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PIS/PASEP e COFINS – Alteração das Lei nºs 9.478/1997 e 9.718/1998

Notícias 15 de junho de 2022

 

Lei nº 14.367/2022, publicada em 15/06/2022, altera as Lei nºs 9.478/1997 e 9.718/1998, para promover ajustes na cobrança do PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre a cadeia de produção e de comercialização de etanol hidratado combustível.

Lei nº 14.367/2022 acrescentou os arts. 68-E e 68-F na Lei nº 9.478/1997, que tratam da produção e da comercialização de etanol hidratado combustível.

Portanto, o agente produtor, a empresa comercializadora e o importador de etanol hidratado combustível ficam autorizados a comercializá-lo com:

  1. a) agente distribuidor;
  2. b) revendedor varejista de combustíveis;
  3. c) transportador-revendedor-retalhista; e
  4. d) mercado externo.

Na hipótese do agente revendedor, fica autorizado a adquirir e a comercializar etanol hidratado combustível:

  1. a) do agente produtor, da empresa comercializadora ou do importador;
  2. b) do agente distribuidor; e
  3. c) do transportador-revendedor-retalhista.

Ressaltamos que a cooperativa de produção de etanol hidratado combustível equipara-se a agente produtor.

As alterações e inclusões promovidas pela Lei nº 14.367/2022 na Lei nº 9.718/1998 são:

I – na hipótese de venda efetuada diretamente do produtor ou do importador para as pessoas jurídicas comerciantes varejistas, a alíquota aplicável, conforme o caso, será aquela resultante do somatório das alíquotas previstas:

  1. a) de 1,5% e 6,9%, no caso de produtor ou importador, e 3,75% e 17,25%, no caso de distribuidor; ou
  2. b) de R$ 23,38 e R$ 107,52 por metro cúbico de álcool, no caso de venda realizada por produtor ou importador, e R$ 58,45 e R$ 268,80 por metro cúbico de álcool, no caso de venda realizada por distribuidor, devendo ser observado que o Poder Executivo fica autorizado a fixar coeficientes para redução das alíquotas, as quais poderão ser alteradas, para mais ou para menos, em relação a classe de produtores, produtos ou sua utilização;

II – as alíquotas na hipótese de venda efetuada diretamente do produtor ou do importador para as pessoas jurídicas comerciantes varejistas, a alíquota aplicável, conforme o caso, será aquela prevista no item I e aplicam-se, também, nas seguintes hipóteses:

  1. a) o importador exercer também a função de distribuidor;
  2. b) as vendas serem efetuadas pelas pessoas jurídicas comerciantes varejistas, quando elas efetuarem a importação; e
  3. c) as vendas serem efetuadas pelas demais pessoas jurídicas não enquadradas como produtor, importador, distribuidor ou varejista;

III – na hipótese de venda de etanol hidratado combustível efetuada diretamente de cooperativa para as pessoas jurídicas comerciantes varejistas:

  1. a) no caso de cooperativa não optante pelo regime especial, o valor da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS devido será obtido pelo somatório de duas parcelas, calculadas mediante a aplicação das alíquotas:

a.1) de 1,5% e 6,9%, sobre a receita auferida na venda de etanol hidratado combustível respectivamente; e

a.2) de R$ 19,81 e de R$ 91,10 por metro cúbico de etanol hidratado combustível, respectivamente; e

  1. b) no caso de cooperativa optante pelo regime especial, serão aplicadas as alíquotas de R$ 23,38 e R$ 107,52 por metro cúbico de álcool, no caso de venda realizada por produtor ou importador, e R$ 58,45 e R$ 268,80 por metro cúbico de álcool, no caso de venda realizada por distribuidor, devendo ser observado que o Poder Executivo fica autorizado a fixar coeficientes para redução das alíquotas, as quais poderão ser alteradas, para mais ou para menos, em relação a classe de produtores, produtos ou sua utilização.

Ressaltamos que o transportador-revendedor-retalhista fica sujeito às disposições da legislação da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS aplicáveis à pessoa jurídica comerciante varejista.

Revogação

Lei nº 14.367/2022 revogou a Medida Provisória nº 1.069/2021.

Vigência

Lei nº 14.367/2022 entra em vigor na data de sua publicação, ou seja, 15/06/2022.

CNT afirma que a requalificação de trabalhadores pode garantir futuro das empresas e a geração de empregos

Notícias 09 de junho de 2022

Em discurso na Conferência da OIT, em Genebra, presidente da CNT destacou que a digitalização dos negócios e a adoção de novas soluções pelas empresas transformaram tarefas, empregos e habilidades

O presidente da CNT (Confederação Nacional do Transporte), Vander Costa, afirmou, nesta terça-feira (7), em Genebra, na Suíça, que o mercado de trabalho mundial tem uma necessidade premente em qualificar e requalificar o trabalhador de modo a assegurar o futuro das empresas e, paralelamente, aumentar a empregabilidade. A declaração foi dada durante o seu discurso, na 110ª Conferência Internacional do Trabalho da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que acontece até o próximo dia 11 de junho, na cidade suíça.

Vander Costa – que é o delegado da bancada de empregadores do Brasil da assembleia da OIT – ressaltou que a pandemia acelerou o uso de tecnologias e a digitalização dos negócios e que a adoção de novas soluções pelas empresas transformou tarefas, empregos e habilidades. “Isso impôs desafios e dificuldades, desde a reestruturação empresarial até a necessidade de mão de obra mais especializada”, disse.

O presidente da CNT enfatizou que um dos pilares da transformação digital são os recursos humanos, já que as pessoas representam variável crítica e indispensável nesse processo. Ele alertou, porém, que ainda há descompasso entre o ritmo de mudanças na economia e na sociedade e o ritmo das mudanças das pessoas.

“O Brasil tem mais de 11 milhões de desempregados. Logo, a atenção à educação profissionalizante e à aproximação entre governo, setor privado e sistemas que promovem a formação profissional deve ser uma pauta prioritária”, salientou Vander Costa, relembrando o papel estratégico do Sistema S, no Brasil, na preparação do trabalhador do futuro e no auxílio àqueles com dificuldades para acessar o mercado de trabalho formal. “Trata-se de um modelo exitoso, que pode servir de referência para outras nações.”

