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Revisão do Piso Mínimo de Frete

Notícias 12 de novembro de 2025

A ANTT vai realizar a Audiência Pública n 8/2025 para discutir a revisão da Resolução n 5.867/2020, que trata dos pisos mínimos de frete.

• Envio de contribuições: de 12/11 a 11/12/2025

• Documentos e orientações: https://participantt.antt.gov.br/public

• Sessão pública híbrida: dia 24/11, das 14h às 18h

• Transmissão: o link será divulgado no dia, às 13h

• Saiba como participar: https://www.youtube.com/watch?v=IX63cpw9sfA

• Compartilhe com os colegas do transport

PLOA 2026 destina R$ 16,05 bilhões para investimentos em infraestruturas de transporte, aponta estudo da CNT

Notícias 12 de novembro de 2025

A CNT analisou os investimentos previstos no PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) de 2026 e observou uma redução no volume de recursos destinados a investimentos em infraestruturas de transporte. O documento estima R$ 16,05 bilhões em investimentos públicos federais para o setor em 2026, 6,3% do total de investimentos públicos federais previstos para o próximo ano. Do montante total, R$ 13,83 bilhões são recursos diretos da União, e R$ 2,22 bilhões são provenientes do orçamento das estatais, como a Companhia Docas e a Infraero.

Os dados integram a nova edição da Série Especial de Economia – Investimentos em Transporte, elaborada pela CNT, que avalia a evolução dos recursos orçamentários e sua distribuição entre os diferentes modos de transporte. O estudo foi lançado nesta terça-feira (11).

A CNT destaca que, embora o orçamento global da União apresente crescimento, a participação relativa dos investimentos em transporte recuou, o que reforça a necessidade de atenção ao tema durante a tramitação do projeto no Congresso Nacional.

No setor de transporte, os investimentos da União (sem considerar as estatais) diminuíram de R$ 16,53 bilhões, no PLOA 2025, para R$ 13,83 bilhões, na proposta atual. O recuo foi mais expressivo no Ministério dos Transportes, cujo orçamento para investimentos caiu de R$ 15,91 bilhões do ano passado para R$ 13,10 bilhões neste ano.

Ainda assim, a pasta ampliou a proporção de investimentos dentro do próprio orçamento, passando de 49,2% para 71,1%, o que indica um foco maior na execução de obras e intervenções diretas. No Ministério de Portos e Aeroportos, o orçamento destinado a investimentos projetado é de R$ 737 milhões, valor pouco maior que o previsto no PLOA 2025.

Assim como nos anos anteriores, o modo rodoviário concentra a maior parte dos investimentos federais em transporte: R$ 11,90 bilhões, o equivalente a 86,0% do total. Em seguida, vêm o modo ferroviário, com R$ 891,57 milhões (6,4%); o aquaviário, com R$ 453,49 milhões (3,3%); e o aéreo, com R$ 268,17 milhões (1,9%). A distribuição percentual se manteve praticamente estável em relação a 2025.

Para a diretora executiva da CNT, Fernanda Rezende, a redução dos investimentos previstos para 2026 exige atenção, já que a qualidade da infraestrutura influencia diretamente a eficiência do transporte e o desempenho da economia, além de impactar também os custos operacionais das empresas, o valor das mercadorias e até o preço das passagens.

“Historicamente, os valores efetivamente executados ficam abaixo das necessidades do setor. Por isso, o estudo aponta que é fundamental que o Congresso avalie formas de ampliar as dotações orçamentárias voltadas às obras de infraestrutura de transporte durante a tramitação do PLOA 2026”, explicou.

Aumento do investimento das estatais

O estudo mostra ainda que as empresas estatais federais deverão investir R$ 2,22 bilhões em projetos de infraestrutura de transporte, valor superior ao previsto no orçamento anterior. A maior parte (77%) está concentrada no setor portuário, com R$ 1,72 bilhão sob a responsabilidade da Companhia Docas, que administra 15 portos públicos federais. O destaque é para a Autoridade Portuária de Santos S.A., que terá aumento expressivo e deve contar com R$ 759,84 milhões, quase o triplo do valor estimado no PLOA 2025. A Infraero, que administra 24 aeroportos, também terá acréscimo, com R$ 501,27 milhões previstos para 2026.

