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Gestores do transporte concluem primeira certificação internacional em inovação
Notícias 03 de dezembro de 2025
A primeira edição da Certificação Internacional em Inovação para o Transporte chegou ao fim na última semana, com o encerramento realizado no campus da Nova SBE, em Portugal. O curso capacitou gestores brasileiros para aplicar metodologias inovadoras, transformar processos e liderar a evolução do transporte rodoviário no país.
O curso, coordenado pelo ITL (Instituto de Transporte e Logística) e promovido pelo SEST SENAT (Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte), teve sua cerimônia de encerramento realizada na sexta-feira (28/11), marcando a conclusão de um programa de 225 horas voltado a executivos e gestores do transporte rodoviário de cargas e de passageiros.
A capacitação, que teve início em maio de 2025, combinou módulos presenciais em São Paulo (SP), aulas online síncronas e um módulo internacional realizado no campus da Nova School of Business & Economics (Nova SBE), em Portugal. A capacitação visou preparar profissionais de média e alta gestão para implantar práticas inovadoras e estratégicas, promovendo a modernização do setor e maior competitividade.
Para o presidente do Sistema Transporte, Vander Costa, a conclusão da turma representa um passo importante para o futuro do setor. “Com essa certificação, estamos fortalecendo a base de líderes preparados para a transformação do transporte no Brasil. A inovação deixou de ser um diferencial e tornou-se condição essencial para o desenvolvimento sustentável do setor”, afirmou.
Já a diretora adjunta do ITL, Eliana Costa, destacou a relevância da formação e o papel do curso na criação de uma nova cultura empresarial. “Esse programa permitiu ampliar a visão estratégica e tecnológica dos gestores, integrando conceitos de transformação digital, gestão ágil e sustentabilidade. Os formandos estão aptos a implementar inovações concretas nas operações de transporte”, disse.
Ao longo dos módulos, os participantes abordaram temas como cultura para a inovação, transformação digital, uso de dados e inteligência de negócio, gestão ágil, sustentabilidade e impacto social. Eles finalizaram o curso com uma apresentação de projetos de inovação adaptados à realidade do transporte brasileiro.
“Participar dessa turma foi uma experiência transformadora. O setor passa por mudanças estruturais, transformação digital, IA, automação, novos modelos de negócio e mudanças regulatórias. Apenas conseguiremos avançar se estivermos abertos a aprender, colaborar e buscar referências globais. O programa reforçou que inovação não acontece isoladamente; ela nasce de ecossistemas fortes, pessoas preparadas e instituições que acreditam no desenvolvimento do transporte. Saio desse programa com conhecimento, conexões valiosas e, principalmente, com a certeza de que estamos construindo um setor cada vez mais inovador, competitivo e sustentável”, afirmou a diretora de Tecnologia e Inovação da BBM Logística, Francieli Pietsch.
O sucesso da primeira turma da Certificação Internacional em Inovação para o Transporte reforça o compromisso do ITL e do SEST SENAT com a modernização do transporte no Brasil.
Por Agência CNT Transporte Atual
Comjovem encerra programação do ano debatendo RC-V no Café de Negócios
Notícias 03 de dezembro de 2025
Com mais um Café de Negócios, a Comjovem encerrou a temporada 2025 com chave de ouro e, ao mesmo tempo, abriu oficialmente o ciclo 2026. O encontro, realizado na manhã desta quarta-feira, 3 de dezembro, na sala de treinamento do Transcares, foi mais um momento de conexão, troca de experiências e alinhamento de um tema atual, mas que ainda gera muitas dúvidas: o RC-V, ou Responsabilidade Civil de Veículo, que nada mais é do que um seguro obrigatório para transportadoras.
Luiz Almeida, gerente de Relacionamento Transportes da Alper Seguros, foi o responsável pela palestra Seguro RC-V e as novas Regulamentações da ANTT. O que Muda para o TRC em 2026? E o encontro registrou casa cheia.
Antes facultativo e agora obrigatório – por meio da Lei 14.599/23 –, o RC-V cobre danos corporais e materiais causados a terceiros pelo veículo ou pela carga transportada. Ele garante proteção financeira para o transportador e seus clientes em caso de acidentes que afetem outras pessoas, propriedades, veículos ou pedestres.
Conceitualmente, a explicação está “ok”, mas ainda sobram dúvidas a respeito de sua operacionalidade: O que exatamente o seguro cobre? Quem deve contratá-lo? Qual a diferença entre RC-V e outros seguros de carga? Questionamentos como esses surgiram e embasaram o bate-papo de Almeida com o público.
“Foi ótimo encerrar o Café de Negócios do ano com casa cheia, prova de que continuamos trazendo ao centro da discussão assuntos que são tendência. Esse é um tema que precisa estar mesmo no radar do transportador porque dentre as sanções previstas pelo não-cumprimento da legislação estão multas e o a suspensão do registro da empresa. Tem muita gente com dúvida e o momento de se informar e obter conhecimento necessário é este”, ressaltou o coordenador da Comjovem-ES, Alexandre Denzin.
Vice-coordenador da comissão, ao lado de Filipe Cortês, Roberto Fabiani completou as palavras de Denzin. “Esse é um assunto que além de estar quente é ‘nervoso’. As pessoas continuam carecendo de informações e nosso papel, da Comjovem, do Transcares, da Fetransportes e do Sest Senat, é justamente municiá-los disso. É dessa forma que vamos fortalecer a base e atender o mercado”.
Comjovem-ES: o ano termina e já começa!
No dia 7 de novembro começou o novo ciclo de coordenação da Comjovem-ES, que se encerrará em 31 de outubro do ano que vem. A gestão do grupo capixaba continua o mesmo, ou seja, com Denzin, Fabiani e Cortês à frente do grupo.
Alexandre Denzin e Roberto Fabiani, inclusive, estão recém-chegados do Encontro Nacional da Comjovem, de 27 a 30 de novembro, em São Paulo, onde mais uma vez receberam o Troféu Reconhecimento, oferecido pela coordenação nacional aos núcleos que batem as metas anuais.