A importância de gestões voltadas para que sejam cada vez menores as ocorrências de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais também foi citada por Vander Costa, que ainda ressaltou a atuação dos empregadores brasileiros, junto aos poderes públicos, para avançar na modernização da agenda trabalhista no Brasil, visando um melhor ambiente de negócios.

Trabalho coordenado

Em sua fala, o presidente da CNT destacou que, mesmo ainda em um ambiente de crise, o Brasil, em 2021, abriu 2,7 milhões de postos de trabalho com carteira assinada. Foram 20,7 milhões de contratações contra 18 milhões de demissões no período. “Neste ano, já abrimos mais de 600 mil novas vagas. Há que se reconhecer que tal desempenho tem relação com a modernização da legislação trabalhista promovida há cinco anos em nosso país.”

Para encerrar seu discurso, Vander Costa conclamou governos, empregadores e trabalhadores a atuarem, de maneira coordenada, para a superação dos desafios da nova realidade do mercado e garantir condições dignas de trabalho. “Acreditamos que a união de esforços é que conduzirá a um futuro com mais oportunidades e qualidade de vida para os cidadãos de todo o mundo. É pelo que trabalhamos.”

Leia o discurso na íntegra

Fonte: Fonte: CNT

Transporte é um dos principais impulsionadores do mercado de trabalho em abril

Notícias 09 de junho de 2022

Mesmo com os desafios advindos de instabilidades no mercado internacional e da significativa elevação de custos para a atividade transportadora, o transporte faz a diferença, com saldo de 14.413 postos formais de trabalho só no mês de abril. Trata-se do quarto mês seguido que o setor apresenta bom desempenho para postos com carteira assinada. Somando os quatro primeiros meses do ano, são 34.479 vagas ocupadas, na diferença entre contratações e desligamentos. O desempenho faz parte da análise da Confederação Nacional do Transporte (CNT) publicada nesta quarta-feira, 08.

Os principais dados estão detalhados no Radar CNT do Transporte – Caged Abril 2022. A estratificação das informações também pode ser consultada de forma dinâmica no Painel CNT do Emprego no Transporte. Os apontamentos da Confederação levam em conta as informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência Social.

O transporte faz parte, inclusive, do setor de serviços, cujo desempenho foi o melhor dentre os cinco setores considerados pelo Caged. O número de vagas criadas por este setor alcançou 117.007 em abril, 60% das mais de 196 mil vagas formais de emprego geradas no mês.

O segmento do transporte rodoviário de cargas é o principal responsável por esse impulsionamento. Dentre os modais, o segmento criou, sozinho, 12.321 vagas. Outro destaque foi a performance do rodoviário de passageiros: só em abril, foram 1.548 ocupações, devido principalmente ao rodoviário urbano de passageiros (1.004 postos). Para o mesmo mês em 2020 e 2021, o segmento havia demitido mais do que admitido profissionais, em função das restrições impostas pela pandemia.

Em relação ao desempenho por estado, São Paulo (7.663)Santa Catarina (1.153) e Paraná (728) lideram a esteira positiva de empregos no transporte em abril. No acumulado de 2022, a geração de ocupações nos estados se repete: 16.330; 3.278; e 2.891, respectivamente. 

Na contramão estão Alagoas e Pará. Apesar de apresentarem saldo positivo em abril, os dois estados têm os piores desempenhos no acumulado do ano, com saldos negativos de 711 e 568 postos, respectivamente. Ou seja, a diferença positiva entre contratações e demissões de abril ainda não foi o suficiente para compensar todos os empregos perdidos no primeiro trimestre deste ano.

O objetivo da análise da Confederação é disponibilizar aos transportadores informações sobre o panorama e a situação de ocupações no setor, além de facultar às empresas do transporte e à sociedade opções para consulta dinâmica sobre emprego. O material da CNT tem sido uma fonte significativa de referência, especialmente durante a pandemia da covid-19.

Os detalhes estão no Radar CNT do Transporte - Caged Abril 2022

Consulte aqui: Painel CNT do Emprego no Transporte

Alto quórum, apresentação oficial e convidados especiais em Almoço Executivo

Notícias 09 de junho de 2022

O mês de junho começou com um anúncio e tanto! No dia 1º, divulgamos o novo serviço (um sonho antigo!) disponível aos associados do Transcares: assessoria contábil e tributária.  E nesta quarta, 8, foi dia de receber a profissional que assumiu o desafio, Mônica Porto, no Almoço Executivo do mês. Mas ela, que além de ter sido oficialmente apresentada, participou da Reunião de Diretoria e já fez seu primeiro atendimento, não foi a única convidada especial do encontro mensal dos transportadores. O prefeito de Cariacica, Euclério Sampaio, também esteve presente, junto com seu secretário de Desenvolvimento, Armando Gouveia.

Aliás, o “quórum” do Almoço chamou a atenção do presidente Luiz Alberto Teixeira. Além dos convidados especiais, participaram o vice-presidente, José Geraldo Valadão, os diretores Fernando De Marchi, Hudson Cordeiro, Marco André Zon, Vansionir Paganini, Leandro Costa Teixeira, Sidnei Augusto Bof, o coordenador da Comjovem-ES, Roberto Fabiani, o ex-presidente Marcos Furtunato e os membros do Conselho Fiscal Wesley Proescholdt, Dellano Scarpe e Jonas Lorencini; os presidentes do Setpes e do Sindliqes, Jerson Picoli e Joceny Callenzane, o superintendente da Fetransportes, Edinaldo Ferraz, e Armando Alves Hosken Neto, do Porto de Praia Mole. A lista de convidados contou, ainda, com representantes de mantenedores. Marcaram presença Dayane Boldrini e Matheus de Paula, da 3S Tecnologia, Celem Garrocho, da ArcelorMittal.

“Hoje tivemos a maior Reunião de Diretoria e o maior Almoço Empresarial, em termos de quórum, desde que assumimos o desafio à frente do nosso Transcares. Fico satisfeito de ver este Salão de Eventos tão cheio, principalmente porque vivemos um bom momento, com a readequação de nosso Planejamento Estratégico, que está sendo coordenado pelo consultor Paulo Simões, também presente aqui. Ele está trazendo novas ideias, inovação e um jeito diferente de fazer as coisas. Estamos tendo nossa aguardada retomada do pós-pandemia e vamos nos recolocar fortes no mercado”, disse ele, citando o trabalho ainda mais forte do sindicato na busca por novos associados e a novidade no portfólio de serviços do Transcares, a assessoria contábil e tributária.

