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CNT busca apoio do Ministério do Trabalho à proposta de PEC sobre relações laborais no transporte

Notícias 04 de novembro de 2025

O presidente do Sistema Transporte, Vander Costa, reuniu-se, nesta terça-feira (4), com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, para apresentar e solicitar apoio à proposta de texto da PEC nº 22/2025, que tramita no Congresso Nacional. O encontro ocorreu na sede do Ministério, em Brasília.

A minuta da PEC é resultado de uma construção conjunta entre a CNT e a CNTTT (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Terrestres), representando um marco de diálogo e cooperação entre empregadores e trabalhadores do setor. O texto propõe o aperfeiçoamento das relações laborais, o fortalecimento da segurança jurídica e a valorização da negociação coletiva como instrumento de equilíbrio entre produtividade e bem-estar.

Encaminhada à liderança do Partido dos Trabalhadores no Senado, a proposta prevê a inclusão, na Constituição Federal, de um dispositivo que reconheça a convenção coletiva como instrumento legítimo para regulamentar condições específicas de trabalho nas categorias do transporte de cargas e de passageiros. O objetivo é assegurar tratamento adequado às particularidades operacionais de atividades que exigem regimes especiais de jornada, descanso e remuneração.

Entre os pontos propostos, estão a possibilidade de leis ou convenções coletivas definirem regras específicas sobre jornada e escalas, fracionamento de intervalos, descanso semanal, regimes de prontidão e sobreaviso, além de critérios próprios de remuneração para períodos de espera e tempo à disposição. O texto também garante que esses acordos respeitem os direitos fundamentais dos trabalhadores e promovam o equilíbrio entre proteção laboral e eficiência operacional.

A justificativa encaminhada ao Senado destaca que a proposta é fruto de consenso entre empregadores e trabalhadores e está alinhada à decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) no Tema 1.046, que reconheceu a validade da negociação coletiva para o ajuste de condições laborais. A PEC busca, portanto, dar respaldo constitucional à atuação sindical e reduzir interpretações divergentes que hoje geram insegurança jurídica.

Segundo o documento conjunto assinado pela CNT e pela CNTTT, a proposta não reduz direitos, mas, sim, moderniza a regulamentação trabalhista para garantir segurança jurídica e viabilidade econômica, sem comprometer a proteção ao trabalhador. “O aprimoramento das regras de jornada e descanso dos caminhoneiros trará mais qualidade de vida aos motoristas, que poderão conciliar o trabalho com o convívio familiar, e proporcionará mais previsibilidade para os empresários do setor. É uma medida que equilibra bem-estar e produtividade, valorizando quem move o Brasil pelas estradas”, afirmou Vander Costa.

Participaram também da audiência a diretora executiva nacional do SEST SENAT, Nicole Goulart; o gerente de Relações Trabalhistas e Sindicais da CNT, Frederico Toledo Melo; e representantes do Ministério do Trabalho e Emprego, entre eles a secretária executiva substituta Luciana Nakamura, o chefe da Assessoria Parlamentar Luiz Carlos da Silva e o assessor Wyltenberg do Nascimento de Oliveira. Os representantes do Sistema Transporte solicitaram o apoio do ministro à tramitação e aprovação da PEC no Congresso Nacional.

Pesquisa mostra percepção dos caminhoneiros sobre tempo de direção e descanso

Durante a reunião, foram apresentados dados da pesquisa Perfil e Preferências dos Caminhoneiros em Relação às Suas Atividades Profissionais, realizada pela CNT em 2025. O levantamento revela que 54% dos motoristas empregados e 53% dos autônomos consideram adequado o tempo de pausa de 30 minutos a cada jornada de direção, com média geral de 53 minutos.

A maioria (58% dos autônomos e 49% dos empregados) avalia que as 11 horas de descanso previstas em lei são “mais do que suficientes” para a recuperação entre jornadas. Entre os que preferem o fracionamento do período, a divisão de oito horas seguidas de sono mais três horas adicionais é a mais indicada.

O estudo também mostra que os caminhoneiros passam mais da metade do tempo de trabalho dirigindo (50% dos autônomos e 54% dos empregados) e conseguem descansar em casa alguns dias consecutivos por mês.

Por Agência CNT Transporte Atual

NTC&Logística participa hoje da audiência pública do TST sobre a aplicação da Súmula 340 ao motorista do TRC

Notícias 04 de novembro de 2025

Nesta terça-feira, dia 4 de novembro, será realizada, no Tribunal Superior do Trabalho (TST), audiência pública para debater se a Súmula 340, que trata da forma de pagamento de horas extras ao empregado remunerado por comissões, se aplica ou não ao motorista do Transporte Rodoviário de Cargas que recebe comissões pelo valor do frete ou da carga.

A audiência foi convocada pelo ministro Cláudio Brandão, relator do Incidente de Recursos Repetitivos IncJulgRREmbRep-0001010-80.2023.5.09.0654, que, por meio de edital publicado em 15/04/2025, comunicou que tramita no Pleno do TST o referido incidente, no qual se discute a seguinte questão jurídica: “Quando o motorista de caminhão é remunerado por comissões incidentes sobre o valor do frete ou da carga transportada, as horas extras por ele cumpridas deverão ser calculadas com base na Súmula 340 do TST?”.

Por meio do mesmo edital, foi concedido o prazo de 15 (quinze) dias para que os interessados se manifestassem sobre o tema objeto da controvérsia.