“Temos uma comissão que está entre as mais ativas de todo o Brasil, sempre em busca de informações para nosso segmento. Comjovem é sinônimo de renovação, entusiasmo e novas ideias, e fico muito feliz em ver o grupo tão engajado”, elogiou o presidente do Transcares, Luiz Alberto Teixeira.
Fonte: Anna Carolina Passos
Transcares encerra ano em jantar que deixa claro: 2025 teve obstáculos, mas aponta para novos destinos
Notícias 03 de dezembro de 2025
“Que tenhamos um 2026 com caminhos mais seguros e tranquilos, e novos desafios. E que juntos continuemos construindo um segmento cada vez mais forte, mais justo, integrado e protagonista no desenvolvimento do Espírito Estado”.
Com essas palavras, o presidente do Transcares, Luiz Alberto Teixeira, abriu oficialmente o jantar de final do ano do sindicato, na sexta-feira, 28 de novembro. O evento, realizado no Clube dos Oficiais, em Vitória, reuniu a diretoria e a equipe, além de autoridades, parceiros e representantes das empresas mantenedoras do Transcares.
Dentre os convidados especiais da diretoria estavam o presidente da Fetransportes e do Conselho Regional do Sest Senat-ES, Renan Chieppe, a supervisora do Conselho Regional do Sest Senat-ES, Valéria Gonçalves, o subsecretário de Inteligência as secretaria de Segurança, Jordano Gasperazzo, o delegado titular da Delegacia de Roubo de Cargas, Christian Waichert, a delegada da Alfândega de Vitória, Adriana Junger, e Diretora de Inteligência da Polícia Militar, coronel Viviane Saliba.
Luiz Alberto Teixeira, que em seu pronunciamento de abertura, fez questão de homenagear a diretoria, a equipe e os mantenedores, aproveitou o ambiente para fazer um breve passeio pelo ano de 2025, marcado por muitos desafios, mas também por conquistas.
Ele começou enaltecendo a Modal Expo – 1ª Feira de Logística, Transporte e Comércio Exterior, realizada em junho, no Pavilhão de Carapina, cujo sucesso já garantiu a segunda edição; citou o 7º Fórum de Segurança, Prevenção e Combate ao Roubo de Cargas, em setembro, que reuniu autoridades, entidades, forças policiais, empresários e parceiros do setor para discutir um dos grandes maiores desafios do segmento; falou do Prêmio Destaque Fetransportes, que premiou o motorista Gleide da Silva, da Winston Transportes, e homenageou Karla Diniz com a Medalha do Mérito Empresarial; do acompanhamento constante ao Parklog, a plataforma logística que tende a consolidar o Espírito Santo como um polo logístico e industrial estratégico para o Brasil; e da reunião com a ANTT, em 11 de novembro, para tratar de fiscalização do piso mínimo do frete, vale pedágio e seguro obrigatório.
“Ao longo de 2025, atuamos e brigamos pelo segmento, qualificamos, discutimos projetos e novos caminhos. Mas também lançamos um olhar cuidadoso a quem precisa por meio de nossas ações de responsabilidade social, realizadas em parceria com a Comjovem, a nossa Comissão de Jovens Empresários e Executivos”.
Ao citar o trabalho conjunto com a Comjovem, Teixeira engrandeceu sua atuação no tocante ao futuro do TRC. “Estamos falando de um grupo intimamente ligado ao fortalecimento do segmento, pois seu propósito é preparar novas lideranças para a continuidade e modernização do setor”, elogiou.
Campanha de 46 anos
Aproveitando a campanha dos 46 anos do Transcares, amplamente divulgada nas redes sociais e que girou em torno de palavras-chave como associativismo, integração, qualificação, articulação, responsabilidade social, competitividade e desenvolvimento, Teixeira também mostrou como elas estão intimamente ligadas ao dia a dia da entidade.
“Falar de Transcares é falar sobre a força do associativismo, é acreditar que juntos vamos mais longe. Associativismo também se traduz em aprendizado e evolução. E quando investimos em qualificação, não estamos formando apenas profissionais mais preparados, e sim uma categoria mais forte e consciente do seu papel no desenvolvimento. Integrar e articular também são verbos fundamentais em nossa atuação. E é por meio dessa capacidade de conexão entre empresas, poder público, entidades e sociedade que cumprimos bem a missão de representar e fortalecer o segmento. A integração nos aproxima, a articulação nos fortalece. E dessa soma de esforços surgem as soluções que impulsionam o transporte de cargas e logística”, destacou ele, que encerrou aquela noite com duas certezas:
“O fechamento do desafiador 2025 não poderia ter sido de melhor maneira, numa noite alegre e leve. E nossa festa está cada ano melhor!”
Fonte: Anna Carolina Passos
CNT defende ampliação de investimentos em infraestrutura e da intermodalidade no transporte
Notícias 02 de dezembro de 2025
A CNT participou da Expolog 2025, um dos principais fóruns de logística e infraestrutura do país, realizado nos dias 26 e 27 de novembro, em Fortaleza (CE). Representada pela sua diretora executiva, Fernanda Rezende, no painel “Infraestrutura Logística em Transformação”, a Instituição apresentou dados que mostram a infraestrutura nas diferentes modalidades de transporte, com comparações internacionais e resultados da Pesquisa CNT de Rodovias.
A diretora também chamou a atenção para os resultados da Pesquisa CNT de Rodovias, os quais apontam que mais de 60% das vias avaliadas apresentam algum tipo de problema. O cenário, segundo ela, afeta diretamente custos, o desempenho operacional e a segurança no transporte. “Existe um gap relevante entre a necessidade de investimento e o volume de recursos que tem sido aplicado. Sem infraestrutura adequada, toda a cadeia produtiva é impactada”, destacou.
A diretora reforçou que o avanço da intermodalidade é fundamental para reduzir o custo logístico e melhorar o escoamento de cargas. De acordo com ela, a expansão de ferrovias, o fortalecimento da conexão com portos e a interiorização de estruturas logísticas devem caminhar de forma integrada, para gerar ganhos de escala e eficiência. “Multimodalidade não é tendência, é necessidade. Investir em infraestrutura é a forma mais eficaz de diminuir a pegada de carbono e aumentar a competitividade do transporte”, afirmou ao responder à pergunta do moderador sobre temas discutidos na COP30.