Investimentos totais

O PLOA 2026, encaminhado pelo governo federal ao Congresso Nacional em agosto, estima R$ 6,53 trilhões em despesas totais da União, sendo a maior parte desses recursos (R$ 6,33 trilhões) correspondente ao orçamento fiscal e da seguridade social, enquanto R$ 197,86 bilhões estão direcionados ao orçamento das estatais. O orçamento das estatais (R$ 197,86 bilhões) somado aos R$ 55,31 bilhões de investimentos diretos da União previstos para 2026 totaliza os R$ 253,17 bilhões previstos para investimentos em obras e programas públicos em todo o país, no próximo ano.

Acesse o documento na íntegra.


FONTE: Agência CNT Transporte Atual

Setor de transporte avança em soluções para reduzir emissões

Notícias 11 de novembro de 2025

Belém (PA) - O auditório da Estação do Desenvolvimento ficou pequeno para acomodar o público interessado no painel “CEBDS apresenta: como tornar o setor de transporte um contribuidor ativo para a redução de emissões brasileiras”. Realizado na terça-feira (11), durante a COP30, o encontro apresentou a trajetória da Coalizão pela Descarbonização dos Transportes, que congrega mais de uma centena de atores comprometidos com soluções sustentáveis para o setor.  

Incentivada pelo presidente da COP, o embaixador André Corrêa do Lago, a Coalizão surgiu a partir de um entendimento entre a CNT, o CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável), a Motiva e o Observatório Nacional de Mobilidade Sustentável, do Insper. O esforço conjunto resultou em um plano estratégico que propõe 90 alavancas (ações integradas) que visam reduzir em até 70% as emissões de gases de efeito estufa do setor até 2050.

Entre essas alavancas, três são consideradas fundamentais:

  1. modificar o mix (matriz) do transporte;
  2. reforçar o uso de biocombustíveis;
  3. eletrificar a frota. 

“Como representante das empresas do setor e de todos os modais, a CNT se vê na obrigação de liderar a transição energética do transporte. Porém, esse é um trabalho feito a muitas mãos”, afirmou o presidente do Sistema Transporte, Vander Costa, na abertura do painel. Em sua fala, ele destacou a importância do advento do Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores), criado em 1986, como um marco para colocar o país no caminho da descarbonização. 

“Para avançar, há a necessidade de políticas públicas de estímulo à mobilidade urbana em detrimento do uso do transporte individual”, ressaltou o dirigente. Segundo o presidente, essa diretriz precisa estar associada à renovação da frota. “É preciso tirar de circulação o veículo poluidor. Não adianta colocar ônibus elétricos se ônibus velhos continuarem circulando. Para isso, a solução é IPVA progressivo, como já é feito na Europa”, ressaltou. Ele reforçou que essas soluções têm impacto imediato, ao contrário da mudança da matriz, que demanda mais tempo.

“A beleza do plano estratégico é que todas as 90 alavancas são relevantes, embora não haja bala de prata”, continuou Miguel Setas, CEO da Motiva. De acordo com seu entendimento, o país tem um potencial imenso para expandir o uso de biocombustíveis. “Já a eletrificação terá um percurso mais longo. Precisamos compreender que a eletrificação atende a segmentos específicos e que sua rede de abastecimento não seguirá a mesma lógica dos postos de combustíveis atuais”, pontuou. 

Para Daniela Mignani, diretora executiva de Gestão do CEBDS, o fato de o Plano Clima, do governo federal, ter aproveitado os resultados apresentados pela Coalizão demonstra que a iniciativa está no caminho certo. “A Coalizão não se encerra quando o documento é entregue. Depois, há uma fase muito importante de advocacy”, sublinhou. Ela explicou que o CEBDS conquistou a confiança dos agentes públicos justamente por sua capacidade de articulação. “Nosso mandato é o que nos é dado pelas empresas. O nível executivo do governo nos requisita quando busca levar uma visão multisetorial para a formulação das políticas públicas”, finalizou. 

Mediado por Ana Patrizia, diretora-presidente da ANPTrilhos (Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos), o painel contou ainda com a participação de Fábio Guido, superintendente de Sustentabilidade do Itaú, e de Bruno Temer, gerente de Sustentabilidade para a América do Sul na Michelin.