O prefeito aproveitou o ambiente para repetir algo que gosta de falar a quem investe no município. “Cariacica está de portas abertas para vocês. Aqui, sou eu quem tenho que estender o tapete azul para vocês, que geram emprego e renda para nosso povo!”

E pegando carona nas palavras de Euclério, o presidente do Transcares encerrou a abertura do Almoço também chamando a atenção das pessoas para a essencialidade do setor – palavras, inclusive, que ele já havia usado em seu discurso de posse, em novembro do ano passado. “Nós somos fundamentais e eu ainda terei a chance de ver o nosso transporte sendo citado em mesmo grau de relevância da indústria e do comércio”.

Prato da Boa Lembrança

Como de costume, o Almoço Executivo foi encerrado com a entrega do Prato da Boa Lembrança. Este mês, Teixeira o entregou ao prefeito Euclério Sampaio, ao representante da ArcelorMittal, Celem Garrocho, e a Armando Alves Hosken Neto, do Porto de Praia Mole.



Foto: Prefeito Euclério Sampaio e Presidente Luiz Alberto Teixeira.



Foto: Celem Garrocho, Luiz Alberto Teixeira, Armando Alves Hosken Neto e o Superintendente Mario Natali.

Fonte: Assessoria de Imprensa do Transcares - Anna Carolina Passos

Sobre Rodas: novo mantenedor aposta em ótimos negócios e crescimento do setor

Notícias 08 de junho de 2022

Implementos rodoviários, carroceria sobre chassi, máquinas e caminhões RD, pneus, pino rei, câmara de serviço, “balancim”, catraca, lona de freio, paralama, sinaleira traseira e lona de escoamento. Quem é transportador sabe o quanto todos esses nomes estão intimamente ligados ao transporte rodoviário de cargas e logística. Mas o que eles têm a ver com este texto? É que os nomes citados fazem parte do check list da Randon Sobre Rodas Comércio e Equipamentos, uma das novas mantenedoras do Transcares, que decidiu “chegar junto” para fazer parte do grupo de empresas que reforça o ecossistema do segmento por entender que como Transcares trabalha pelo fortalecimento do segmento, eles também deveriam fazer parte deste trabalho em parceria.

E a empresa chega ao sindicato cheio de boas expectativas e vivendo um bom momento. Após os dois anos mais “brabos” de pandemia, em que a empresa precisou lidar com restrições e adversidades, “da mesma forma que todos os demais setores”, como citou o Coordenador de Vendas Eliezio Mantovani, “o ano de 2022 começou muito bem, com um crescente dia a dia. Inclusive, retomamos e reestruturamos nossa equipe de venda e pós-venda”, completou.

Mantovani está otimista com relação à parceria recém-iniciada e prevê que a mesma pode trazer bons negócios para ambos os lados – para as empresas associadas ao sindicato e para a Sobre Rodas –, principalmente se levarmos em conta os diferencial da sua empresa.

“A marca que representamos no Estado é forte e conhecida. Some-se a isso o fato que temos a nosso favor um produto premium, peças genuínas e assistência, além de atendimento de alta qualidade”.

A confiança de Mantovani em ótimos negócios ganha força, ainda, no mercado capixaba, pois ele o avalia como promissor e com chances de crescer de maneira sustentável. “Somos um Estado portuário. Então, apesar das dificuldades a que estamos acostumados, acreditamos muito na força e no crescimento sustentável do setor de transportes como um todo”.

Saiba mais a respeito da Randon Sobre Rodas em www.sobreroda.com.br

Fonte: Assessoria de Imprensa Transcares - Anna Carolina Passos

Reforma tributária divide especialistas sobre nível de arrecadação e pacto federativo

Notícias 08 de junho de 2022

A nova proposta de reforma tributária (PEC 7/20) dividiu a opinião de especialistas ouvidos nesta terça-feira (7) pela comissão especial da Câmara que analisa a matéria. Incertezas sobre se a proposta vai garantir o atual nível de arrecadação e o equilíbrio do pacto federativo foram os principais temas em debate.

A Proposta de Emenda à Constituição 7/20 está assentada em três pilares: desoneração de toda a cadeia produtiva, desoneração da folha de pagamentos e cobrança do imposto na ponta.

Segundo levantamento do Tesouro Nacional, em 2021, a Carga Tributária Bruta (CTB) das três esferas de governo foi de 33,90% do Produto Interno Bruto (PIB), o que representa um aumento de 2,14 pontos percentuais em relação a 2020 (31,76%).

Para o procurador tributário da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Luiz Gustavo Bichara, a PEC está na direção correta, mas a proposta deve indicar qual imposto fará frente à carga tributária atual.

“Nós precisamos de uma modelagem financeira disso para saber quanto se conseguiria arrecadar com os tributos desenhados pela PEC – embora eu ache salutar a desoneração da folha, sobretudo para combater a chaga do desemprego no Brasil. Só em contribuições previdenciárias, pagas por trabalhadores e patrões, foram arrecadados R$ 480 bilhões. Que tributo poderá fazer frente a essa arrecadação brutal?”, questionou.

Ainda assim, Bichara afirmou ser inviável, em momentos de crise, que a tributação se concentre no consumo. Ele observou que hoje o consumo responde por 49,7% do total da arrecadação; já a renda corresponde a 20%.

“Não é possível que a gente pense que a reforma tributária de hoje deva ser idêntica à reforma tributária pensada para um modelo pré-pandemia. Hoje, no Brasil, segundo o IBGE, 49,5% das pessoas com idade para trabalhar estão desempregadas. Então, nós temos que pensar em uma reforma tributária que enderece esse problema”, sustentou.

Na mesma linha, o diretor do Instituto Cearense de Estudos Tributários, Schubert de Farias Machado, falou da importância em definir a alíquota necessária para a manutenção da carga. “O Brasil vive uma crise do emprego, não podemos tributar o emprego. Mas, ao mesmo tempo, qual seria o nível de tributação necessário para substituir essa arrecadação?”.

Pacto federativo

Schubert de Farias também observou que a PEC pode prejudicar o pacto federativo, à medida que afeta os Fundos de Participação de Estados e Munícipios, um mecanismo que, segundo ele, auxilia no combate à desequilíbrios econômicos.