O painel contou ainda com a presença de Alex Trevizan, diretor comercial e de Terminais da Transnordestina Logística; Marcelo Maranhão, presidente do SETCARCE (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Estado do Ceará); Ricardo Azevedo, presidente da Value Port Terminais Multimodais; Heitor Studart, coordenador do Núcleo de Infraestrutura da FIEC (Federação das Indústrias do Estado do Ceará); e Lilian Campos, superintendente de Inteligência de Mercado da Infra S.A.
Por Agência CNT Transporte Atual
Sistema Transporte defende ação conjunta entre Estado, empresas e sociedade civil para inclusão e diversidade no setor de transporte
Notícias 02 de dezembro de 2025
O Sistema Transporte marcou presença no IV Congresso Nacional e II Internacional da Magistratura do Trabalho, reforçando a importância de ações governamentais que sustentem práticas de inclusão e diversidade no mercado laboral. O encontro ocorreu na última sexta-feira (28), em Foz do Iguaçu (PR), com contribuição da diretora executiva nacional do SEST SENAT (Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte), Nicole Goulart, no painel dedicado à proteção constitucional contra a discriminação no ambiente de trabalho.
Durante a exposição, Nicole observou que, embora muitas organizações já adotem iniciativas consistentes de promoção da igualdade, a articulação com políticas públicas estruturadas amplia impactos e fortalece ambientes profissionais mais acolhedores.
Ela lembrou que inclusão e diversidade têm amparo na Constituição Federal, especialmente nos princípios da dignidade humana e da valorização do trabalho. “O setor produtivo tem respondido com programas de inclusão, mas a concretização desses princípios depende da cooperação entre Estado, empresas e sociedade civil”, afirmou.
Mais que igualdade: o poder transformador da inclusão nas organizações
O SEST SENAT atua como elo entre o setor produtivo e gestores públicos, ampliando oportunidades de empregabilidade por meio da qualificação profissional. Nicole ressaltou que promover a diversidade não é apenas uma pauta social, mas também uma estratégia de gestão capaz de melhorar a retenção de talentos e o engajamento das equipes.
O grande obstáculo, segundo ela, é a falta de políticas públicas integradas. “A responsabilidade não é exclusiva das empresas. O Estado pode contribuir ao criar instrumentos e incentivos que ofereçam segurança jurídica e reduzam entraves, tornando as contratações mais eficientes”, explicou.
Dados de 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apresentados pela diretora, reforçam a urgência do tema: 19,5% das pessoas com deficiência são analfabetas, contra 4,1% entre aquelas sem deficiência. A taxa de participação na força de trabalho também evidencia desigualdades – 29,2% entre pessoas com deficiência, ante 66,4% no grupo sem deficiência.
Ao concluir, a diretora defendeu o fortalecimento de parcerias institucionais capazes de fomentar cláusulas antidiscriminatórias e integrar políticas públicas, garantindo avanços consistentes e duradouros.
Indenização de danos morais em ações anulatórias
Na mesma linha, o gerente executivo de Relações Trabalhistas da CNT, Frederico Toledo, enfatizou o papel do diálogo social na construção de instrumentos coletivos, destacando que avanços nessa esfera ampliam a segurança jurídica e contribuem para relações laborais mais equilibradas.
Em sua fala, voltou-se à Justiça do Trabalho, questionando a diferença de postura do Judiciário em relação às demandas de trabalhadores e empregadores quando comparada às ações do MPT (Ministério Público do Trabalho). Segundo ele, determinados entendimentos do MPT têm imposto obstáculos à construção conjunta de acordos coletivos no setor de transporte, o que reforça a necessidade de uma atuação mais assertiva da magistratura para assegurar equilíbrio entre as partes.
Frederico também mencionou a Recomendação nº 127/2022 do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), que orienta a Justiça do Trabalho a monitorar com atenção iniciativas caracterizadas como de “socialização predatória”, medida que, segundo ele, pode contribuir para ambientes de negociação mais estáveis, cooperativos e transparentes.
Sobre o Congresso
O Congresso, realizado pela ABFP (Academia Brasileira de Formação e Pesquisa) e pela ABMT (Associação Brasileira de Magistrados do Trabalho), teve como objetivo debater modelos regulatórios, progresso tecnológico e impactos socioeconômicos e jurídicos nas relações de produção.
A participação do Sistema Transporte sublinha o compromisso do setor com temas essenciais referentes ao Direito do Trabalho, como a busca por um equilíbrio entre os valores sociais do trabalho e a livre iniciativa.
A abertura do evento contou com a presença de diversas autoridades, incluindo o presidente do Sistema Transporte, Vander Costa; o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Júnior; e ministros do TST (Tribunal Superior do Trabalho), do TCU (Tribunal de Contas da União) e do Ministério de Portos e Aeroportos. A diversidade de temas abordados incluiu desde a revisão do marco legal portuário até os desafios da transição energética.
Por Agência CNT Transporte Atual
CNT defende renovação de frotas como estratégia urgente para descarbonizar o transporte
Notícias 26 de novembro de 2025
Belém (PA) - Respirar ar mais limpo, reduzir doenças respiratórias e tornar o transporte de cargas mais eficiente não são metas distantes; elas dependem de políticas que incentivem a renovação da frota que circula nas estradas brasileiras. Veículos mais antigos tendem a emitir mais poluentes e impactam diretamente a saúde das pessoas e o equilíbrio ambiental. Nesse sentido, modernizar a frota representa também uma oportunidade de melhorar a qualidade de vida e acelerar a transição para um futuro mais sustentável.
Na Estação do Desenvolvimento, na Green Zone da COP30, o analista de Transporte da CNT, Gustavo Willy, apresentou a palestra “Impactos Ambientais e Econômicos advindos da Renovação de Frotas no Transporte Rodoviário de Cargas no Brasil”. Ele destacou que a renovação de frotas é uma estratégia imediata para avançar na descarbonização, considerando que os veículos elétricos ainda têm custo elevado – podendo chegar a até três vezes o preço de modelos convencionais no caso de ônibus e caminhões pesados. “Um automóvel elétrico custa cerca de 50% a mais que um convencional. Mas quando falamos de ônibus ou caminhões pesados, esse custo pode chegar a duas vezes o valor de um veículo a diesel. Então, como é que a gente vai fazer a transição energética de uma hora para outra? Isso é improvável.”