Acesse o documento completo com o resultado do trabalho da Coalizão

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Estação do Desenvolvimento encerra primeiro dia com debates sobre transição energética, sustentabilidade e inclusão

Na Blue Zone, Sistema Transporte participa de painel sobre infraestrutura resiliente

Sistema Transporte inaugura espaço na Blue Zone em parceria com a SLOCAT e reforça protagonismo do setor nas ações climáticas

Por Agência CNT Transporte Atual

CNT apresenta inovação em diesel verde no Fórum Global da ONU

Notícias 11 de novembro de 2025

A CNT apresentou um estudo de caso sobre o diesel verde, na quinta-feira (6), durante a 17ª edição do Systemic Innovation Workshop, no Rio de Janeiro (RJ). O encontro integrou o Fórum Global de Inovação da ONU (Organização das Nações Unidas), promovido pelo UGIH (UN Climate Change Global Innovation Hub), órgão das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.

O trabalho brasileiro foi selecionado para o painel internacional ao lado de iniciativas da Suécia, de Uganda e do México. Em sua apresentação, a gerente executiva ambiental da CNT, Erica Marcos, destacou os benefícios do diesel verde e a importância da oferta de fontes energéticas que não gerem externalidades técnico-operacionais e econômicas ao setor de transporte. “O diesel verde é uma inovação que fortalece o setor transportador e abre caminho para uma economia mais sustentável, em sintonia com os compromissos climáticos assumidos pelo país”, afirmou.

Durante dois dias, o encontro reuniu representantes de governos, universidades, empresas, investidores e organizações multilaterais para discutir sustentabilidade, finanças verdes e economia circular. A abertura, ocorrida na quarta-feira (5), contou com a presença de autoridades como Nitin Arora, líder de equipe da UNFCCC; James Grabert, diretor de mitigação da ONU para o Clima; e Ana Asti, subsecretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade do estado do Rio de Janeiro, além do governador do estado, Cláudio Castro. O Fórum foi organizado pelo Instituto Sigma em parceria com o Governo do Rio de Janeiro, o CBAE (Colégio Brasileiro de Altos Estudos) e o Institute of Regenerative and Resilient Economy.

Por Agência CNT Transporte Atual

Na Blue Zone, Sistema Transporte participa de painel sobre infraestrutura resiliente

Notícias 11 de novembro de 2025

O Sistema Transporte marcou presença, nesta segunda-feira (10), em um importante painel sobre infraestrutura resiliente, realizado no Pavilhão Brasil, na Blue Zone, o espaço oficial de negociações da COP30, em Belém (PA).

Cada vez mais frequentes, os eventos climáticos extremos têm colocado à prova a infraestrutura de transporte no Brasil, gerando prejuízos econômicos e riscos à população. Diante desse cenário, o Sistema Transporte vem promovendo o diálogo com o poder público e o setor privado para que os investimentos no setor de transporte considerem a resiliência como um eixo estratégico.

As enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em 2024 foram citadas pelo presidente do Sistema Transporte, Vander Costa, como um divisor de águas nessa agenda. “O Aeroporto Salgado Filho (em Porto Alegre) ficou inoperante por cinco meses, devido à devastação. Somado a isso, ficamos com as rodovias em estado precário, o que resultou em um isolamento logístico significativo para as cidades da região”, ressaltou.

Moderadora do painel, a diretora executiva da CNT, Fernanda Rezende, destacou que o Brasil já começa a avançar nessa pauta. Ela lembrou a Portaria MT nº 622/2024, que destina parte dos recursos das concessões rodoviárias a medidas de adaptação voltadas à infraestrutura resiliente.

“Tanto o poder público quanto o setor privado precisam pensar no desenvolvimento de infraestruturas resilientes. Em geral, o país ainda carece de infraestrutura de transporte, seja ela rodoviária, ferroviária, hidroviária e aeroportuária. Portanto, quando se for pensar em novos projetos, que eles já venham com essa orientação pela resiliência”, afirmou.

O CEO da MoveInfra, Ronei Glanzmann, ressaltou que o conceito de resiliência impõe novos desafios aos investidores, já que esse tipo de infraestrutura tem custos mais elevados do que os modelos tradicionais. Ele também alertou para a necessidade de revisão nas apólices de seguros, a fim de contemplar riscos climáticos cada vez mais recorrentes. “Nesse caso, não há de se falar em reconstrução de uma infraestrutura colapsada. Será preciso construir outra infraestrutura, em outro nível, superando as fragilidades anteriores”, detalhou.

