações.
“Por meio desses encontros mensais, daríamos continuidade a um trabalho iniciado no início do ano, em que focamos na discussão de questões operacionais”, argumentou Marco Zon, referindo-se ao Grupo de Trabalho tripartite que reúne Transcares, TVV e Codesa e olha para o modal de forma holística.
“Temos entraves burocráticos e deficiências estruturais. Precisamos tentar acabar com os entraves burocráticos e, assim, tentar minimizar as deficiências estruturais. Tudo o que conseguirmos fazer para melhorar neste sentido, vai facilitar a vida dos players, do importador, do exportador, do agente de carga. Isso vai dinamizar e, consequentemente, aumentar a competitividade dos portos”, analisou o diretor.
Fonte: Assessoria de Comunicação TRANSCARES
“Os Caminhos do Transporte Rodoviário no Brasil” é tema do último summit da Rota Digital Fenatran 2022
Notícias 22 de agosto de 2022
O summit terá início a partir das 14h, quando o diretor-executivo de portfólio da RX, Luiz Bellini, e Ana Paula Pinto, gerente da Fenatran, apresentarão a nova estrutura e status da Fenatran, que ganhou neste ano uma área 20% superior àquela da edição de 2019 e já conta praticamente com todo o espaço de exposição de 100 mil m² ocupado no São Paulo Expo. A 23ª edição da Fenatran será realizada de 07 a 11 de novembro e já tem presença confirmada de mais de 500 marcas, um número também 20% superior à última edição da feira, em 2019.
A programação da Rota Digital Fenatran 2.2, no dia 23 de agosto, seguirá com as palavras iniciais dos presidentes das associações parceiras da Fenatran: NTC (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística), Francisco Pelucio, Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Márcio de Lima Leite, e Anfir (Associação Nacional Fabricantes de Implementos Rodoviários), José Spricigo.
Já a partir das 14h30, o summit terá a presença especial de executivos das montadoras de caminhões para discutirem o tema “Expectativas e Tendências para a Fenatran: o que esperam as montadoras?”. Vão movimentar essa rodada de discussão Luis Antonio Gambim, Diretor Comercial da DAF; Ricardo Barion, Diretor Comercial da Iveco; Jaqueline Neves, Gerente Sênior de Vendas Caminhões da Mercedes-Benz; Silvio Munhoz, Diretor de Vendas de Soluções da Scania; Clovis Lopes, Gerente Comercial da Volvo, e Sergio Pugliese, Diretor de Vendas de Caminhões da VWCO.
Logo após, às 16h20, tem início a rodada sobre “Os Caminhos do Transporte Rodoviário de Cargas”, que será dividida em duas visões: Entidades e Transportadoras. O primeiro painel contará com a participação especial dos presidentes das principais entidades do setor: Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea; José Carlos Spricigo, presidente da Anfir; Cláudio Sahad, presidente do Sindipeças, e José Maurício Andreta Júnior, presidente da Fenabrave.
Na sequência, a partir das 17h30, virão os Transportadores, representados também pelos presidentes de grandes empresas do setor, como Sérgio Mário Gabardo, CEO da Transgabardo; Marcelo Patrus, CEO da Patrus; João Bessa, CEO da Transjordano; Sérgio Pedrosa, CEO da Transpedrosa; e Francisco Peluccio, presidente da NTC&Logística.
“Estamos todos na expectativa da realização da feira em novembro e este último summit da Rota Digital Fenatran deste ano funcionará como um aquecimento para o nosso grande encontro no São Paulo Expo. Vamos trazer, mais uma vez, conteúdo de relevância para o setor e conectar a comunidade Fenatran neste momento tão especial pré-feira”, afirma Ana Paula Pinto, gerente da Fenatran.
A inscrição gratuita para assistir ao summit “Os Caminhos do Transporte Rodoviário no Brasil”, parte da Rota Digital Fenatran 2.2, pode ser feita através do site http://www.fenatran.com.br.
Fonte: RX
Competitividade em pauta: Transcares e representantes de outros setores produtivos se reúnem para discutir calado do Porto de Vitória e entraves do modal
Notícias 22 de agosto de 2022
Apesar da boa notícia a respeito do novo calado, o grupo convidado não deixou de citar sua preocupação com os gargalos ainda existentes, que dificultam as operações com contêineres, e destacou também a necessidade de uma posição dos portos capixabas e da autoridade portuária, no sentido de, enfim, otimizar a competitividade de um Estado que tem a vocação logística em de DNA.