A NTC&Logística apresentou manifestação, no referido processo, defendendo a aplicação da Súmula 340 do TST ao motorista do Transporte Rodoviário de Cargas que é remunerado por comissões sobre o valor do frete ou da carga transportada, de modo que as horas extras devem ser calculadas com a aplicação apenas do adicional de 50% sobre a hora normal, e não com o pagamento da hora mais o adicional.

Segundo o assessor jurídico da NTC&Logística, Dr. Narciso Figueirôa Junior, que também representará a entidade na audiência pública do dia 4 de novembro no TST, “é equivoco criar exceção para uma Súmula genérica; a remuneração por comissão do motorista, ainda que seja em função do frete cobrado e das viagens feitas, é expressamente autorizada pelo art. 625-G da CLT, declarado constitucional pelo STF na ADI 5322; aprovar precedente vinculante para afastar a Súmula 340 do TST para o motorista do TRC elevará sensivelmente o passivo das empresas; o setor vem cumprindo a Súmula 340 do TST há anos, e uma mudança neste momento criará insegurança jurídica e poderá acarretar o ajuizamento de centenas de ações trabalhistas”.

A audiência pública terá início às 9 horas, com previsão de término às 17 horas. Além da NTC&Logística, outras entidades representativas de empresas e de trabalhadores também sustentarão oralmente suas teses, favoráveis e contrárias à aplicação da Súmula 340 do TST ao motorista do Transporte Rodoviário de Cargas.

O evento será transmitido pelo canal oficial do TST no YouTube e tem como objetivo colher subsídios para o julgamento do processo IncJulgRREmbRep-0001010-80.2023.5.09.0654, cuja decisão, a ser proferida pelo Pleno do TST, terá efeito vinculante – ou seja, o entendimento adotado deverá ser aplicado a casos semelhantes em todo o Brasil.


Fonte: NTC&Logística

Ministério dos Transportes debate efeitos da reforma tributária nas concessões e nos investimentos em infraestrutura

Notícias 04 de novembro de 2025

Representantes do setor e do Governo Federal debateram, nesta segunda-feira (3), em São Paulo, como a reforma tributária pode reduzir custos, melhorar a eficiência dos contratos e abrir espaço para novas concessões de transportes. A análise foi apresentada pelo secretário-executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro, em evento na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

O encontro discutiu os potenciais efeitos da reforma tributária, aprovada e promulgada como Emenda Constitucional 132/2023, que prevê a substituição de cinco tributos (ISS, ICMS, PIS, Cofins e IPI) por um Imposto sobre Valor Agregado (IVA), composto pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e pela Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). O novo sistema tributário está em fase de transição.

“Temos já contratados R$ 300 bilhões de capex. Vamos contratar até o final do ano que vem mais R$ 300 bilhões de rodovias e ferrovias. É um volume de R$ 600 bilhões concentrados justamente no período de transição da reforma”, afirmou o secretário-executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro, ao destacar o momento estratégico do setor, com investimentos significativos em curso.

Santoro ressaltou que o Brasil tem hoje a maior carteira de concessões rodoviárias do mundo, mas, apesar do cenário positivo, apontou a necessidade de o setor se preparar adequadamente para as mudanças tributárias. “O grande objetivo da reforma tributária é reduzir custos e transformar isso em ganho de produtividade econômica. Temos condições de trazer redução de tarifa por meio da melhoria dos nossos contratos”, disse.

Outro ponto que o secretário-executivo chamou atenção foi para as oportunidades que o novo modelo pode abrir para a expansão da infraestrutura. “Vocês estão diante de uma reforma que permite a geração de valor ao negócio e, com isso, vamos conseguir levar concessões para regiões do país que hoje não conseguimos alcançar. Do jeito que a reforma foi calibrada, se o setor se organizar, será possível mitigar a necessidade de reequilíbrios contratuais”, completou.

Câmara setorial
Também presente no debate, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dário Durigan, reforçou a importância da coordenação entre as áreas setoriais e tributárias durante a implementação do novo sistema.

“É preciso ter uma espécie de câmara setorial em que a gente uniformize entendimentos quando os pleitos aparecerem, para evitar o contencioso e trazer estabilidade e segurança jurídica, que é o que mais precisamos para o investimento de longo prazo”, afirmou.

Já o responsável pela coordenação técnica da reforma tributária, o secretário extraordinário da Fazenda, Bernard Appy, detalhou os impactos positivos para o setor de transportes, sobretudo na desoneração de investimentos.

“Com a reforma, a recuperação do crédito em todas as despesas das concessionárias será integral e muito rápida. O ganho financeiro com isso é brutal e afeta bastante a projeção de caixa das empresas”, explicou.

Appy também reforçou a necessidade de o setor trabalhar de forma organizada, por meio de câmaras setoriais e manuais de boas práticas, para avaliar adequadamente os impactos da reformulação tributária sobre contratos existentes e futuros.

O evento reuniu, ainda, especialistas dos modais rodoviário e ferroviário, que compartilharam análises técnicas e desafios regulatórios da transição tributária para concessões em andamento e futuros projetos estruturados pelo governo.

FONTE: Ministério dos Transportes


Mercado financeiro reduz previsão da inflação para 4,55% no Brasil

Notícias 03 de novembro de 2025

A estimativa foi publicada no Boletim Focus desta segunda-feira (3), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), em Brasília, com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2026, a projeção da inflação permaneceu em 4,2%. Para 2027 e 2028, as previsões são de 3,8% e 3,5%, respectivamente.