O painel contou ainda com a participação de Ramesh Subramaniam, diretor global de Programas e Estratégia da CDRI (Coalizão para Infraestruturas Resilientes a Desastres), e de Daniel Bertolini, diretor da Transportes Bertolini e vice-presidente da Fetramaz (Federação das Empresas de Logística e Transportes da Amazônia). Bertolini destacou os desafios do transporte hidroviário na Amazônia, que sofre grandes impactos com as secas sazonais, afetando a conectividade e o abastecimento na região.

CNT lançará estudo sobre o tema

Durante a COP30, na próxima sexta-feira (14), a Confederação lançará a Sondagem CNT de Resiliência Climática do Setor de Transporte, que trará uma análise inédita sobre os impactos dos eventos extremos na operação das empresas de transporte e as estratégias adotadas para adaptação e mitigação dos riscos climáticos.

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Por Agência CNT Transporte Atual

CNT alerta para risco de falta de profissionais no transporte em debate sobre jornada 6x1 na Câmara

Notícias 11 de novembro de 2025

A CNT participou, nessa segunda-feira (10), de audiência pública na Câmara dos Deputados, em Brasília, para debater o regime de escala 6x1. O evento, realizado no Auditório Nereu Ramos, foi solicitado pelos deputados Luiz Gastão (PSD/CE) e Luiz Carlos Motta (PL/SP) e integra as atividades da Subcomissão Especial da Escala de Trabalho 6x1.

As autoridades presentes destacaram a importância de avaliar os efeitos do atual regime de seis dias de trabalho por um de folga na saúde e na vida social dos trabalhadores. Representando a CNT, o assessor trabalhista Brunno Batista Contarato chamou a atenção para os riscos que uma mudança abrupta na jornada pode trazer ao setor de transporte, especialmente diante da crescente escassez de mão de obra.

O assessor ressaltou que o transporte vive um cenário crítico de falta de profissionais. Segundo ele, qualquer alteração no regime de trabalho impacta diretamente a mobilidade urbana, o abastecimento e serviços essenciais. Para Contarato, a simples contratação de mais trabalhadores não é viável diante da carência de mão de obra qualificada. No modal aquaviário, por exemplo, o déficit estimado até 2030 varia entre dois e quatro mil marítimos. No setor aéreo, estudos apontam a necessidade de 1,3 milhão de novos profissionais no mundo, nos próximos dez anos.

O modal rodoviário, responsável por 65% da movimentação de cargas no Brasil, também enfrenta forte pressão. A idade média dos caminhoneiros é de 46 anos, sendo 22% deles com mais de 50 anos, um indicativo de que boa parte da força de trabalho se aproxima da aposentadoria sem reposição adequada. Estudos da Confederação mostram ainda que 65,1% das empresas de transporte relatam dificuldade para encontrar motoristas.

O assessor alertou que uma alteração repentina na jornada poderia gerar consequências diretas para a população. “A redução da escala poderia não garantir qualidade de vida se gerar inflação, levando o trabalhador a buscar um segundo emprego”, explicou Bruno. Segundo ele, o impacto poderia ser sentido na redução da oferta de ônibus, em entregas mais demoradas e na elevação de custos logísticos.

A CNT defende que eventuais mudanças sejam conduzidas por meio da negociação coletiva, considerando as especificidades de cada segmento do transporte.

Proposta de mudança na jornada tramita na Câmara

Paralelamente aos debates na Subcomissão, tramita na Câmara a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) nº 8/2025, que propõe a adoção de uma carga semanal de quatro dias de trabalho e três de descanso, extinguindo a escala 6x1 e limitando a jornada a 36 horas semanais. A proposta ainda será analisada pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania) e, se for aprovada, seguirá para uma comissão especial antes de ser votada em dois turnos pelo Plenário.

A audiência pública contou com a presença do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, além de representantes de confederações patronais – CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), CNI (Confederação Nacional da Indústria) e CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) – e de centrais sindicais, como CUT (Central Única dos Trabalhadores), Força Sindical e UGT (União Geral dos Trabalhadores).