Segundo ele, é necessário adotar estratégias em diferentes horizontes de tempo. Enquanto os veículos elétricos ainda são uma solução de médio e longo prazo, a renovação da frota oferece ganhos ambientais e sociais imediatos, com menor esforço. Para isso, a CNT reuniu dados e projetou cenários, avaliando o potencial de redução de poluentes atmosféricos, como monóxido de carbono, hidrocarbonetos, metano e material particulado, que têm impacto direto na saúde pública.
Gustavo lembrou que o Brasil possui o Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores), criado em 1986, que estabelece limites cada vez mais rigorosos de emissão. “Um veículo de 1989 podia emitir 60 vezes mais material particulado do que um veículo atual. Isso mostra o quanto a tecnologia embarcada e a renovação da frota trazem ganhos gigantescos para a saúde pública e para o meio ambiente.”
Nos cenários analisados pela CNT, a renovação de frotas apresenta forte impacto ambiental e econômico. Retirar de circulação os veículos mais antigos (P0) representaria apenas 11% da frota, mas reduziria 33% das emissões de poluentes atmosféricos. Já um cenário mais amplo, substituindo todos os modelos fabricados até 2012 por veículos atuais (P8), poderia cortar 95% das emissões, exigindo a renovação de 86% da frota.
O esforço financeiro, porém, é significativo: mais de R$ 1,16 trilhão, equivalente a um ano de PIB brasileiro. Mesmo considerando o valor venal dos veículos antigos, o custo líquido seria de R$ 845 bilhões. Willy destacou ainda que retirar apenas caminhões com mais de 13 anos de uso já traria ganhos expressivos, reduzindo 80% das emissões a um custo de R$ 529 bilhões.
Ele reforçou que os cenários servem como base para orientar políticas públicas: “A projeção de cenários é para isso: enxergar o tamanho do esforço e o que precisaria ser realizado para atingir cada meta. Qual seria o cenário mais factível para o Brasil? É isso que precisamos discutir”, ponderou.
Ao final, apresentou propostas da CNT para viabilizar a renovação de frotas no Brasil. Entre elas, programas acessíveis a diferentes perfis de transportadores — desde autônomos até grandes frotistas; criação de fóruns de discussão envolvendo governo, sociedade civil e setor privado; estímulo ao mercado de reciclagem e à logística reversa de veículos antigos; incentivos fiscais e melhores condições de financiamento; e garantia de que a renovação siga os princípios da economia circular.
“Um transportador autônomo, que tem um único veículo, não pode simplesmente se desfazer dele sem apoio. Precisamos de programas robustos, que atendam a todas as realidades e que reconheçam o valor da reciclagem automotiva. Senão, vamos criar pilhas de resíduos valiosos sem aproveitar seu potencial”, concluiu.
Por Agência CNT Transporte Atual
SETCEPAR trabalha em conjunto com entidades do setor de Transporte Rodoviário de Cargas na discussão sobre o Frete Mínimo
Notícias 26 de novembro de 2025
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aumentou, em 2025, a aplicação de multas por descumprimento do valor mínimo de frete. De acordo com dados da Agência, entre janeiro a outubro, foram mais de 37,5 mil autuações por supostas irregularidades no piso do frete, quase nove vezes o total de 4,3 mil infrações registradas ao longo de todo o ano anterior.
Com o objetivo de acompanhar a Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas (PNPM-TRC), a ANTT implementou, em 6 de outubro, um novo sistema de fiscalização on-line da tabela de frete. Por meio da Nota Técnica nº 2025.001, elaborada a pedido da Superintendência de Serviços de Transporte Rodoviário e Multimodal de Cargas (SUROC), foram incluídas novas validações no Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e), tornando mais precisos os cruzamentos de dados entre as operações de transporte e a tabela vigente de pisos mínimos.
O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Estado do Paraná (SETCEPAR), Silvio Kasnodzei, reconhece a importância da remuneração justa para a sustentabilidade econômica do Transporte Rodoviário de Cargas (TRC), mas aponta para os desafios práticos significativos e a insegurança jurídica que permeiam a aplicação dessa medida. “A fiscalização do frete mínimo impacta diretamente a estrutura de custos das operações de transporte, e a entidade busca garantir que esses custos sejam justos e que a fiscalização não se torne um entrave burocrático excessivo.”
Entre os desafios encontrados, a entidade entende que uma fiscalização excessivamente rígida ou uma tabela que não acompanhe a dinâmica do mercado podem gerar efeitos adversos, como informalidade, o aumento dos custos logísticos para o embarcador e até mesmo a inviabilidade de algumas operações de transporte. A discussão sobre o frete mínimo e sua fiscalização é importante para mediar os interesses conflitantes de todos os elos da cadeia logística, buscando um equilíbrio entre a viabilidade econômica dos transportadores e os impactos sistêmicos na economia do país.
Em uma análise da situação atual do setor, para Paulo Carvalho, diretor do SETCEPAR, o embarcador tem que entender que o piso mínimo é o cálculo do custo e, para que uma transportadora tenha margem, o valor do frete tem que ser um pouco acima do piso. Outro ponto é que muitas transportadoras não conseguem mais operar com terceiros. “Essa negociação junto aos embarcadores está muito difícil porque, muitas vezes, eles estão dentro do piso e também porque não estão sendo notificados ou multados no momento.”
Para Tiago Dallagrana, diretor da entidade, as infrações têm gerado grandes mudanças nas operações, algumas positivas, provocando reajustes de tarifas já defasadas em vários segmentos. Por outro lado, a forma como é feita também resultou em reajustes significativos em alguns tipos de veículos, tornando certas operações muito onerosas trazendo dificuldades para conseguir carregá-los. “O sistema não consegue compreender, de fato, a dinâmica das operações e gera muitas infrações que, quando analisadas de perto, não fazem sentido, como é o caso de cargas fracionadas, agregados e milk run, entre outras.”