A estimativa para este ano ainda está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.

Depois de queda em agosto, em setembro a inflação oficial subiu 0,48%, com influência da alta da conta de luz. Em 12 meses, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula 5,17%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Juros básicos

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros – a Selic – definida em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. As incertezas do cenário econômico externo e indicadores que mostram a moderação no crescimento interno estão entre os fatores que levaram à manutenção da Selic, na última reunião, em setembro.

A intenção do colegiado é, de acordo com a ata divulgada, manter a taxa de juros atual “por período bastante prolongado” para garantir que a meta da inflação seja alcançada.

Nesta semana, nos dias 4 e 5, o Copom se reúne novamente para avaliar o nível da Selic.

A estimativa dos analistas é que a taxa básica encerre 2025 nesses 15% ao ano. Para o fim de 2026, a expectativa é que a Selic caia para 12,25% ao ano. Para 2027 e 2028, a previsão é que ela seja reduzida novamente para 10,5% ao ano e 10% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Quando a taxa Selic é reduzida, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio

Nesta edição do Boletim Focus, a estimativa das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira este ano permaneceu em 2,16%. Para 2026, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e serviços produzidos no país) ficou em 1,78%. Para 2027 e 2028, o mercado financeiro estima expansão do PIB em 1,9% e 2%, respectivamente.

Puxada pelas expansões dos serviços e da indústria, no segundo trimestre deste ano a economia brasileira cresceu 0,4%.

Em 2024, o PIB fechou com alta de 3,4%. O resultado representa o quarto ano seguido de crescimento, sendo a maior expansão desde 2021, quando o PIB alcançou 4,8%.

A previsão da cotação do dólar está em R$ 5,41 para o fim deste ano. No fim de 2026, estima-se que a moeda norte-americana fique em R$ 5,50.

Fonte: Agência Brasil

Últimas semanas para participar do Congresso NTC 2025 – XVIII Encontro Nacional da COMJOVEM

Notícias 03 de novembro de 2025

O Congresso NTC 2025 – XVIII Encontro Nacional da COMJOVEM, promovido pela NTC&Logística em conjunto com a COMJOVEM – Comissão de Jovens Empresários e Executivos, acontecerá entre os dias 27 e 30 de novembro de 2025, no Club Med Lake Paradise, em Mogi das Cruzes (SP). O evento reunirá empresários e representantes do Transporte Rodoviário de Cargas de todo o país, em uma imersão voltada à liderança, inovação e fortalecimento do setor.

A programação do Congresso contará com painéis de discussão, palestras motivacionais e workshops, que servirão como ferramentas de aprendizagem teórica e prática, além de outras experiências produtivas. Na parte de lazer, os participantes poderão desfrutar das belezas naturais e aproveitar as comodidades do Club Med Lake Paradise, em um ambiente ideal para integração e troca de experiências entre os profissionais do setor.

Faça já sua inscrição aqui.

Confira a programação preliminar

1º DIA | 27/11 (QUINTA-FEIRA)

12h | 15h

ALMOÇO – RESTAURANTE PRINCIPAL | LAKESHORE

17h

LIBERAÇÃO DOS QUARTOS

18h30 | 23h30

Local: Centro de Convenções – Sala Girassol e Foyer

CERIMÔNIA DE ABERTURA | JANTAR FESTIVO

2º DIA | 28/11 (SEXTA-FEIRA)

6h30 | 7h30

COMJOVEM + SAÚDE – RUNNING COMJOVEM (3 KM OU 7KM)

Local: Em frente ao Centro de Convenções – Sala Orquídea

7h30 | 9h

CAFÉ DA MANHÃ – RESTAURANTE PRINCIPAL | LAKESHORE

9h | 13H

Local: Centro de Convenções – Sala Girassol

O CÉREBRO SOB ESTRESSE

Palestrante

Fabiano Moulin – Médico Neurologista, Mestre e Doutor em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo, onde atua como Médico Assistente do Departamento de Neurologia.

Especialista em Neurologia da Cognição e do Comportamento e Membro da ABN (Academia Brasileira de Neurologia), transforma conceitos complexos da Neurociência em aplicações práticas. Em suas palestras, aborda saúde mental, estresse, criatividade, tomada de decisão e envelhecimento saudável. Sua abordagem conecta ciência e prática, inspirando empresas, líderes e equipes a fortalecerem bem-estar, resiliência e performance no ambiente corporativo.

INTERVALO | COFFEE BREAK

COMJOVEM CONVIDA

Moderadores: André de Simone – Coordenador Nacional da COMJOVEM

Hudson Rabelo – Vice-Coordenador Nacional da COMJOVEM

Jéssica Caballero – Vice-Coordenadora Nacional da COMJOVEM

Convidado: Daniel Martin Ely – Vice-Presidente Executivo da Randoncorp e Chief Operating Officer (COO) da Rands

Formado em Administração de Empresas, com especializações em estratégias organizacionais e desenvolvimento de lideranças, Daniel iniciou sua carreira em 1993 e construiu uma trajetória sólida de mais de trinta anos no setor industrial e corporativo. Sua trajetória é marcada por resultados expressivos e por uma abordagem centrada em pessoas. Daniel Martin Ely representa a nova geração de líderes empresariais brasileiros, comprometidos com a inovação, a sustentabilidade e a transformação contínua dos negócios.