Por Agência CNT Transporte Atual

O novo marco Regulatório de Seguros – Lei 14.040/2024

Notícias 11 de novembro de 2025

Em 9 de dezembro de 2024, foi aprovada, no Congresso Nacional, a Lei nº 15.040/2024, que tramitou por vinte anos por meio do PL nº 3.555/2004. O caminho dessa lei foi tortuoso, pois tratava de um dos temas mais relevantes para a sociedade: o contrato de seguro.

Esta lei entra em vigor no dia 10 de dezembro de 2025, sendo que para os seguros de danos e responsabilidade civil, o segurado passa a ter diversos direitos, anteriormente reconhecidos através da jurisprudência, agora, dentro da própria legislação. 

A nova lei traz em seu corpo a revogação de diversos artigos do Código Civil, passando a ser a norma que regula a formação do contrato de seguro, bem como a relação entre segurado, segurador e corretores.

Abordamos abaixo alguns pontos importante voltados ao Transportador Rodoviário de Carga, sendo que não esgotamos todos os temas que envolvem a nova legislação, porém nosso objetivo aqui é trazer uma noção geral das principais mudanças: 

    1. A base do contrato de seguro é o interesse legitimo do segurado, quer seja em proteção ao bem, inclusive a vida, ou responsabilidade civil perante terceiros. 
    2. O contrato de seguro se iniciará com a proposta, conforme prática atual, todavia a seguradora passa a ter o prazo máximo de 25 dias para aceitá-la  ou recusá-la. Entretanto, a seguradora poderá dar uma garantia provisória, sem obrigar-se a aceitação definitiva da proposta. 
  • A proposta deverá ter um questionário completo, tanto quanto dos dados do segurado como do risco objeto da proteção securitária. As omissões ou inexatidão em relação às perguntas poderá trazer prejuízo a seguradora, pois    esta não poderá invocar informações omitidas em sua proposta depois da formação do contrato, para eventual negativa de sinistro. Em relação ao segurado, informações por ele prestadas, claramente inverídicas, prejudicarão a cobertura de sinistro, na medida em que a seguradora comprove a existência do agravamento do risco.
  1. No contrato de seguro devem estar muito claras todas as suas condições, tais como: riscos cobertos, riscos não cobertos, obrigações do segurado, condições especiais e particulares, entre outras, pois no caso de omissão, contradição ou entendimento dubio das cláusulas, estas serão interpretadas favoravelmente ao segurado. Este mesmo princípio vale para as notas técnicas e propagandas. 
  2. Em relação ao corretor de seguros, sua figura e especialidade se tornam muito importantes, pois na condição de representante do segurado perante a seguradora deverá atuar com excelência técnica, verificando se a proposta e contrato de seguro atendem ao segurado, inclusive deve cumprir no  prazo máximo de 05 dias a entrega de documentos da seguradora para o segurado e vice e versa. 

6 Em relação ao transporte, a nova lei ratifica regras existentes e estabelece novos dispositivos voltados ao contrato de seguro. Senão vejamos: 

  • que a garantia começa quando as mercadorias são de fato recebidas pelo transportador e cessa com a efetiva entrega ao destinatário.
  • Que o contrato não poderá conter cláusula que permita sua extinção unilateral pela seguradora ou que, por qualquer modo, subtraia sua eficácia além das situações previstas em lei.
  1. A nova lei trata especificamente da averbação onde podemos observar que a não realização desta irá retirar o direito de indenização do Segurado, todavia este ainda terá a oportunidade de, mesmo no caso de não comunicação de um embarque no seguro de transporte, obter a cobertura de um sinistro, bastando fazer o pagamento da diferença do prêmio total devido e ainda provando que aquela ocorrência foi casual.

A casualidade prevista na lei representa que o segurado no decorrer do contrato de seguro cumpriu a sua obrigação de averbação dos embarques, contudo, em uma situação esporádica, deixou de  averbar. 

Quanto a perda da garantia, a lei não esclarece se é em relação a aquele embarque não averbado ou da totalidade das indenizações daquele seguro, devendo, assim, o contrato de seguro estabelecer a penalidade pelo descumprimento desta obrigação. 