“A PEC, da maneira que está, estaria ferindo as garantias constitucionais que determinam que haja o combate da desigualdade regionais”, sustentou. Ele sugeriu que a União concentre os tributos sobre renda e patrimônio, onde parte seria repassado aos estados, garantindo uma renda mínima aos entes federativos menos desenvolvidos.

Farias acrescentou que não é produtivo dar ampla autonomia tributária aos estados em razão da diferença entre suas bases tributáveis: “Há municípios tão pobres onde não caberia o imposto sobre patrimônio”, exemplificou Farias.

Regras de transição

Nesse ponto, o autor da proposta, deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP), disse que pode ser criada uma regra de transição específica para os Fundos de Participação. “Estamos falando de 10% da arrecadação, então são maleáveis (os fundos). E tem muitos estados que não precisam desse repasse, ou que podem ser desonerados, assim que assumirem autonomia”, sustentou.

Já a relatora da proposta, deputada Bia Kicis (PL-DF) reforçou ser importante “colocar um teto nos impostos estaduais”. “O estado não funciona como mercado, se nós deixarmos os estados livres para cobrarem as alíquotas que bem entenderem, essa mobilidade de pagadores entre estados não será uma coisa simples”, frisou. Na sua opinião, uma competição entre os entes federativos, nos moldes do que há nos Estados Unidos, pode ser positiva.

Cadeia produtiva

O economista Antonio Arantes Lício defendeu a tributação direta da produção em uma única etapa, como está previsto na PEC. “Já que temos que tributar a produção, porque não tributar somente o único elo da cadeia produtiva, que seria o varejo? Assim, estaremos tributando o consumo”, observou.

Ele justificou que algumas cadeias produtivas são formadas por mais de 10 elos de produção até que se chegue ao consumidor final. Esse é o caso da indústria de carne de suína, explicou, que engloba o setor de fertilizante, ração para animais, entre outros. Hoje, cada etapa da cadeia produtiva paga o imposto referente ao valor adicionado ao produto.

“Computando somente o último elo, que é a venda da carne ao consumidor, teríamos a mesma arrecadação que se fosse tributada todas as fases”, afirmou Lício, que é autor de livro sobre tributação na agricultura. Ele criticou a aplicação do imposto sobre valor agregado (IVA), modalidade central em outra reforma tributária discutida pelo Congresso desde 2020. Em sua visão, o IVA foi mais apropriado ao contexto de criação da União Europeia e não à realidade brasileira.

No entanto, o deputado Mauro Benevides Filho (PDT-CE), um dos que solicitaram a reunião, fez uma ressalva: “Para você sair de um IVA, onde você minimiza a sonegação, porque você vai compensando o tributo a cada etapa e deixa para fazer lá na última ponta, ou seja, como é nos Estados Unidos. É porque lá o enforcement (punição) de uma sonegação fiscal é cadeia. Aqui no Brasil, se você deixa de pagar o tributo, o Ministério Público denuncia, se ele pagar, ele extingue o crime”, disse.

Na distribuição da carga tributária do Brasil, 11% são de impostos diretos e 89% de impostos indiretos. O contrário ocorre nos Estados Unidos, onde 85% são impostos diretos e 15% são indiretos.

 

Setor transportador demonstra preocupação com o possível aumento do teor de biodiesel no diesel

Notícias 07 de junho de 2022

A Confederação Nacional do Transporte (CNT) expressa sua preocupação com a intenção, veiculada na imprensa, de que seja retomada a elevação da mistura do biodiesel no diesel para aumentar a disponibilidade desse combustível no país.  

A medida só beneficia a indústria de biodiesel, aumentando o preço do diesel, a sua quantidade consumida, poluindo mais e gerando mais inflação. Essa proposta não necessariamente representará aumento da oferta do combustível, tampouco a diminuição do preço final do produto.

Se mantidos os preços do diesel A e do biodiesel referentes à semana de 23 a 29 de maio, a elevação do percentual da mistura de 10% para 13% aumentaria imediatamente o preço do diesel B em 1,4%. Se elevado o percentual para 15%, o impacto seria de 2,4% no preço do diesel B.

Ademais, a operação de transporte apresentou diversos problemas técnico-mecânicos em virtude das especificações inadequadas que comprometem a qualidade da mistura em percentuais elevados de biodiesel no diesel. Entre os problemas detectados, consta o aumento do consumo de combustível, agravando ainda mais a escassez de oferta.

Outro ponto importante é que o aumento da mistura do biodiesel não vai reduzir a emissão de poluentes, ao contrário, vai aumentar, justamente por causar problemas no sistema de motor que levam ao comprometimento da queima do combustível que se dá na câmara de combustão. O aumento de consumo de combustível, provocado pela queda de performance nos veículos de ciclo diesel, abastecidos com teor de biodiesel acima do que os seus motores são capazes de processar, aumenta a emissão de poluentes.

Tal cenário levou os Poderes Executivo e Legislativo a iniciar debates e análises técnicas para possibilitar que essa retomada ocorra de forma segura e planejada. Entre as medidas está a revisão das especificações do biodiesel éster pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), visto que as especificações atuais foram estabelecidas para teores de até 7%.

A retomada da elevação da mistura nesse momento, sem a finalização das ações que comprovem a sua viabilidade técnica em veículos de diferentes fases do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve), implicará no ressurgimento dos problemas operacionais, incluindo paradas repentinas dos veículos, elevando o custo da atividade produtiva no país e colocando em risco a segurança da operação, dos motoristas e passageiros do transporte rodoviário.

Nesse momento, é preciso garantir a previsibilidade aos consumidores mediante a manutenção dos 10% de mistura ao longo de todo o ano de 2022, conforme decidido pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), em 29 de novembro de 2021. É fundamental que seja mantido o compromisso do Governo com os princípios da tecnicidade, previsibilidade, transparência, segurança jurídica e regulatória aos setores econômicos. 

A CNT reafirma sua disposição em colaborar com as autoridades e também seu compromisso com a preservação ambiental, com a introdução de novas fontes energéticas e com o avanço seguro do programa nacional de biocombustíveis.

Fonte: Fonte: CNT

Após ação da CNT, STF adia vigência de MP sobre crédito tributário de combustível

Notícias 07 de junho de 2022

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli concedeu liminar para garantir aos consumidores finais de óleo diesel o direito ao crédito de PIS e Cofins pelo período de 90 dias da publicação da Medida Provisória 1.118/2022. A decisão – que foi dada em Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) da CNT (Confederação Nacional do Transporte) – irá a referendo no Plenário virtual, que começará a analisar o caso nesta sexta-feira (10).