Dessa forma, o SETCEPAR, em conjunto com outras entidades representativas do TRC, desenvolve uma atuação multifacetada para aprimorar e garantir uma fiscalização efetiva.
Entre essas atividades, estão a realização de eventos informativos e fóruns voltados à capacitação; disseminação de informações técnicas para a correta aplicação da legislação do frete mínimo; oferta de apoio jurídico especializado e orientação estratégica às empresas associadas, abrangendo questões relacionadas à fiscalização e à correta aplicação do frete mínimo, garantindo a defesa de seus direitos e interesses.
No dia 1o de dezembro, será realizada uma audiência pública com o objetivo de colher subsídios para aprimorar a Resolução que trata das regras gerais, metodologia e coeficientes dos pisos mínimos.
Para Kasnodzei, os pontos que deveriam ser considerados para essa discussão são sustentabilidade no Transporte Rodoviário de Cargas, entre eles, a metodologia de cálculo do frete; maior clareza e fácil acesso às informações da tabela de frete e suas regras de aplicação e aprofundamento na corresponsabilidade dos embarcadores no cumprimento do frete mínimo. “O objetivo é equilibrar os interesses da cadeia produtiva, buscando um consenso que resulte em um ambiente de negócios mais justo e eficiente. Esta abordagem visa soluções concretas que beneficiem todo o setor”, explica.
Por fim, o SETCEPAR considera o piso mínimo de frete como um instrumento necessário para a viabilidade e competitividade do transporte rodoviário de cargas. Contudo, a entidade trabalha por ajustes e aprimoramentos contínuos, visando harmonizar a regulamentação com as complexidades e a dinâmica da realidade operacional do transporte de cargas no cenário brasileiro.
Sobre o SETCEPAR
Fundado em 1943, o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Estado do Paraná (SETCEPAR), entidade que representa as empresas de transporte de cargas no estado do Paraná, nasceu visando representar os empresários do setor de Transporte Rodoviário de Cargas da região em variadas atividades, como em negociações coletivas de trabalho e em aproximação com autoridades e com autarquias municipais, estaduais e federais, bem como com a imprensa.
Com 82 anos de história, a entidade, hoje, representa empresas em 265 cidades do estado, oferecendo aos associados diversos serviços e eventos para fomentar melhorias no Transporte Rodoviário de Cargas local e nacional.
Fonte: SETCEPAR
Soluções do transporte ganham destaque na conferência climática
Notícias 25 de novembro de 2025
Belém (PA) - A Estação do Desenvolvimento, instalada na Green Zone da COP30, tornou-se um espaço de referência para quem busca compreender como o setor de transporte e logística brasileiro está avançando em práticas sustentáveis. O ambiente reuniu 34 cases de boas práticas, selecionados a partir de um chamamento público lançado pelo Sistema Transporte, que convidou empresas, entidades e instituições a inscreverem suas experiências de inovação e sustentabilidade.
O Mural das Soluções do Transporte
Logo na entrada da Estação, os visitantes foram recebidos pelo Mural das Soluções do Transporte, disposto em formato de “S” e totalmente digital. Esse mural apresentou dez cases distribuídos para que cada pessoa que chegasse ao espaço tivesse contato direto com as iniciativas enquanto aguardava para participar das ativações e dos painéis da arena de debates.
Mais do que um espaço de recepção, o Mural das Soluções funcionou como uma vitrine dinâmica da inovação no transporte. Cada case apresentado exemplificou resultados e avanços em descarbonização, eficiência energética, inclusão social, inovação tecnológica e proteção ambiental. A curadoria destacou um setor em movimento, em que práticas sustentáveis já estão sendo aplicadas e apontam caminhos reais para uma mobilidade mais limpa, justa e resiliente.
Além dos cases do hall principal, outros 24 projetos completaram a exposição, trazendo soluções em mobilidade verde, finanças sustentáveis, inovação tecnológica e conservação ambiental. Conheça todos eles:
- Bravo Serviços Logísticos – Projeto de Descarbonização Bravo: biometano no transporte pesado - Instalou posto off grid em Paulínia (SP) e opera 23 caminhões a gás. O biometano, feito de resíduos orgânicos, reduz até 95% das emissões e oferece solução escalável para descarbonizar o transporte rodoviário.
- Grupo SADA – Remanufatura de Cegonhas a GNV - Primeira frota nacional de cegonhas movidas a GNV (gás natural veicular). Já são 19 unidades em operação, com a meta de 35 até o fim de 2025. A iniciativa reduziu entre 15% e 30% das emissões de CO2 e fortalece a mobilidade verde.
- Reiter Log – Case dos Pitstops de Abastecimento de Biometano - Implantou quatro postos próprios em São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, com mais de 24 mil abastecimentos e 3,7 milhões de m³ de biometano até agosto de 2025. A iniciativa evitou 7.999 toneladas de CO2e (dióxido de carbono equivalente) e posiciona a empresa como peça-chave na transição energética do transporte rodoviário.
- VLI – Infraestrutura resiliente: como a VLI mapeia, monitora e mitiga impactos de desastres naturais na ferrovia - desde 2018, a VLI investe em sensores, visão computacional, fibra óptica e telemetria para monitoramento climático e geológico 24h. A automação do protocolo de chuvas em 2024 e 2025 permitiu interdições preventivas eficazes, aumentando a segurança e a resiliência da infraestrutura ferroviária diante de eventos extremos.
- Rumo Logística – Green Bonds para Financiar a Descarbonização da Ferrovia - Primeira emissão de green bonds do setor ferroviário na América Latina, captando USD 500 milhões. Os recursos financiaram locomotivas mais eficientes e a expansão da malha, com redução de 39% nas emissões específicas entre 2015 e 2022.
- Transportes Bertolini – Projeto Itucumã - Reserva de biodiversidade com mais de 180 mil hectares nos municípios de Autazes e Coari, no Amazonas. Além da preservação da flora e da fauna, gera emprego e renda para comunidades locais e captura bilhões de toneladas de gases de efeito estufa.