  1. Outro ponto importante da nova legislação é que, no caso de atraso do pagamento de indenização, dentro do prazo legal pela Seguradora, esta última responderá com aplicação de multa de 2% (dois por cento) sobre o montante devido, corrigido monetariamente, sem prejuízo dos juros legais e da responsabilidade por perdas e danos desde a data em que a indenização ou o capital segurado deveriam ter sido pagos.
  2. Em relação à regulação do sinistro a seguradora terá o prazo máximo de 30 (trinta) dias para manifestar se sobre a cobertura, sob pena de decair do direito de recusá-la, contado da data de apresentação da reclamação ou do aviso de sinistro pelo interessado, acompanhados de todos os elementos necessários à decisão a respeito da existência de cobertura. Devemos lembrar que a lei também estabelece que este prazo poderá ser prorrogado em uma única vez, nos sinistros inferiores a 500 vezes o salário-mínimo e  duas vezes no caso de valores superiores, sendo que a motivação deve ser a de necessidade de novos documentos, perícias e outros procedimentos  para a efetiva regulação do sinistro. Findo este prazo, sem que a Seguradora termine a regulação, o sinistro será considerado automaticamente coberto. Em casos comprovadamente especiais e com autorização do órgão fiscalizador, este prazo pode ser alterado. 
  3. O pagamento da indenização deverá ocorrer no prazo máximo de 30 dias a contar do fim da regulação que considerou aquele sinistro como coberto., sob pena da aplicação da multa mencionada no item 7, acima. 

Como podemos observar, a nova legislação além de incorporar a jurisprudência existente na discussão sobre contrato de seguro, promove a necessidade de que seguradoras, corretores e reguladores de sinistro, atuem de forma profissional e com especialidades especificas, particularmente no seguro de transportes onde as apólices apresentam maior complexidade. 

PAMCARY
Antonio Carlos Marques Mendes 
Diretor Jurídico. 

CNT propõe soluções para gargalos logísticos no Frotas & Fretes Verdes 2025

Notícias 11 de novembro de 2025

O Ibesc (Instituto Besc de Humanidades e Economia) realizou, na quinta-feira (6), em São Paulo (SP), a 14ª edição do Seminário Internacional Frotas & Fretes Verdes. Reconhecido por fomentar o diálogo entre os setores público e privado, o Instituto atua na articulação de propostas voltadas ao desenvolvimento sustentável do país, com foco em infraestrutura, logística, transporte, energia e meio ambiente.

O evento, sediado na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), reuniu lideranças empresariais, autoridades públicas e especialistas, e contou com uma programação dedicada à discussão de temas como financiamento verde, mobilidade sustentável e transição energética.

Representando a CNT, a gerente executiva governamental Danielle Bernardes participou do painel “Desafios Estruturais na Cadeia Logística, Políticas Públicas, Regulação e Financiamento Verde”. Em sua apresentação, compartilhou um diagnóstico da infraestrutura rodoviária nacional, com base na Pesquisa CNT de Rodovias.

Danielle alertou para os impactos econômicos da má conservação das vias, como o aumento dos custos operacionais e os prejuízos causados por acidentes. “O estado precário de grande parte da malha rodoviária compromete a eficiência logística, eleva o custo do transporte e reduz a competitividade do setor”, afirmou.

Ao apresentar propostas para enfrentar os principais gargalos logísticos do país, Danielle Bernardes destacou a necessidade de ampliar os investimentos públicos em infraestrutura, fortalecer parcerias público-privadas e incentivar a atuação de organismos internacionais no financiamento de projetos estratégicos. “É fundamental que o Brasil avance em soluções estruturantes e sustentáveis para garantir uma logística eficiente e segura”, destacou.

Ela também reforçou o papel do Sistema Transporte como interlocutor na formulação de políticas públicas voltadas à qualificação profissional, à modernização da malha viária e à promoção da inovação no setor.

O painel contou ainda com a participação de Edson Dalto (BNDES), Marisa Barros (Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Governo de São Paulo) e Ricardo Portolan (Marcopolo), sob mediação de Ramon Alcaraz, CEO da JSL.