“Foi uma reunião proveitosa. Colocamos os assuntos que mais nos afligem na mesa e deu para notar que as nossas dores são as mesmas de outras entidades. Levantamos tantos temas que já foi marcada uma nova reunião, no dia 29 de agosto, aqui no Transcares, com a participação da Codesa e do TVV. Neste novo encontro, além de pontuar novamente os gargalos, mostraremos os prejuízos que eles acarretam para o segmento e, juntos, tentarmos buscar soluções efetivas”, destacou Natali.
Segundo Marco Zon, na reunião da semana passada, uma das possibilidades levantadas foi o uso do sistema de calado dinâmico, que oferece exatidão no cálculo do calado e permite ampliar a carga em navios. Outra sugestão foi que o Café no Porto se transforme numa agenda entre as mesmas entidades para um momento de troca e compartilhamento de informações.
“Por meio desses encontros mensais, daríamos continuidade a um trabalho iniciado no início do ano, em que focamos na discussão de questões operacionais”, argumentou Marco Zon, referindo-se ao Grupo de Trabalho tripartite que reúne Transcares, TVV e Codesa e olha para o modal de forma holística.
“Temos entraves burocráticos e deficiências estruturais. Precisamos tentar acabar com os entraves burocráticos e, assim, tentar minimizar as deficiências estruturais. Tudo o que conseguirmos fazer para melhorar neste sentido, vai facilitar a vida dos players, do importador, do exportador, do agente de carga. Isso vai dinamizar e, consequentemente, aumentar a competitividade dos portos”, analisou o diretor.
Fonte: Assessoria de Comunicação TRANSCARES
Startups de Israel mostram tecnologias inovadoras a empresários brasileiros
Notícias 18 de agosto de 2022
Em sua fala de boas-vindas, o presidente do Sistema CNT, Vander Costa, ressaltou o dever do setor transportador de sempre se manter atualizado. “A missão nos permite conhecer melhor uma cultura voltada para a inovação. Hoje, Israel é conhecida como a “Nação Startup” e isso é muito inspirador. Que os participantes aproveitem ao máximo a experiência e retornem para as subas bases com novos projetos, aptos a desenvolver o transporte brasileiro”, assinalou.
Convidado para a cerimônia, o embaixador do Brasil em Israel, Gerson Menandro falou sobre as peculiaridades geopolíticas do Estado israelense e procurou destacar o empreendedorismo do povo hebreu. “E o que eles fazem de diferente com relação a outros países?”, questionou. “A resposta são três pilares: educação; ciência e tecnologia; e inovação. Eles têm se mostrado competentes nisso e investem 4,93% de seu PIB em CI (conhecimento e inovação)”, completou, lembrando que o jovem país, fundado em 1948, já conta com 12 prêmios Nobel.
Ao longo da segunda, 15, também se apresentaram os professores Uriya Shavit e Moshe Zvira, ambos da Universidade de Tel Aviv. Em seguida, foi a vez de a CEO Shlomit Steinberg-Koch fazer uma apresentação sobre a PredictaMed, empresa especializada no uso de inteligência artificial para fazer diagnose de doenças raras.
Na terça, foi a vez de o grupo de empresários brasileiros do setor de transporte conhecer o trabalho do Konnect, hub de startups fomentado pelo Grupo Volkswagen.
A comitiva foi recepcionada por Hemdat Sagi, chefe de Estratégia e Desenvolvimento de Negócios da incubadora de inovação. “Israel não tem tradição em montadoras. Então, nós precisávamos convencer o mercado de que este é um bom lugar para se investir”, explica. A chave para inovar nesse segmento, segundo ela, é entender que, hoje, um automóvel não é apenas um hardware. “Quando falamos de carro, falamos de software também”, sublinha.
A Konnect “degusta” invenções de dezenas de startups nas seguintes áreas: experiência de cabine; sustentabilidade e eletrificação; direção autônoma; segurança cibernética; conectividade; e indústria 4.0. Com exemplos de tecnologias que estão sendo testadas pela Volks, Sagi cita o dispositivo que, a partir do contato do motorista no volante, consegue dizer se ele está alcoolizado e emite alertas para parar o veículo.