ALMOÇO – RESTAURANTE PRINCIPAL | LAKESHORE

13h30 | 14h30

ENCONTRO “COM ELAS” 

Local: Centro de Convenções – Sala Girassol

15h | 19h

EVENTO: TARDEZINHA COMJOVEM – SUNSET

Local: Lake Tenda

3º DIA | 29/11 (SÁBADO)

9h| 12h30

Local: Centro de Convenções – Sala Girassol

CONSTRUIR, ESCALAR E IMPACTAR

Palestrante

Guy Peixoto Neto – Empreendedor serial, investidor, CEO da Bravu Scaling e mentor de negócios.

Empreendedor serial e palestrante de Belém do Pará, com experiência em criar, escalar e reestruturar empresas que somam mais de R$ 250 milhões em faturamento anual. Formado por instituições como Harvard, MIT e Stanford, alia metodologias globais e práticas próprias para ajudar líderes e empreendedores a crescerem com clareza, consistência e propósito, sem abrir mão do equilíbrio.

INTERVALO | COFFEE BREAK

CRIE O IMPOSSÍVEL

Palestrante

Raul Matos – Fundador e CEO da Biscoitê, uma rede brasileira de boutiques de biscoitos finos, também é reconhecido como Empreendedor do Ano pela EY.

Transformou simples biscoitos em presentes memoráveis e experiências inesquecíveis. Empreendedor serial, com histórico de mais de R$ 250 milhões em faturamento anual em diversas empresas, ele inspira líderes e empreendedores a inovar, crescer com propósito e transformar ideias em negócios de sucesso. Reconhecido pelo mercado e premiado como Empreendedor do Ano, Raul compartilha sua experiência prática para motivar, engajar e gerar resultados concretos.

12h30 | 13h30

REUNIÃO COMJOVEM

Local: Centro de Convenções – Sala Girassol

TARDE LIVRE

20h30 | 0h30min

JANTAR DE ENCERRAMENTO – TEMA: BLACK&WHITE

Local: Centro de Convenções – Sala Girassol

4º DIA | 29/11 (DOMINGO)

7h | 10h

CAFÉ DA MANHÃ – RESTAURANTE PRINCIPAL | LAKESHORE

MANHÃ LIVRE

12h

CHECK-OUT

Faça já sua inscrição aqui.

Realização

  • NTC&Logística – Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística

Entidade Anfitriã

  • FETCESP – Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo e Sindicatos filiados

Patrocínio

  • Astra Capital
  • EASYDOC
  • Fenatran – Salão Internacional do Transporte Rodoviário de Cargas
  • GEOTAB
  • RANDS
  • SpeedMax
  • TGID
  • TOTVS
  • Transpocred
  • TruckPag
  • Volkswagen Caminhões e Ônibus 

Apoio Institucional

  • Sistema Transporte – CNT / Confederação Nacional do Transporte / SEST SENAT – Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte / ITL – Instituto de Transporte e Logística
  • FuMTran – Fundação Memória do Transporte

Apoio Logístico

  • Braspress

Fonte: NTC&Logística

CNT e CNTTT apresentam proposta de emenda constitucional para fortalecer a segurança jurídica nas relações de trabalho do transporte

Notícias 31 de outubro de 2025

A CNT (Confederação Nacional do Transporte) e a CNTTT (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Terrestres) apresentaram, de forma conjunta, uma proposta de texto para a PEC nº 22/2025, que tramita no Congresso Nacional. O documento foi encaminhado à liderança do Partido dos Trabalhadores no Senado, e propõe a inclusão, na Constituição Federal, de um dispositivo que reconheça a convenção coletiva como instrumento legítimo para a regulamentação de condições específicas de trabalho em categorias do transporte de cargas e passageiros.

A proposta tem o objetivo de aprimorar as relações laborais, fortalecer a segurança jurídica e valorizar o diálogo entre empregadores e trabalhadores do setor. O texto sugere que a Constituição passe a prever expressamente a possibilidade de convenções coletivas estabelecerem condições diferenciadas de trabalho, respeitando as particularidades operacionais de atividades que exigem regimes especiais de jornada, descanso e remuneração.

Entre os pontos previstos na minuta está a autorização para que leis ou convenções coletivas definam regras específicas sobre jornada de trabalho e escalas, fracionamento de intervalos, descanso semanal, regimes de prontidão e sobreaviso, além de critérios específicos de remuneração para períodos de espera e tempo à disposição. A proposta também assegura que tais acordos respeitem os direitos fundamentais do trabalhador e busquem o equilíbrio entre proteção laboral e eficiência operacional.

A justificativa encaminhada ao Senado destaca que a proposta é fruto de consenso entre empregadores e trabalhadores e está em consonância com a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) no Tema 1.046, que reconheceu a validade da negociação coletiva para ajuste de condições laborais. A PEC visa, portanto, dar respaldo constitucional à atuação sindical e reduzir interpretações divergentes que hoje geram insegurança jurídica.

De acordo com o ofício conjunto assinado pela CNT e pela CNTTT, a proposta não reduz direitos, mas moderniza a regulamentação para garantir segurança jurídica e viabilidade econômica, sem comprometer a proteção ao trabalhador. A flexibilização é essencial para garantir o equilíbrio entre eficiência operacional e direitos trabalhistas, permitindo que o ordenamento jurídico acompanhe a evolução do mercado e as necessidades da sociedade contemporânea.

Acesse aqui o documento na íntegra.