Fonte: Agência CNT 

Mercado de pesados tem alta em outubro, mas acumula queda no ano

Notícias 10 de novembro de 2025

O setor de implementos rodoviários apresentou um desempenho heterogêneo em outubro de 2025, com vendas mensais superando as médias anuais, mas mantendo uma trajetória de retração no acumulado do ano. Dados compilados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (ANFIR) revelam que, embora o último mês tenha fechado em terreno positivo, o panorama geral para o período de janeiro a outubro permanece em declínio quando comparado ao mesmo intervalo de 2024.

No segmento de Reboques e Semirreboques, as vendas de outubro totalizaram 6.460 unidades, um volume que se posiciona acima da média mensal registrada para o ano de 2025, que é de 6.012 unidades. Contudo, essa performance mensal mais robusta não foi suficiente para reverter a tendência negativa do setor. O acumulado do ano para esta categoria apresenta uma contração significativa de 19,96%.

A análise detalhada da tabela de emplacamentos evidencia quedas generalizadas na maioria das famílias de produtos. Os modelos Graneleiro/Carga Seca e Basculante lideram as quedas em volume absoluto, com reduções de 5.369 e 4.706 unidades, respectivamente. Em termos percentuais, as famílias Dolly (-34,27%), Tanque Carbono (-42,37%) e Canavieiro (-33,65%) foram as que sofreram as retrações mais severas. Por outro lado, alguns nichos exibiram resiliência, com destaque para a família Baú Carga Geral, que cresceu 21,99% e acrescentou 1.801 unidades ao mercado, e a família Especial, que registrou um expressivo crescimento de 32%.

Paralelamente, o mercado de Carrocerias sobre Chassis continua a consolidar sua trajetória de crescimento. Em outubro, foram emplacadas 7.520 unidades, superando em mil unidades a média anual do segmento, que é de 6.521 equipamentos. Esse dinamismo se reflete no acumulado de 2025, que encerrou o período com um crescimento de 11,94% em relação a 2024. A tabela correspondente demonstra uma expansão generalizada e robusta. O agrupamento “Outros/Diversos” foi o que mais contribuiu para o crescimento em termos absolutos, adicionando 1.979 unidades ao mercado, um aumento de 25,97%. As famílias Baú Alumínio/Frigorífico e Graneleiro/Carga Seca, que representam volumes substanciais, também tiveram desempenhos sólidos, com crescimentos de 10,31% (2.557 unidades) e 8,90% (1.185 unidades), respectivamente. A categoria Baú Lonado, embora de menor volume, apresentou o crescimento percentual mais elevado, de 56,03%.

A soma do mercado de implementos rodoviários (Reboques, Semirreboques e Carrocerias), no acumulado de janeiro a outubro de 2025, totalizou 125.341 unidades, o que representa um recuo de 6,02% frente às 133.376 unidades comercializadas no mesmo período de 2024. Este movimento de baixa encontra eco no mercado de caminhões, que, segundo a Fenabrave, registrou uma venda de 92.317 unidades de janeiro a outubro de 2025, uma queda de 8,04% na comparação com os 100.390 veículos emplacados no ano anterior.

Em contrapartida ao mercado interno, os dados de exportação até setembro de 2025 apontam para uma performance extremamente positiva, com um total de 3.559 unidades exportadas, um crescimento robusto de 50,74% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram enviadas 2.361 unidades ao exterior. Este dado sugere que a competitividade internacional do setor se mantém elevada, contrastando com os desafios enfrentados no ambiente econômico doméstico.

Fonte: Frota&Cia


ANTT abre Audiência Pública sobre o Piso Mínimo de Frete

Notícias 10 de novembro de 2025

A NTC&Logística acompanha o tema e reforça a importância da participação do setor nas contribuições

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), por meio da Deliberação n 431, de 5 de novembro de 2025, abriu Audiência Pública com o objetivo de colher subsídios e informações adicionais para o aprimoramento da proposta de revisão da Resolução n 5.867/2020, que trata das regras gerais, metodologia e coeficientes dos pisos mínimos referentes ao quilômetro rodado no Transporte Rodoviário de Cargas, por eixo carregado.

O prazo para o envio de contribuições será das 8 horas do dia 12 de novembro de 2025 até as 18 horas do dia 11 de dezembro de 2025 (horário de Brasília).