A MP retira o benefício da Lei Complementar nº 192, de março deste ano, e alterou a tributação sobre combustíveis fazendo com que os créditos valessem apenas para produtores e postos de gasolina, deixando de fora consumidores finais. A Medida impactava diretamente o setor de transporte.

A CNT entrou com ADI no STF solicitando a suspensão imediata da eficácia da MP, por entender que a medida é inconstitucional, já que a majoração na cobrança das contribuições para o PIS e para Cofins em virtude da publicação da MP fere o princípio da anterioridade nonagesimal (que prevê que normas tributárias devem respeitar 90 dias antes de entrar em vigor, permitindo que o contribuinte se organize financeiramente para a alteração do cenário tributário).

Na sua decisão, Toffoli acatou o pedido feito pela Confederação deixando claro que, de fato, a medida majorou indiretamente a carga tributária do PIS/Pasep e da Cofins. E, de acordo com o entendimento predominante no STF, a majoração indireta de tributo, inclusive mediante a revogação de benefício fiscal, deve se submeter às regras constitucionais da anterioridade geral e nonagesilmal (de 90 dias), a depender do caso. 

Com a liminar, a decisão de Toffoli já surte efeitos de imediato, mas deverá ser confirmada pelo Plenário do STF. O mérito da ação será analisado posteriormente. A MP também será analisada pelo Congresso Nacional.

Fonte: CNT

Com atuação da CNT, STF valida prevalência de acordos trabalhistas sobre a legislação vigente

Notícias 06 de junho de 2022

Os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiram, nessa quinta-feira (2), que os acordos e convenções coletivas trabalhistas se sobrepõem à legislação existente, desde que o negociado não afaste direitos trabalhistas previstos na Constituição, como salário, seguro-desemprego, licença-maternidade e FGTS. Para chegar até esse julgamento, várias instituições trabalharam para colaborar com a decisão. A CNT atuou como amicus curiae (amigo da corte), a fim de que fossem prevalecidas as condições negociadas nos referidos instrumentos coletivos, de forma a conferir efetividade ao comando normativo do art. 7º, XXVI, da Constituição Federal.

Da mesma forma, outros direitos que estão em leis ordinárias também podem ser retirados via negociação entre empregados e empregadores, como horas-extras, intervalo intrajornada, horário de almoço, negociação dos percentuais de adicionais de insalubridade e periculosidade.

Foi fixada a seguinte tese em sede de repercussão geral no tema 1046: “São constitucionais os acordos e as convenções coletivas que, ao considerarem a adequação setorial negociada pactuam limitações ou afastamentos de direitos trabalhistas independentemente da explicitação especificada de vantagens compensatórias desde que respeitados os direitos absolutamente indisponíveis.”

O caso chegou até o STF após o TST (Tribunal Superior do Trabalho) ter afastado a aplicação de norma coletiva que previa a supressão do pagamento do tempo de percurso por uma empresa que ofertava o transporte para deslocamento dos empregados ao trabalho, pelo fato de estar situada em local de difícil acesso e de o horário do transporte público ser incompatível com a jornada de trabalho.

Até a Reforma Trabalhista de 2017, a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) previa que esse tempo de percurso, chamado de “horas in itinere”, deveria ser remunerado pelo empregador, por se considerar tempo à disposição. Com a reforma, essa previsão foi revogada. Contudo, continuou em vigência a Súmula 90 do TST, que assegurava que o tempo despendido pelo empregado, em condução fornecida pelo empregador, até o local de trabalho de difícil acesso, servido ou não por transporte público regular, e para o seu retorno, era computável na jornada de trabalho.

Em sua decisão, o ministro relator do processo, Gilmar Mendes, entendeu que a questão se vincula diretamente ao salário e à jornada de trabalho, temáticas em relação para as quais a Constituição autoriza a elaboração de normas coletivas de trabalho – razão pelas quais devem prevalecer sobre a jurisprudência existente, ressaltando, porém, que que a redução de direitos por acordos coletivos deve respeitar as garantias constitucionalmente asseguradas aos trabalhadores.

Fonte: SETCESP

XXI Seminário Brasileiro do TRC discute a política de preços dos combustíveis e o diálogo do setor com o governo

Notícias 02 de junho de 2022

Transportadores de todo o Brasil, se reuniram, ontem (1), no Auditório Nereu Ramos, em Brasília (DF), para a realização do XXI Seminário Brasileiro do Transporte Rodoviário de Cargas. A ocasião marcou a primeira reunião presencial, depois de 2 anos, dos empresários, lideranças sindicais e parlamentares envolvidos com o setor para trazer ao governo as suas necessidades e desafios atuais.

O evento foi organizado pela Comissão de Viação e Transportes (CVT) da Câmara dos Deputados e com apoio da NTC&Logística e contou com uma programação dividida em duas etapas para explorar assuntos relacionados aos combustíveis e às recentes decisões jurídicas com os produtos perigosos. A mesa de abertura foi composta pelo presidente da CVT, Hildo Rocha, o Deputado Federal Gonzaga Patriota, o presidente da NTC&Logistica, Francisco Pelucio, o vice-presidente da CNT, Flávio Benatti, o presidente da CNTA, Diumar Bueno, e o Secretário Nacional de Transportes Terrestres, Felipe Queiroz.

“Desejo boas-vindas a todos neste 21º Seminário Brasileiro do Transporte Rodoviário de Cargas. É uma honra poder estar ao lado dos meus colegas de mesa para discutir aspectos relevantes para este segmento que está presente na vida de todos os brasileiros. Se a nossa economia é conhecida pelo seu agronegócio pujante, grande parte disso é por causa do excelente trabalho das empresas de transporte. Claro que, no âmbito do Estado, ainda há muitos empecilhos para o trabalho deste setor, entretanto, precisamos mudar isso, em eventos como este”, declarou Hildo Rocha.