Por Agência CNT Transporte Atual

SEST SENAT anuncia soluções para aumentar a acessibilidade no setor de transporte

Notícias 31 de outubro de 2025

O SEST SENAT (Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte) apresentou duas novas iniciativas para fortalecer a inclusão no setor de transporte: o Manual de Boas Práticas de Acessibilidade e cursos especializados EaD com tradução em Libras. Os lançamentos foram anunciados durante o evento "Rota da Acessibilidade: do acesso à participação plena", realizado nessa quarta-feira (22), na sede do Sistema Transporte, em Brasília. As novidades reforçam o protagonismo da CNT, do SEST SENAT e do ITL (Instituto de Transporte e Logística) na promoção da acessibilidade e da igualdade de oportunidades no transporte brasileiro.

O Manual de Boas Práticas de Acessibilidade foi desenvolvido como um guia prático para orientar profissionais do Sistema Transporte e das empresas do setor na aplicação da Política de Acessibilidade, com foco em atitudes inclusivas, respeito e equidade. O material reúne conceitos fundamentais sobre deficiência e capacitismo, dicas de comportamento e linguagem inclusiva, orientações específicas para diferentes tipos de deficiência, princípios do desenho universal e símbolos de acessibilidade. Também apresenta recomendações de atendimento acessível, como adaptar a comunicação, respeitar a autonomia das pessoas e eliminar expressões preconceituosas no dia a dia.

A outra novidade é a inclusão de tradução em Libras nos cursos especializados oferecidos pela EaD do SEST SENAT, ampliando o acesso à qualificação profissional para motoristas surdos ou com deficiência auditiva. A iniciativa assegura condições de aprendizado igualitárias no setor de transporte e reforça o compromisso da Instituição com a inclusão.

Entre as opções, estão cursos de formação de 50 horas nas áreas de transporte coletivo de passageiros, escolar, de produtos perigosos, de emergência e de cargas indivisíveis, além de versões de atualização com 16 horas de duração, voltadas à reciclagem de conteúdo. As formações são oferecidas online, permitindo que cada aluno acompanhe as aulas no seu ritmo.

Com a novidade, o SEST SENAT busca atender a uma demanda crescente por cursos acessíveis e adaptados às necessidades de diferentes públicos. A inclusão da tradução em Libras garante que a formação profissional alcance um público mais amplo, contribuindo para a empregabilidade e valorização dos trabalhadores no setor de transporte. Atualmente, os cursos especializados estão disponíveis a distância apenas em alguns estados, já que a oferta depende da regulamentação de cada Detran.

Rota da Acessibilidade

O objetivo do evento “Rota da Acessibilidade: do acesso à participação plena” foi promover a troca de experiências, apresentar boas práticas em acessibilidade e fomentar o diálogo sobre caminhos para a construção de um transporte cada vez mais inclusivo. 

Para o diretor adjunto nacional do SEST SENAT, Vinicius Ladeira, o evento marca uma nova etapa. “Este evento é um passo significativo para o Sistema Transporte. A Rota da Acessibilidade representa a materialização do nosso compromisso com a inclusão, indo além da adaptação de estruturas físicas para garantir oportunidades reais de participação.”

Entre as entregas do programa para 2025, estão:

  • atendimento a mais de 1.400 pessoas com deficiência em todo o país;
  • capacitação contínua de colaboradores das unidades do SEST SENAT;
  • lançamento de um currículo inclusivo para ser utilizado pelos instrutores do SEST SENAT;
  • feiras de empregabilidade para pessoas com deficiência;
  • adequações arquitetônicas e sistêmicas nas unidades.

A diretora executiva da CNT, Fernanda Rezende, destacou a importância da iniciativa. “O transporte é um direito de todos. Com esse programa, mostramos que a acessibilidade significa garantir igualdade de condições para usuários e trabalhadores, fortalecendo um setor mais humano e inclusivo.”

O diretor executivo do ITL, João Victor Mendes, ressaltou que a acessibilidade deve ser entendida de forma ampla. “A acessibilidade vai muito além de rampas e elevadores. Ela é o direito de cada pessoa participar plenamente da vida social, cultural e econômica. Esse programa traz essa visão para dentro do setor de transporte.”

Representando o governo federal, a diretora executiva interina da Secretaria Nacional da Pessoa com Deficiência, Isadora Rodrigues Nascimento, elogiou o trabalho do Sistema Transporte. “Programas como a Rota da Acessibilidade demonstram que o Brasil está avançando em direção a uma sociedade mais inclusiva. A participação das pessoas com deficiência precisa ser plena, e iniciativas assim reforçam o papel do setor de transporte nesse processo.”

Já o coordenador de Inclusão do Comitê Paralímpico Brasileiro, Antônio José Ferreira, lembrou que o transporte acessível também é essencial para a prática esportiva. “O transporte acessível é condição essencial para que pessoas com deficiência possam estudar, trabalhar e praticar esportes. A parceria entre o CPB e o SEST SENAT amplia a perspectiva de cidadania e de participação plena.”



Por Agência CNT Transporte Atual

Estação do Desenvolvimento será realizada na Green Zone da COP30 e amplia programação de painéis sobre transporte e sustentabilidade

Notícias 31 de outubro de 2025

A Estação do Desenvolvimento, iniciativa do Sistema Transporte na COP30, ganhou um novo e importante endereço. Agora, ela estará localizada na Green Zone, espaço oficial da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que será realizada em Belém (PA), em novembro.