Além disso, a sessão pública híbrida será realizada no dia 24 de novembro de 2025, das 14h às 18 horas, no auditório da sede da ANTT em Brasília, com capacidade para 350 lugares. O link para participação virtual será divulgado no mesmo dia, às 13 horas, no site da agência: https://participantt.antt.gov.br.

A NTC&Logística tem acompanhado atentamente o tema e reforça que esta é uma oportunidade ímpar para que transportadores, entidades e demais interessados apresentem sugestões e contribuições que contribuam para o aprimoramento da Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas (PNPM-TRC).

A participação de todos é fundamental para garantir que as propostas contemplem as reais necessidades do setor.

Documentos disponíveis:

Aviso de Audiência nº 08/2025
Nota Técnica
Minuta da Resolução
Portaria DG nº 265/2025
Deliberação nº 431/2025

Comjovem: solidariedade por meio do projeto Mão Estendida

Notícias 07 de novembro de 2025

E mais uma vez, a Comjovem-ES entrou em ação! Nesta quinta-feira, 6 de novembro, o vice-coordenador da comissão capixaba, Filipe Cortês, da PHT Transportes, e Leonardo Souza dos Santos, da Expresso Sul Capixaba, fizeram chegar ao projeto Mão Estendida doações de materiais recicláveis para serem utilizados na montagem de cestas de legumes, verduras e frutas que serão doadas a pessoas de vulnerabilidade social. A ação integrou o calendário anual de entregas da Comjovem-ES e estava inserida na meta de ESG.

Mão Estendida é uma expressão que se refere a diversas iniciativas sociais voluntárias que ajudam famílias carentes. As ações incluem arrecadação e doação de alimentos, roupas, móveis e outros itens, além de serviços de apoio, como atendimento psicológico, jurídico e saúde.

O projeto é desenvolvido em vários estados do Brasil, além do distrito federal. No Espírito Santo, ele acontece na Serra. Dentre outras ações, o Mão Estendida capixaba distribui semanalmente cestas verdes, com frutas, verduras e legumes, além de ajuda psicológica, atendimentos nutricionais, doação de roupas e oficinas de artes e formação profissional, aulas de informática e suporte jurídico.

“A doação, mesmo que pequena nesse primeiro momento, se somará a outros recursos para proporcionar alimentos saudáveis a cerca de 180 famílias”, destacou o coordenador, Alexandre Denzin, completando em seguida. “Com a ação, encerramos o ciclo anual da Comjovem-ES, mais uma vez com o comprometimento e engajamento de todos, cumprimos todas as metas, com o propósito de integrar, capacitar e trocar experiências entre os empresários  e despertar lideranças no TRC”.

Anna Carolina Passos

Pamcary é a próxima convidada do Podcast Transcares. Programa sobre RC-V vai ao ar dia 19

Notícias 07 de novembro de 2025

Uma nova edição do Podcast Transcares – Transporte, Notícia e Negócios acaba de ser gravada e vai ao ar na quarta-feira, 19 de novembro. Desta vez, o convidado será o gerente comercial da Pamcary, Glauco Vilela, e o bate-papo gira em torno do RC-V, ou Responsabilidade Civil de Veículo, um tipo de seguro que cobre danos materiais e corporais causados a terceiros pelo veículo segurado durante o transporte de cargas. É um seguro obrigatório para empresas de transporte rodoviário de cargas, exigido pela Lei 14.599/2023. A gravação do programação foi realizada na manhã de quarta, 5 de novembro.

Durante o podcast, Vilela fala um pouco mais sobre o RC-V, explicando, sobretudo, contra o quê ele protege, quem são os beneficiários diretos e o motivo dele ter se tornado obrigatório – antes da Lei 14.599/23, a contratação do seguro era facultativa.

Outro destaque da conversa diz respeito ao fato do seguro da Pamcary ser o único que atende às normas da ANTT e Susep (Superintendência de Seguros Privados) e as sanções para a transportadora que deixar de contratá-lo.

“A não contratação do seguro pode levar à suspensão ou cancelamento da inscrição da transportadora no RNTRC. E sem esse registro, a empresa fica inapta a realizar o transporte remunerado de cargas de forma legal”, resume Vilela.

Anote na agenda: no dia 19 de novembro, não deixe de acompanhara terceira edição do Podcast Transcares – Transporte, Notícia e Negócios.

Anna Carolina Passos

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