- Hidrovias do Brasil – Programa Aceleraê - Capacitação de jovens em áreas portuárias vulneráveis, com mais de 200 participantes formados. O programa promove inclusão social e oportunidades de trabalho, com impacto mensurável (SROI de 1,91:1).
- Fetranspar – Microcorredores Sustentáveis - Projeto-piloto realizado em Toledo (PR) que utiliza biometano como combustível-ponte, envolvendo 70 caminhões de transporte de ração. Reduz até 89% das emissões de GEE (gases de efeito estufa) e fortalece a economia local.
- Aerom Sistemas de Transporte – Eficiência Energética e Mobilidade Sustentável: case de aeromóvel - Sistema 100% elétrico e automatizado, está em operação no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre (RS), e em implantação em Guarulhos (SP). O consumo energético é até 40% inferior a modais como BRTs e VLTs.
- Unicamp – Programa Brave com Agave - Parceria com a Shell e outras instituições para transformar o agave em bioenergia e biomassa industrial. O projeto gera desenvolvimento social e econômico em regiões semiáridas e contribui para a captura de carbono.
- Petrobras - Diesel R - Diesel R da Petrobras (R5 e R10), é coprocessado com conteúdo renovável (5% e 10%) e não exige adaptações nos motores.
- Infra S/A - Componente Quilombola: Ferrovia de Integração Oeste-Leste.
- Rumo Logística - Descarbonização da Ferrovia - grupo de trabalho para desenvolver indicadores de eficiência e revisar processos, colocando o combustível no centro das decisões.
- Rumo Logística – Hibridização de locomotivas, otimização da condução ferroviária e inteligência de gestão para reduzir emissões.
- Rumo Logística - Otimizando a Condução para Reduzir Emissões GEE no Transporte Ferroviário de Cargas.
- Pacto Global - Clínicas HUB de Biocombustíveis e Elétricos - Espaço de conhecimento e conexão para acelerar a descarbonização.
- Nac Log – Marketplace de economia circular para autopeças pesadas, evitando desperdício e reduzindo emissões.
- Ecosave – Sistema híbrido de hidrogênio para veículos pesados, com a redução de custos e poluentes.
- Porto do Açu – Projeto de combustível marítimo sustentável produzido a partir de CO2 capturado da atmosfera.
- Pizzattolog - Logística com governança ESG, investimentos contínuos e inovação que conecta eficiência à descarbonização.
- Rumo Logística S/A. - Viveiro Sustentável: Inovação e Recuperação de Ecossistemas Atrelados ao Desenvolvimento Ferroviário - A iniciativa promove a conservação de habitats, a recuperação de recursos naturais e a educação ambiental.
- Rumo Logística - Da Escuta à Pactuação: A Experiência da CLPI na Ferrovia Estadual Senador Vicente Emílio Vuolo.
- Simple Carbon – Simple Carbon - Mede emissões e descarboniza o transporte em escala global.
- Zero Carbon Logistics S.A. – Do Brasil para o Mundo: Transporte Sustentável com Frota Elétrica, GNL, Armazenagem Inteligente e Compensação de Carbono.
- Sistema Transporte; Motiva; CEBDS; Observatório de Mobilidade do Insper – Coalizão dos Transportes.
- Sistema Transporte – Projeto Proteção - Promove ações de mobilização, sensibilização e capacitação de profissionais e comunidades, integrando educação, prevenção e incentivo à denúncia.
- Sistema Transporte – Programa Despoluir - Mais de 5 milhões de avaliações veiculares ambientais realizadas.
- Grupo SADA – Faça Bonito - Mobiliza empresas, colaboradores e comunidades no enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes.
- Santos Brasil Participações S.A – Caminho para a Neutralidade - O Plano de Transição Climática da Santos Brasil.
- VLI – Novo Trilho: a transformação do resíduo em valor - Promove educação ambiental e geração de renda para comunidades próximas às operações ferroviárias.
- JNR Transportes e Logística Ltda. – JNR Logística sem Bitucas - Instalação de bituqueiras especiais e orientação a colaboradores e motoristas. A empresa implementou a logística reversa: as bitucas coletadas são enviadas à usina Poiatto Recicla, em Votorantim (SP).
- ATP (Associação de Terminais Portuários Privados DAC-TO-SEA) – Diagnóstico de Sustentabilidade.
- Grupo SADA - Diagnóstico de Sustentabilidade - O novo centro automotivo baseia-se em tecnologias que permitem a desmontagem, rastreabilidade e reutilização de metais, plásticos e vidros no ciclo produtivo.
- Braspress – CAOB (Centro de Apoio Operacional Braspress) - Criado para otimizar os processos de coleta e entrega na Região Metropolitana de São Paulo, diante dos desafios de alta densidade urbana, tráfego intenso e rotas complexas.
A Estação do Desenvolvimento é uma iniciativa colaborativa que reúne diversos setores comprometidos com o avanço sustentável e inclusivo do país. Com a realização do Sistema Transporte e correalização dos ministérios das Cidades, dos Portos e Aeroportos e dos Transportes, o projeto contou com o patrocínio da MoveInfra, Abac, ATP, Gol, Eletra e ClickBus. O apoio institucional foi garantido por organizações nacionais e internacionais, como Pacto Global, Abani, Instituto Ethos, IOE, Childhood, Apex Brasil, SLOCAT, CEBDS, Iris/GIST Impact e Unicamp. Como parceiros estratégicos, MWM, Loxam – A Geradora e TikTok reforçaram o compromisso com a inovação e a responsabilidade social, promovendo ações que contemplam todas as vozes e impulsionam o desenvolvimento coletivo.
Por Agência CNT Transporte Atual
Avança projeto de Renata Abreu que acaba com ‘cobrança dupla’ em pedágios
Notícias 25 de novembro de 2025
O projeto de lei da deputada Renata Abreu (SP) que acaba com a chamada ‘cobrança dupla’ em pedágios avançou mais uma etapa na Câmara dos Deputados. A proposta garante ao motorista o direito de atravessar novamente a praça sem pagar outra tarifa quando já tiver passado pelo mesmo local nos últimos 20 minutos.