A mudança representa um avanço estratégico, permitindo ampliar a programação de painéis e a visibilidade dos debates, além de oferecer mais oportunidades de diálogo entre governo, empresas, academia e sociedade civil sobre os desafios e as soluções para a descarbonização do transporte e o desenvolvimento sustentável no Brasil.

Com a nova estrutura, a Estação do Desenvolvimento passa a reunir uma programação ainda mais diversificada, que contempla discussões sobre mobilidade urbana sustentável, biocombustíveis, descarbonização de frotas, inovação tecnológica, financiamento verde, governança e transição energética. As atividades serão realizadas ao longo de todo o evento e incluem painéis técnicos, rodas de conversa e apresentações em formato TED.

Entre os destaques, estão debates sobre temas como:

  • Descarbonização da Frota Pesada, promovido pela ABiogás, que discutirá soluções técnicas e econômicas para reduzir emissões no transporte de cargas;
  • Integração Sustentável dos Modais de Transporte, coordenado pela Autoridade Portuária de Santos, que reunirá representantes dos principais modais para discutir estratégias integradas de neutralidade climática;
  • O Papel dos Terminais na Transição Energética, da ATP, abordando desafios e oportunidades para financiar projetos sustentáveis;
  • Coalizão de Transportes: como tornar o setor um contribuidor ativo para a redução de emissões, liderado pelo CEBDS e pela CNT, com a apresentação de caminhos concretos para descarbonizar o transporte nacional.

Ao reunir mais de 70 painéis temáticos e ações, a Estação do Desenvolvimento se consolida como um dos principais polos de debate técnico sobre a agenda climática dentro da COP30, reforçando o papel do Sistema Transporte (CNT, SEST SENAT e ITL) como articulador de conhecimento e promotor da sustentabilidade no setor.

Novos patrocinadores e parceiros embarcam na Estação

A Gol Linhas Aéreas passa a integrar o time de patrocinadores da Estação do Desenvolvimento, iniciativa do Sistema Transporte na COP30. Além da companhia de aviação, também entra como patrocinador a ClickBus, plataforma digital brasileira especializada na venda online de passagens rodoviárias. A Eletra, líder no mercado brasileiro de ônibus elétricos, chega para promover a descarbonização do setor a partir da eletrificação.

As companhias se juntam ao MoveInfra – movimento que reúne os seis principais grupos de infraestrutura do país –, à Abac (Associação Brasileira de Armadores de Cabotagem) e à ATP (Associação de Terminais Portuários Privados).

Já no campo das parcerias, quem chega para fornecer a energia é a MWM/Tupy S.A., com o fornecimento de grupo geradores que serão operados pela A Geradora/Loxam. A gigante global de mídia TikTok marcará presença no espaço, com ativação e ações de visibilidade junto a influenciadores da plataforma. Iris e GIST Impact trazem sua expertise para potencializar negócios sustentáveis.

O evento conta ainda com o apoio institucional da Abani, Childhood, IOE, Instituto Ethos, CEBDS e Slocat Partnership. A correalização é feita em parceria com o Ministério das Cidades, o Ministério de Portos e Aeroportos e o Ministério dos Transportes.


Por Agência CNT Transporte Atual

Operadores logísticos no Brasil ampliam portfólio de serviços, aponta estudo da ABOL

Notícias 30 de outubro de 2025

O setor de operadores logísticos (OL) no Brasil registrou expansão significativa na diversificação de serviços em 2024. Segundo o estudo “Perfil dos Operadores Logísticos”, encomendado pela ABOL (Associação Brasileira de Operadores Logísticos), 64% das empresas ampliaram seu portfólio, oferecendo em média mais de 30 tipos de soluções.

As atividades dos operadores vão além do transporte e da armazenagem, abrangendo desde distribuição urbana e operações de e-commerce até consultoria logística e gestão de estoques. Entre os serviços mais comuns estão o Transporte Rodoviário Fechado (92% das empresas) e Fracionado (81%); Armazém Geral (84%); Controle de Estoques (68%); Crossdocking (83%) e Picking & Packing (66%).

Além das operações tradicionais, 57% das empresas passaram a oferecer consultoria e projetos logísticos, refletindo a tendência de serviços mais personalizados e integrados.

De acordo com a ABOL, a diversificação evidencia o papel estratégico dos OLs para diferentes setores da economia brasileira, contribuindo para eficiência operacional, inovação e competitividade. O setor reúne empresas nacionais e multinacionais responsáveis por cerca de 16% da receita bruta do mercado logístico do país. A associação atua desde 2012 na regulamentação da atividade.


Fonte: Transporte Moderno 

Vendas de pneus de carga têm queda de 5,2% de janeiro a setembro de 2025

Notícias 30 de outubro de 2025

A indústria de pneumáticos registrou queda de 5,2% nas vendas de pneus de carga, de janeiro a setembro deste ano, com o total de 4,84 milhões, ante as 5,10 milhões de unidades comercializadas em igual período de 2024, segundo a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip).

A maior retração foi registrada no mercado de reposição, de 7,6%, com a venda de 3,42 milhões de pneus de carga, enquanto que, de janeiro a setembro de 2024, o volume chegou a 3,70 milhões. Para as montadoras, foram vendidos 1,41 milhão de pneus, aumento de 1,2% na comparação com igual período de 2024, quando atingiu 1,39 milhão de unidades.