O Deputado Gonzaga Patriota (PSB – PE), ilustrou a importância do Seminário com base nos acontecimentos recentes no seu município (Recife). “Muitas mortes estão acontecendo, por causa da chuva, e essa situação interrompe grande parte das rodovias, atrapalhando o fluxo dos veículos. Ocasiões como esta mostram que pela grande participação do modal rodoviário na economia brasileira, não podemos, enquanto parlamentares, permitir que não exista diálogo entre nós e vocês para a resolução desses problemas, portanto, se depender de mim, podem contar com esse patriota para tornar eventos como este um sucesso”, comentou o Deputado.

A participação do Ministério da Infraestrutura ficou sob responsabilidade do Secretário Nacional de Transportes Terrestres, Felipe Queiroz. Devido à ausência do Ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, que precisou estar presente em assuntos pessoais, o Secretário afirmou, em sua fala, “que, enquanto representante do ministro Marcelo, ele me pediu para destacar três pontos: a importância do setor, o diálogo e a inovação”.

Na sua apresentação, Felipe valorizou a criatividade do setor em se manter relevante e melhorar, mesmo com a pandemia. “Isso mostra que os protagonistas do setor estão bastante atentos e antenados na necessidade de impulsionarmos o agronegócio brasileiro para sustentar a nossa imagem de referência em commodities no mundo”, explicou Felipe.

Um ponto enfatizado pelo Secretário foi o incentivo ao diálogo democrático entre o governo e os empresários e caminhoneiros autônomos do transporte rodoviário de cargas. Na ocasião, ele anunciou a reunião que acontecerá, em 15 de junho, para a criação de um acordo de cooperação técnica entre o Minfra e a ANTT para o fomento de discussões. De acordo com Felipe, é a partir de iniciativas como essas e de eventos como o Seminário Brasileiro que políticas como a mudança do peso-eixo dos caminhões, sancionada em outro de 2021, e que amplia a tolerância para o excesso de peso em veículos de transporte de cargas e de passageiros.

Em sequência, foi a vez do diretor da ANTT, Guilherme Theo Sampaio, contribuir com a sessão de abertura. Participante dos eventos da NTC&Logística e amigo do presidente Pelucio, Guilherme agradeceu a presença de todos e agradeceu à Associação pela organização nestes 21 anos de organização do Seminário.

“Junto aos transportadores de carga, a ANTT trabalha diariamente com o propósito de melhorar o diálogo, a eficiência e a gestão desse setor presente na vida de todos nós. Assim como o Secretário Felipe, destaco que nós, instituições públicas relacionadas ao transporte e à infraestrutura, trabalhamos para vocês, ou seja, somos pólos complementares e não dissociados”, declarou Guilherme Theo.

O diretor da ANTT também falou a respeito da nova resolução do RNTRC e dos índices de sustentabilidade desenvolvidos pela Agência. Além disso, ele destacou a importância de ouvir e conversar com empresários e caminhoneiros autônomos de carga, para alcançar um consenso e transparência para manter a curva de crescimento do setor sempre em avanço.

Em sequência, foi a vez do presidente da NTC&Logística, Francisco Pelucio, fazer a sua fala de abertura. “Ficamos dois anos sem o Seminário Brasileiro presencial, então é com muita alegria poder estar aqui com os Deputados Hildo, Gonzaga Patriota, Hugo Leal, Vanderlei Macris, o presidente da FENATAC, Paulo Lustosa e o vice-presidente da CNT, Flávio Benatti, e o meu grande amigo presidente da CNTA, Diumar Bueno. Como conversava com ele, minutos antes do início, nossas atividades não são separadas, portanto, pode contar comigo para trabalharmos para a união no transporte de cargas e para a melhora dos problemas que atingem nós dois”, afirmou Pelucio.

O vice-presidente da CNT, Flávio Benatti, por sua vez, trouxe, em sua fala, exemplos de como o Seminário Brasileiro do TRC contribuiu, na sua história recente, para a criação de políticas que melhoram e prometem mudar consideravelmente o funcionamento do setor. De acordo com o Benatti, “graças ao Seminário, estamos, hoje, inseridos em discussões como a digitalização da economia, por meio do DT-e e à frente na desburocratização e no incentivo ao transporte rodoviário de cargas, em medidas como a desoneração da folha de pagamento”.

Por último, o presidente da CNTA, Diumar Bueno, cumprimentou todos os participantes da mesa de abertura e colocou a questão da política de preço dos combustíveis como a questão principal a ser discutida pelos palestrantes do Seminário. Segundo Diumar, “para melhorarmos a situação, precisamos de uma decisão que envolva todos os impactados e, principalmente, reforçar a principal ação a ser tomada no momento: a repassagem do aumento do valor do frete para os contratantes”.

Logo em sequência, o presidente Diumar precisou se retirar do evento para se dirigir à celebração dos 10 anos da CNTA junto de seus caminhoneiros associados. Entretanto, ele deixou registrado o documento com o posicionamento oficial da Confederação a respeito da política de preços dos combustíveis, que será posteriormente enviado ao Parlamento para ser considerada nas manifestações contrárias ao modelo atual.

Primeiro painel

No início do primeiro painel, composto pelo Deputado Federal Lucas Gonzalez (NOVO – MG), o Deputado Federal, Herculano Passos, o assessor jurídico da NTC&Logística, o Dr. Narciso Figuerôa Junior, o engenheiro mecânico e de segurança do trabalho Thiago Giacomelli Poleto, o Deputado Federal Paulo Caleffi, o coordenador de assuntos técnicos da Anfavea, Sr. Darlan Souza, e Daniel Pereira, membro da Comissão Técnica da Anfavea, teve como tema os aspectos jurídicos e técnicos da instalação do tanque de combustível suplementar

“Muito bom estar aqui junto de alguns rostos familiares, como o meu amigo Antônio Lodi. A empresa fundada pelos meus antecessores completou, nesta semana, 52 anos de transporte, e a primeira vez que entrei na Câmara foi em 2016, justamente em um Seminário Brasileiro do TRC. Portanto, é uma honra muito grande poder estar com vocês hoje para debater melhorias para o nosso setor e para todo o Brasil”, declarou Lucas.

O Deputado Herculano, moderador da mesa, anunciou, na ocasião, a criação de uma Frente Parlamentar Mista em defesa das cooperativas de transportadores autônomos. “Tivemos muita dificuldade para conseguir as assinaturas necessárias para esse feito e contamos com o apoio dos caminhoneiros para alcançar tal conquista. Próxima quarta-feira, estaremos reunidos para celebrar a criação dessa Frente e todos aqui estão convidados para participar.”, abordou Herculano.