Um pouco mais cedo, na Universidade de Tel Aviv, os participantes da missão assistiram ao pitch de duas empresas locais. A primeira a se apresentar foi a 6Degrees, representada pelo seu fundador, Aryeh Katz. O CEO falou sobre seu sonho de prover liberdade de movimentos a todos, mesmo os que têm limitações físicas. A startup se especializou em converter movimentos corporais em comandos, substituindo controles, teclados, botões e mouses.
Em seguida, Yevgeny Brener, cofundador da 365scores, apresentou o case da plataforma de resultados esportivos. O site consegue fornecer os resultados, em tempo real, de partidas de futebol, tênis, basquete, hóquei, vôlei, beisebol, rugby, futebol americano, handebol e críquete no mundo inteiro. E mais: o algoritmo da empresa arrisca previsões. “Hoje, o Brasil é o nosso maior mercado”, revelou o criador.
Fonte: Agência CNT Transporte Atual
Descumprimento à Lei do Descanso triplica em 2022
Notícias 18 de agosto de 2022
A Lei do Descanso determina que o motorista pare de dirigir por 30 minutos a cada seis horas de trabalho. É proibido passar mais de cinco horas e meia ao volante sem interrupção. No caso do transporte de passageiros esse limite é reduzido para quatro horas. A lei também obriga que os motoristas tenham intervalos de 11 horas ininterruptas entre um dia e outro de trabalho.
Pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) revelou que há caminhoneiros que passam até 13 horas por dia ao volante. Isso representa um grande risco a todos os usuários das estradas.
Conforme o diretor científico da Ammetra, Alysson Coimbra, o aumento deste tipo de infração está diretamente ligado a questões econômicas.
“Em dois anos o diesel acumulou alta de quase 90%, em média. Sabemos que o gasto com combustível corresponde a até 35% dos custos com o transporte rodoviário de cargas no Brasil. Para conseguir um rendimento mínimo, os caminhoneiros estão tendo que trabalhar muito mais. E isso impacta não só a saúde da categoria, mas coloca em risco a integridade física de todos os demais usuários das vias que circulam”, comenta.
Coimbra lembra que o alto custo de manutenção dos caminhões também contribui para que os motoristas desrespeitem a Lei do Descanso. “Os pneus são um dos insumos que mais oneram os motoristas, distribuídos entre os eixos dianteiro, truck e tração, possuem um rendimento de rodagem de 7.721km rodados, em média. Considerando que algumas composições como bitrem de 7 eixos, o custo total de substituição dos 26 pneus pode ultrapassar R$ 30 mil. Nesse sentido, o custo de manutenção desses veículos é altíssimo. Se adicionarmos a inflação a essa equação, veremos que o valor do auxílio caminhoneiro concedido pelo governo federal, somente até o mês de dezembro, está longe de representar um alívio para o problema do custeio dos insumos e do combustível. Para reduzirmos as ocorrências de trânsito na categoria, precisamos de políticas públicas intersetoriais que estão diametralmente opostas às praticadas atualmente”, afirma.
Impacto na saúde e no trânsito
Esse excesso de jornada também cobra um alto preço: o corpo não resiste ao excesso de trabalho e a saúde inevitavelmente é afetada. O estresse, falta de descanso, assim como sedentarismo, solidão, os longos períodos sentados, e a alimentação irregular aumentam o risco de várias doenças fatais.
“O uso de estimulantes bem como substâncias psicoativas para evitar o sono, comprometem sentidos cruciais para uma direção segura. Além disso, causam dependência e elevação contínua da dose para se obter efeitos cada vez menores. Ou seja, falhas humanas causam 90% dos sinistros de trânsito. E os acidentes envolvendo veículos pesados são potencialmente mais letais que os que envolvem apenas carros de passeio”, afirma o especialista em Medicina do Tráfego.
De acordo com Coimbra, a situação é extremamente preocupante. Ainda mais com a recente aprovação de uma Medida Provisória do governo que, dentre outras deliberações, suspenderá a fiscalização de jornadas em alguns trechos de rodovias. “O Sistema Nacional de Trânsito está exaurido devido às inúmeras intervenções político-eleitorais que enfrentou. Está na hora, por exemplo, de parar de jogar para a plateia e trabalhar com responsabilidade pela preservação do bem mais precioso que possuímos: nossas vidas”, completa o diretor da Ammetra.
Fonte: Portal do Trânsito
Nós respeitamos sua privacidade. Utilizamos cookies para coletar estatísticas de visitas para melhorar sua experiência de navegação. Saiba mais em nossa política de privacidade.
Li e Concordo