O texto, que já havia sido aprovado por unanimidade na Comissão de Viação e Transportes (CVT), recebeu agora parecer favorável na Comissão de Finanças e Tributação (CFT). O próximo passo é a análise na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJC), última etapa antes de seguir ao Senado. Como o PL tramita em caráter conclusivo, não precisará passar pelo plenário da Câmara.
Para Renata, a medida é uma questão de justiça com quem usa as rodovias todos os dias e não pode ser penalizado por situações simples no trânsito. “O motorista que erra o caminho e precisa retornar ou faz deslocamentos curtos não deve pagar duas vezes pela mesma praça de pedágio. Essa cobrança repetida pesa no bolso das famílias e não faz sentido algum. O projeto traz bom senso e respeito ao cidadão”, afirmou a deputada e presidente nacional do Podemos.
Segundo a deputada Renata Abreu, o seu projeto de lei torna o sistema mais justo e transparente para os usuários das rodovias federais. As regras estão previstas no Projeto de Lei 5366/2016.
Fonte: Estradas.com.br
Ministério dos Transportes planeja 21 leilões de rodovias e ferrovias em 2026, com R$ 288 bi de obras
Notícias 24 de novembro de 2025
O Ministério dos Transportes anunciou, nesta terça-feira (25), uma carteira de leilões para 2026 com 13 licitações de concessões rodoviárias e 8 de ferrovias, com uma previsão de R$ 288 bilhões de investimentos — R$ 148 bilhões em estradas e R$ 140 milhões em trilhos.
No setor ferroviário, a gestão lançou uma política pública com diretrizes para o setor, junto com uma carteira de projetos de R$ 140 bilhões em capex (investimento em bens de capital) na malha ferroviária, e R$ 650 bilhões de recursos no total, em 9 mil km de trilhos, segundo a apresentação.
O governo prevê que será necessário aportar ao menos 20% do volume de investimentos para fechar lacunas de viabilidade econômica dos projetos, em torno de R$ 28 bilhões e R$ 30 bilhões, segundo o ministro de Transportes, Renan Filho (MDB-AL). Esses valores deverão ser aplicados como contribuição pública em Parcerias Público-Privadas, para viabilizar os projetos.
A política pública lançada pelo ministério prevê um foco na exploração imobiliária pela concessionária da ferrovia, como forma de aumentar a atratividade do projeto. Além disso, o programa traz diretrizes para o transporte ferroviário de passageiros, com a previsão de aproveitamento de malha ferroviária ociosa. “Ainda não incluímos todos os projetos de ferrovias de passageiros, porque ainda vamos discutir os ‘gaps’ de viabilidade”, disse o ministro.
“Há um esforço grande para sair da inércia em ferrovias. É a primeira política pública de ferrovias”, afirmou George Santoro, secretário-executivo do ministério, na apresentação.
Pelo cronograma divulgado, estão programadas as licitações do Corredor Minas-Rio, em abril; o Anel Ferroviário Sudeste, em junho; a Malha Oeste, em julho; o Corredor Leste-Oeste, em agosto; a Ferrogrão, em setembro; e em dezembro outros três blocos fruto da Malha Sul, o Corredor Paraná-Santa Catarina, Corredor Rio Grande e Corredor Mercosul.
“Alguns projetos podem precisar de um pouco mais [de prazo], se precisar a gente ajusta”, disse o ministro.
Já no setor rodoviário, são 13 projetos previstos, incluindo licitações de novos contratos e repactuações contratuais. No total, a previsão é gerar investimento de R$ 148 bilhões.
De acordo com o cronograma divulgado, em março haverá a concorrência da Rota dos Sertões, da repactuação da Rodovia Régis Bittencourt, da Arteris, e a Rotas Gerais. Em abril, está programada a disputa pela concessão renegociada da Rota Arco Norte, da BR-163 entre Mato Grosso e Pará. Em junho, está prevista a otimização da Rota do Pequi e, em julho, a da Rota Litoral Sul.
Em agosto foi marcado o leilão da Rota Portuária do Sul no Rio Grande do Sul; em setembro, a disputa pela repactuação da Rota Planalto Sul; em outubro, a da Rodovia Transbrasiliana. Em novembro há previsão de três projetos: os leilões da Rota 2 de Julho e dos Lotes 1 e 3 das Rodovias Integradas de Santa Catarina. Por fim, em dezembro há previsão da licitação da Rota Integração do Sul.
ONTE: Valor Econômico
Suspensão de CNPJ de empresas que vendem carga roubada é aprovada na Câmara dos Deputados
Notícias 24 de novembro de 2025
A Câmara dos Deputados aprovou na noite dessa terça-feira (18), por meio de um destaque de plenário no Projeto de Lei 5.582/2025 (Combate ao Crime Organizado), uma emenda que permite a suspensão e o cancelamento do CNPJ de empresas envolvidas na venda ou receptação de carga roubada. A medida, articulada e priorizada pela CNT, é considerada um avanço capaz de desestruturar a cadeia criminosa responsável por prejuízos bilionários ao setor de transporte e visa também reforçar a segurança nas estradas do país.
A aprovação da emenda estabelece a suspensão do CNPJ como efeito da condenação penal e seu cancelamento em casos de reincidência, atingindo diretamente a estrutura empresarial que financia o crime organizado. A proposta, prioridade na agenda da institucional da CNT desde o primeiro ano do mandato do presidente Vander Costa, foi defendida em plenário pelo deputado Fernando Marangoni (União-SP), autor da proposta, e aprovada por unanimidade, sendo agora enviada para apreciação do Senado Federal.
O presidente da CNT, Vander Costa, destacou que a aprovação da proposta representa um avanço no enfrentamento à criminalidade que atinge o transporte de cargas em todo o país. “É uma medida esperada e necessária para fortalecer a atividade e proteger quem trabalha nas estradas, além de reduzir o impacto desse crime no preço final dos produtos para a sociedade”,
afirmou. O presidente pontou ainda que ao prever o cancelamento do CNPJ de empresas que se aproveitam do esquema criminoso, o projeto contribui para desestruturar a cadeia de receptação e dar mais segurança jurídica e operacional para o setor.