Em sequência, o Dr. Narciso procedeu com a sua apresentação, em que ele explicou o histórico da resolução nº 921 do Contran, responsável pelo adicional de periculosidade dos tanques de combustíveis suplementares nos caminhões com mais de 200 litros. Na perspectiva do assessor jurídico da NTC&Logística, “essas decisões, completamente equivocadas ao nosso ver, tanto no original de fábrica quanto no tanque suplementar, revelam volume significativo e caracterizam o risco acentuado”, declara o Dr. Narciso.

Contudo, ele complementa: “em resposta, os transportadores trouxeram a Norma Regulamentadora nº16, que define que a quantidade de combustíveis nos tanques, independente do volume, não caracteriza instrumento de periculosidade”.

O deputado Paulo Vicente Caleffi, que participou de forma remota, sobre a temática, chegou à conclusão de que o problema não é a periculosidade em relação ao condutor, mas em relação ao veículo. “O veículo que transporta um produto perigoso não pode considerar que um produto destinado ao consumo seja considerado instrumento de dano à vida do motorista”, mencionou Caleffi.

Segundo painel e encerramento

Aproveitando o término do primeiro painel, o Deputado Vanderlei Macris introduziu a segunda mesa programada. Junto a ele, estavam o diretor jurídico da NTC&Logística, o Dr. Marcos Aurélio Ribeiro, o diretor administrativo e institucional da NTU, o Sr. Marcos Bicalho dos Santos, e o Deputado Federal e membro da CVT, Bosco Costa.

Os participantes conversaram sobre o tema de impacto na vida da maioria dos que presenciaram o Seminário: a política de preços dos combustíveis. Marcos Bicalho, o primeiro a se pronunciar, ressaltou o papel do ônibus para a movimentação de pessoas. Segundo Bicalho, eles são responsáveis por 87% de todo o transporte urbano em 2.900 municípios e assim como os transportadores de rodovias, sofrem diariamente com o custo do diesel, que chega a 35% da folha de pagamento.

Na visão do diretor administrativo da NTU, precisa-se considerar incluir os preços dos combustíveis em uma política de estado. Dessa forma, Marcos posiciona-se a favor de políticas como a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE), em oposição à Lei do Petróleo, logo incentivando a destinação de recursos federais para o investimento em infraestrutura no transporte.

Depois dele, o Dr. Marcos Aurélio Ribeiro explicou que, em números, o transporte rodoviário trabalha com a mesma margem de custo que o urbano, porém, dependendo do tipo de serviço, o diesel chega a cobrir mais de 50% dos custos de algumas operações. Segundo o gerente jurídico da NTC&Logística, cargas de longo trajeto ou as de lotação possuem um gasto maior, devido à natureza do seu processo. Sendo assim, praticar valores desta magnitude para os combustíveis é uma atitude insustentável para o setor, que cobra de seus empresários uma ação mais assertiva na cobrança do frete e na postura política para mudar esse cenário.

Em sua apresentação, Marcos Aurélio expôs alguns cálculos sobre a porcentagem de lucro e participação da importação de petróleo nas contas da Petrobras. De acordo com os dados mostrados pelo advogado, apesar de a guerra na Ucrânia ser uma das razões para o preço atual, o crescimento exponencial dos valores já acontecia, devido à desvalorização do real, desde 2020, quando a NTC&logística observou uma variação de 87,59% no acumulado do aumento do diesel em dólares.

“O congresso desempenha um papel essencial para avançar e defender políticas de equilíbrio nos preços das tarifas de combustível. Um excelente exemplo recente foi a Lei Complementar 192, que institui uma alíquota única no ICMS dos estados. Entendemos o quão importante é essa cobrança para o orçamento dos estados, mas o que pedimos é apenas a conscientização entre todos os envolvidos no assunto da necessidade de compartilharmos as dificuldades para diminuirmos o sofrimento de todos”, explicou o Dr. Marcos.

Nesse raciocínio, o jurista trouxe à mesa a responsabilidade da Petrobras em também assumir a sua parcela de participação na mudança dessa situação. “Fala-se muito do quanto a Petrobras está sendo explorada, entretanto, se formos aos dados, veremos que não é bem assim. O ganho total da empresa com a venda de diesel, em 2021, foi de R$ 62 bilhões, sendo que 36,5% desse valor foi para o lucro da Petrobras. No geral, o governo arrecadou R$ 39 bilhões com ela, enquanto o seu maior acionista”, afirmou o diretor jurídico da NTC&Logística.

“Nós do setor privado temos plena consciência e obviamente somos defensores de que os acionistas tenham lucro. Nossa queixa não é em relação a isso, mas, já que precisamos unir esforços para conter esse problema, então todos devem ser envolvidos nessa conta e cumprir com a sua obrigação. E certamente isso passa pela Petrobras reconhecer o seu compromisso em não cobrar taxas tão excessivas”, finalizou Marcos.

Para concluir a segunda sessão de debates e encerrar o XXI Seminário Brasileiro do TRC, o Deputado Vanderlei Macris convidou ao palco o Deputado Bosco Costa (PL – SE) para dar as suas considerações. “Meu primeiro emprego foi na boleia de um caminhão, logo, consigo entender as preocupações dos meus colegas de estrada. Não posso deixar de passar a oportunidade de chamar a atenção, neste evento, da ausência de representantes da Petrobras ou do Ministério de Minas e Energia para conversar diretamente conosco e ouvir as nossas demandas. Espero que, ao lado dos demais membros da Comissão presentes no Seminário, possamos criar um grupo para revertermos o quanto antes, com boa vontade e paciência, essa questão”, concluiu Bosco.

O encerramento ficou sob responsabilidade do Deputado Vanderlei Macris, que agradeceu à participação de todos no dia e parabenizou, mais uma vez, o trabalho de organização e divulgação do Seminário pela NTC&Logística. Vanderlei, assim como outros convidados, questionou a ausência de porta-vozes da Petrobras e prometeu convocar o Ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, para a próxima seção remota que a Comissão promoverá, para que ele possa responder aos questionamentos levantados durante o Seminário e terminou a sua fala enfatizando a obrigação do Estado de dar uma resposta à indignação dos transportadores de cargas e de todos os cidadãos, que a cada dia que passa, sentem mais as consequências dos preços elevados no Brasil.