Incluindo todos os segmentos abastecidos pela indústria nacional (automóveis, veículos comerciais leves, carga e motos), as vendas de pneus totalizaram 29,03 milhões de unidades nos nove meses deste ano, o que representou uma redução de 2,7% em relação a igual período de 2024, quando o volume atingiu 29,83 milhões de unidades.

“O cenário para a indústria de pneus instalada no Brasil segue preocupante e desafiador”, afirma Rodrigo Navarro, presidente da Anip. “No mercado de reposição, enfrentamos a concorrência desleal de pneus importados, que chegam muitas vezes ao Brasil com preços inferiores aos praticados no mercado internacional.

Segundo Navarro, há distorções de preço, falta de conformidade técnica e casos de não cumprimento das obrigações ambientais a que a indústria instalada no Brasil está sujeita. “O setor está sofrendo uma degradação que pode levar ao colapso da cadeia de produção que envolve fabricantes de têxteis, químicos, aço e borracha natural, e estamos trabalhando com o governo brasileiro para que sejam tomadas medidas para criar condições isonômicas para a indústria brasileira, diz o presidente da Anip.

Os números apresentados pela Anip mostram que as vendas para o mercado de reposição apresentaram retração de 7% até setembro, totalizando 18,87 milhões, enquanto que, no acumulado de janeiro a setembro de 2024, foram comercializados 20,30 milhões de pneus no país.

Para as montadoras, o resultado foi positivo, com 10,16 milhões de pneus vendidos, aumento de 6,6% em relação aos nove meses de 2024, que totalizou 9,53 milhões de unidades.

Desempenho mensal

Em setembro, a indústria de pneumáticos registrou queda de 10,5% nas vendas de pneus de carga, com 527.728 unidades, ante os 589.561 produtos vendidos no mesmo mês de 2024. Na comparação com agosto deste ano (555.189 unidades), a retração foi de 4,9%.

As vendas para o mercado de reposição tiveram redução de 11%, totalizando 380.248 unidades, enquanto que, em setembro do ano passado, o volume chegou a 427.471 unidades. Em relação a agosto deste ano (397.581 unidades), a queda foi de 4,4%.

Para as montadoras, as empresas enviaram 147.480 pneus, recuo de 9% sobre os 162.090 produtos vendidos em setembro do ano passado. Quando comparado com agosto deste ano (157.608 unidades), a redução foi de 6,4%.

Balança comercial

A balança comercial do setor de pneumáticos apresentou déficit de US$ 298,10 milhões de janeiro a setembro de 2025, com importações de US$ 1,13 bilhão e exportações de US$ 837,36 milhões. O resultado negativo ficou abaixo dos US$ 729,04 milhões registrados nos nove meses de 2024, porque as exportações neste ano foram 8,6% superiores a janeiro e setembro de 2024, quando atingiu US$ 770,82 milhões.

Em unidades, o déficit do setor, de janeiro a setembro de 2025, foi de 22,57 milhões de pneus, 31,5% superior ao saldo negativo de 32,96 milhões de produtos registrados nos nove meses de 2024.

As importações atingiram 31,22 milhões de unidades até setembro deste ano. Mesmo com redução de 24,5% em relação aos 41,37 milhões de pneus importados de janeiro a setembro de 2024, foi superior às exportações, que somaram 8,64 milhões de unidades, com alta de 2,8% em relação aos 8,41 milhões de pneus exportados nos nove meses de 2024.


Fonte: Transporte Moderno 

Estabelecimentos que apoiam motoristas ganham selo “Amigo do Caminhoneiro” aprovado pela Câmara

Notícias 30 de outubro de 2025

A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei nº 1155/2024, que cria o “Selo Amigo do Motorista” para reconhecer estabelecimentos que ofereçam pontos de apoio e descanso adequados aos caminhoneiros.

De acordo com a proposta, os locais certificados poderão utilizar o selo em sua publicidade e sinalização, e o governo deverá tornar pública a lista dos lugares aprovados. O objetivo é incentivar os empreendimentos a oferecerem estruturas como estacionamento seguro, sanitários, área de descanso e serviços especializados voltados aos profissionais do volante, algo há muito reivindicado pela categoria.

A aprovação marca um avanço importante para os caminhoneiros, que frequentemente enfrentam jornadas extenuantes e falta de infraestrutura segura nas rodovias. A iniciativa traz uma resposta concreta à necessidade de valorização da categoria e de melhora das condições de descanso, que afetam diretamente a segurança e a saúde sobre as estradas.


FONTE: NTC&Logística / FOTO: NTC&Logística

Inovação e cooperação impulsionam a descarbonização do transporte

Notícias 30 de outubro de 2025

Com foco em estratégias colaborativas para acelerar a transição energética, o painel “Soluções Tecnológicas e Inovação para a Descarbonização” reuniu lideranças da indústria automotiva, do setor de combustíveis e do modal rodoviário de passageiros e de cargas durante o 10º Fórum CNT de Debates, em Brasília, no dia 23 de outubro. O encontro promoveu uma análise integrada sobre os avanços tecnológicos e os desafios operacionais e regulatórios que influenciam o processo de descarbonização do transporte no país.

Moderado por Cynthia Ruas Vieira Brayer, superintendente de Sustentabilidade, Pessoas e Inovação da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), o painel destacou a importância da cooperação entre os setores público e privado para viabilizar soluções sustentáveis, eficientes e economicamente viáveis. “Mais do que simplesmente descarbonizar, precisamos trazer soluções práticas para nossa realidade atual”, afirmou Cynthia na abertura do debate.