O diretor de relações institucionais da CNT, Valter Souza, celebrou a conquista. “É uma grande conquista para o setor. Há anos defendemos medidas estruturais mais firmes contra o roubo de cargas. A previsão de cancelamento do CNPJ das empresas que atuam deliberadamente para dar sustentação a esse tipo de crime representa uma resposta madura do Estado a uma demanda histórica do setor produtivo. Só há roubo da carga porque existe quem vende esse produto”, declarou.
A suspensão do CNPJ é vista como um mecanismo direto para cortar o financiamento das facções criminosas. “O objetivo é neutralizar essa estrutura que financia o crime organizado e as facções, e não apenas penalizar pessoalmente os receptadores”, disse o deputado Marangoni ao defender o destaque no plenário. Marangoni, que atuou como relator do projeto anterior na Comissão de Constituição e Justiça (CCJC), reescreveu a proposta original para incluir a suspensão antes do cancelamento, garantindo que a punição ocorra após o trânsito em julgado e a devida comprovação do crime. O novo texto respeita o direito de ampla defesa das empresas e dá a possibilidade para aquelas que não sabiam sobre a origem da carga buscarem corrigir o erro.
Atuação da CNT e tramitação
O tema da suspensão do CNPJ tem sido uma pauta prioritária para a CNT. Em 2019, o deputado Diego Andrade (PSD/MG), em diálogo com a Confederação, apresentou o Projeto de Lei 6.260/2019, que aborda o perdimento do CNPJ para empresas que compram e vendem carga roubada.
Esse projeto foi apensado ao PL 770/2015, que trata do roubo de cargas. Após um período de tramitação e ajustes regimentais, a emenda foi apresentada em plenário no PL 5.582/2025 (combate ao crime organizado), que estava sendo relatado pelo deputado Guilherme Derrite, por meio de um destaque articulado com o deputado Neto Carletto (Avante-BA).
No ano de 2018 um projeto que incluía o tema chegou a ser aprovado e relatado pelo senador Pacheco. Contudo, foi vetado pelo então presidente da República, Jair Bolsonaro, sob a alegação de que a legislação não havia o direito ao contraditório e a ampla defesa. A nova aprovação na Câmara dos Deputados reflete o esforço da CNT para superar os obstáculos e garantir a efetividade da medida, bem como defender os interesses do setor.
Impacto econômico e social do roubo de cargas
A necessidade da nova legislação é justificada pelo grave cenário de insegurança no transporte de cargas no Brasil. Em 2022, o país registrou 13.089 casos de roubo de cargas, totalizando um prejuízo de cerca de R$ 1,2 bilhão. A região Sudeste concentra a maioria das ocorrências, com 85,18% dos casos. Além do prejuízo financeiro, o crime aumenta o custo final do frete, encarece
serviços de gerenciamento de riscos e seguros, e coloca em risco a vida dos trabalhadores do volante.
A Confederação defende que a nova lei é fundamental para desestimular a venda e a receptação de produtos roubados, ao prever o cancelamento do CNPJ quando a pessoa jurídica for constituída para permitir, facilitar ou ocultar o crime de receptação. A proposta também irá auxiliar na segurança dos profissionais do volante já que deverá desestimular o roubo de mercadorias evitando assim que os motoristas passem por situações de risco em casos de assaltos a mão armada e com uso de violência.
Próximos Passos
Com a aprovação na Câmara, o texto que consta a suspensão do CNPJ será agora enviado ao Senado Federal para análise e votação. A CNT continuará o trabalho de diálogo institucional no Senado para garantir a aprovação final da medida e sua posterior sanção presidencial, consolidando a vitória do setor produtivo e de transportes.
Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados
Presidente Eduardo Rebuzzi participará da Série Debates – Logística no Brasil, realizada pela Editora Globo
Notícias 24 de novembro de 2025
O presidente da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) e da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Rio de Janeiro (FETRANSCARGA), Eduardo Rebuzzi, participará como palestrante da próxima edição da Série Debates – Logística no Brasil, promovida pela Editora Globo. O evento acontecerá no dia 26 de novembro, das 10h às 11h30, e reunirá autoridades, especialistas e lideranças empresariais para discutir os desafios logísticos e os impactos dos novos investimentos em infraestrutura na região Sudeste.
A Série aborda temas estruturais do país e, nesta edição, coloca em evidência o paradoxo vivido pela região mais rica do Brasil: apesar de concentrar grande parte da atividade industrial nacional, o Sudeste ainda enfrenta gargalos históricos na malha rodoviária, dificuldades de integração modal e limitações que afetam sua competitividade econômica.
A participação de Rebuzzi reforça o protagonismo do Transporte Rodoviário de Cargas no debate sobre políticas públicas, financiamento, corredores logísticos e soluções para a expansão da infraestrutura necessária ao desenvolvimento do país.
Programação
10h | PAINEL 1
Política nacional e financiamento de infraestrutura: diretrizes dos governos, instrumentos de fomento e projetos prioritários no Sudeste e no Rio de Janeiro
10h50 | PAINEL 2
Intermodalidade e ferrovias: corredores logísticos, ampliação ferroviária e integração com portos e polos industriais
11h30 | Encerramento
Palestrantes confirmados
- Jorge Bastos – Presidente da Infra S.A.
- Luciana Costa – Diretora de Infraestrutura de Transição Energética do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)
- George Santoro – Secretário-Executivo do Ministério dos Transportes
- Mauro Ribeiro Viegas Filho – Diretor-Executivo e Presidente do Conselho Empresarial de Infraestrutura da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro)
- Ulisses Oliveira – Diretor de Assuntos Corporativos e Sustentabilidade do Porto Sudeste
- Gabriela Costa – Diretora Executiva da Associação de Terminais Portuários (ATP)
- Eduardo Rebuzzi – Presidente da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) e da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Rio de Janeiro (FETRANSCARGA)
Assista ao vivo: https://www.youtube.com/watch?v=eAkQ6_iUqCI
Fonte: NTC&Logística
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