Pós-evento e entrega da homenagem

A sequência de eventos com os protagonistas do transporte rodoviário de cargas, não terminou no Seminário. Após o encontro na Câmara, os políticos, empresários e lideranças sindicais se encontraram no restaurante Coco Bambu para a entrega da homanagem para o Deputado Hildo Rocha, pelos seus serviços prestados em prol do setor e pelo seu apoio incondicional para o sucesso do XXI Seminário Brasileiro do TRC.

“Parabéns às entidades pela organização deste evento incrível. Tudo foi concluído em apenas 20 dias, que com certeza não foram fáceis. Vocês desempenham um papel importante para o desenvolvimento do transporte de cargas no Brasil. Da mesma forma, a Comissão de Viação e Transportes trabalha diariamente para receber as demandas de vocês, para que a nossa legislação melhore e que esse setor, responsável por transportar toda a nossa riqueza, possa alcançar patamares ainda maiores”, disse Hildo na entrega do troféu.

Com a palavra, o presidente Pelucio agradeceu o apoio da Comissão de Viação e Transporte por confiarem no trabalho da NTC&Logística e aos que ajudaram a tornar possível esta ocasião especial. “Obrigado a presença de todos os empresários, lideranças de entidades e políticos presentes por mais um Seminário, o nosso 21º presencial. Parabéns, Deputado Hildo Rocha pela sua corajosa atuação liderando a Comissão de Viação e Transportes e por ter nos recebido tão bem durante os dias que tivemos aqui. É com muita felicidade e honra que lhe entregamos este prêmio e, como o Sr disse, seguimos juntos na luta em busca de melhorar o setor que transporta o Brasil”, concluiu o Francisco.

Para os que não conseguiram assistir ao evento, mas tem interesse em conferir o conteúdo completo, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=DHAo-EE9bBM

O XXI Seminário Brasileiro do TRC é uma realização da Comissão de Viação e Transportes com o apoio da NTC&Logística e da FENATAC e com o apoio institucional da CNT e da CNTA.
Fonte: Fonte: NTC&Logística

 

Economia brasileira cresce 1% no 1º trimestre, diz IBGE

Notícias 02 de junho de 2022

O Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, cresceu 1% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o trimestre anterior. O dado foi divulgado hoje (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o IBGE, o PIB totalizou R$ 2,2 trilhões, em valores correntes, no primeiro trimestre do ano.

Na comparação com o primeiro trimestre de 2021, a economia do país cresceu 1,7%. Os dados também mostram um crescimento de 4,7% no acumulado de 12 meses.

Setores

O setor de serviços impulsionou o crescimento do primeiro trimestre deste ano, na comparação com o quarto trimestre de 2021. O setor cresceu 1%. A indústria teve variação de 0,1%. A agropecuária recuou 0,9% no período.

Sob a ótica da demanda, a alta do PIB no período foi puxada pelo consumo das famílias, que subiu 0,7%. O consumo do governo variou 0,7%, enquanto que a formação bruta de capital fixo, isto é, os investimentos, caiu 3,5%.

No setor externo, as exportações de bens e serviços cresceram 5%, enquanto as importações caíram 4,6%.

Fonte: SETCESP

Novo serviço lançado nesta quarta, 1º: assessoria contábil e tributária para as empresas associadas, com Mônica Porto

Notícias 01 de junho de 2022

Os assuntos tributários são uma espécie de “calcanhar de Aquiles” dos transportadores. Afinal, estamos falando de um tema complexo, que gera multas e um custo altíssimo. Isso não é novidade no setor. Novidade é a notícia que vou dar a seguir: a partir desta quarta-feira, 1º de junho, o Transcares realiza um sonho antigo e passa a oferecer um novo serviço – assessoria contábil e tributária para as empresas associadas. E a profissional que assumirá a missão será ninguém menos que Mônica Porto.

E se você acha que já leu ou ouviu esse nome por aqui, tem toda razão! A contadora, empresária e vice-presidente do Conselho Regional de Contabilidade (CRC-ES) ministrou o curso Compliance e Planejamento Tributário no Transporte de Cargas e na Logística, em maio do ano passado, e na ocasião o treinamento fez tanto sucesso que ela foi convidada, a seguir, para uma nova rodada de informações, desta vez na 10ª edição dos Podcasts Transcares.

O presidente do Transcares, Luiz Alberto Teixeira, está apostando neste alto neste novo serviço que passa a ser ofertado no portfólio do sindicato.

“Nosso sistema tributário é complicado, além de alto, e sempre tivemos consciência da dificuldade que é lidar com o tema no dia a dia. Há tempos, queríamos trazer para dentro do sindicato um profissional para fazer esse trabalho mais próximo com as associadas. E qual não foi nossa alegria ao receber o sim de Mônica, que além de muito experiente conhece como poucos as especificidades do setor. Estamos entrando em junho com uma novidade e tanto para as nossas transportadoras”, comemora.

Membro do GTFAZ (da Secretaria de Fazenda do Estado) e do Fórum Permanente das Micro e Pequenas Empresas (Nacional), Mônica fará plantão no Transcares, de 15 em 15 dias, para atendimentos (via telefone, e-mail, presencial ou online) e treinamentos (na Grande Vitória e em Colatina, Linhares e Cachoeiro de Itapemirim), estará disponível diariamente, por telefone e e-mail, e enviará notícias semanais para serem divulgadas em nossos meios de comunicação – site, e-mail e whatsApp.

Professora e palestrante, além de Mestre em Contabilidade (Fucape) e com MBA em Controladoria e Finanças (Fucape) e Contabilidade, Auditoria e Gestão Tributário (IPOG), Mônica já está à disposição das dúvidas e questionamentos dos associados e bastante animada com a oficialização desta parceria.

“Para mim, não há dúvidas de que a parceria com o Transcares e seus associados será de grande importância para as empresas de transporte capixabas, já que a assessoria contábil e tributária vai ajudar nas dúvidas do dia a dia. Será uma ferramenta de consultoria tributária somada a cursos e treinamentos sempre atualizados, e informações semanais relevantes”.

Leia a matéria sobre o Curso Compliance e Planejamento Tributário no Transporte de Cargas e na Logística, que Mônica Porto deu no Transcares, em maio de 2021.

https://www.transcares.com.br/noticias/informacao-e-conhecimento-compliance-e-planejamento-tributar-4619

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