A superintendente ressaltou o papel da inovação e das soluções tecnológicas como pilares para a descarbonização do transporte. Ao reunir representantes da indústria automotiva, do transporte de passageiros e de cargas e da Petrobras, ela reforçou que a transição energética exige múltiplas frentes de atuação e coordenação entre Estado e setor produtivo. Segundo Cynthia, a ANTT tem papel estratégico na articulação de políticas públicas e na criação de instrumentos regulatórios que viabilizem a sustentabilidade nos contratos de concessão, com parâmetros de desempenho e incentivos à adoção de tecnologias limpas.

Entre as iniciativas citadas, estão o programa de sustentabilidade da Agência, atualmente em consulta pública, e o primeiro corredor logístico sustentável multimodal do país, implantado na BR-277 (Paranaguá–Curitiba), em parceria com o Ministério dos Transportes e a concessionária EPR. A proposta, segundo ela, é promover soluções integradas que vão além da eletrificação, incorporando práticas como o uso do free flow, a redução de frenagens e a valorização da paisagem como parte do conceito de sustentabilidade.

Representando a indústria automotiva, Igor Calvet (Anfavea) apresentou os investimentos do setor em pesquisa e desenvolvimento por meio do programa Mobilidade Verde (Mover), que já mobilizou bilhões em créditos financeiros. Ele defendeu a neutralidade tecnológica como princípio estratégico e apontou a renovação de frota como política pública essencial para reduzir emissões e melhorar a saúde pública. “Descarbonizar via renovação de frota é tão essencial não só para o meio ambiente, como também para a saúde. Isso precisa estar no debate público”, destacou. Segundo Igor, o Brasil já possui uma das frotas mais limpas do mundo, considerando sua matriz energética e o ciclo completo dos veículos.

Na sequência, Rodrigo Abramof (Petrobras) explicou as diferenças entre o biodiesel e o diesel com conteúdo renovável, ressaltando que ambos são complementares e utilizam a mesma matéria-prima. Ele apresentou os avanços da empresa na produção de combustíveis sustentáveis, como o diesel R5 e o SAF por coprocessamento, já disponíveis em cinco refinarias. “A grande diferença está no processo. O diesel com conteúdo renovável, por hidrogenação, tem estabilidade e desempenho iguais ao diesel mineral. Só um teste de carbono-14 consegue distingui-los”, explicou.

Abramof também anunciou a construção de uma planta dedicada em Cubatão (SP), com previsão de operação em 2030, capaz de produzir combustíveis 100% renováveis. “É um investimento de US$ 1 bilhão que vai permitir produzir diesel verde ou SAF, conforme a demanda do mercado.”

Já Francisco Mazon (Viação Santa Cruz) compartilhou a experiência da empresa com o uso de biometano em ônibus rodoviários, em parceria com a Scania. Os testes iniciais apontam desempenho equivalente ao diesel, mas ainda enfrentam desafios relacionados ao custo da infraestrutura e à autonomia dos veículos. “O biometano tem potencial para transformar um problema social (o lixo) em solução ambiental. Visitei uma usina em Campinas (SP) e vi que até 95% do lixo pode ser reaproveitado”, relatou. Ele também mencionou limitações técnicas, como o peso dos cilindros e o impacto na capacidade de bagagem, que ainda precisam ser superadas para que o modelo ganhe escala.

Enquanto Mazon apresentou a visão do transporte de passageiros, Marcos Vilela Ribeiro (Bravo Serviços Logísticos) abordou as iniciativas voltadas ao transporte de cargas. O CEO destacou a estratégia da empresa para reduzir sua pegada de carbono, que inclui diagnóstico com o protocolo GHG, revisão da malha logística e investimentos em biometano. A Bravo instalou um posto off-grid em Paulínia (SP) e adquiriu 23 caminhões movidos a gás renovável, alcançando até 90% de redução de emissões em rotas curtas.

“A primeira transformação foi entender que precisamos mudar. Se quisermos perpetuar nosso negócio, teremos que agir de forma diferente”, afirmou. Marcos também ressaltou a importância da capacitação de motoristas e da estabilidade regulatória para viabilizar investimentos de longo prazo. “Estamos investindo em algo que tem impacto nos próximos dez ou 15 anos. Precisamos de regras claras e políticas públicas que permitam isso.”

Encerrando o painel, Cynthia Ruas Vieira Brayer reforçou que a transição energética no transporte depende de uma atuação conjunta entre governo, iniciativa privada e sociedade. Para ela, o avanço das tecnologias e das práticas sustentáveis precisa estar acompanhado de mecanismos de financiamento e políticas públicas que garantam escala e continuidade.

“A gente está falando de um sistema de logística, então não tem como fazer o trabalho sozinho. É uma rede, é um sistema, é um trabalho coordenado e cooperativo. Cada um está fazendo uma parte desse trabalho. E, quando você gira, tudo volta ao dinheiro. É caro, mas também vai trazer benefícios de eficiência na produção, eficiência energética e bem-estar para a sociedade. No final, a gente precisa pensar em como vamos financiar, ou seja, em como vamos trazer os recursos mais adequados para construir esse futuro mais rapidamente”, concluiu.

A décima edição do Fórum CNT de Debates contou com o patrocínio de Dunlop, Embarca, Fepasc (Federação das Empresas de Transporte de Passageiros dos Estados do Paraná e Santa Catarina) e Abralog (Associação Brasileira de Logística).

Fonte: Agência CNT Transporte Atual 

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