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Inovação e cooperação impulsionam a descarbonização do transporte

Notícias 30 de outubro de 2025

Com foco em estratégias colaborativas para acelerar a transição energética, o painel “Soluções Tecnológicas e Inovação para a Descarbonização” reuniu lideranças da indústria automotiva, do setor de combustíveis e do modal rodoviário de passageiros e de cargas durante o 10º Fórum CNT de Debates, em Brasília, no dia 23 de outubro. O encontro promoveu uma análise integrada sobre os avanços tecnológicos e os desafios operacionais e regulatórios que influenciam o processo de descarbonização do transporte no país.

Moderado por Cynthia Ruas Vieira Brayer, superintendente de Sustentabilidade, Pessoas e Inovação da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), o painel destacou a importância da cooperação entre os setores público e privado para viabilizar soluções sustentáveis, eficientes e economicamente viáveis. “Mais do que simplesmente descarbonizar, precisamos trazer soluções práticas para nossa realidade atual”, afirmou Cynthia na abertura do debate.

A superintendente ressaltou o papel da inovação e das soluções tecnológicas como pilares para a descarbonização do transporte. Ao reunir representantes da indústria automotiva, do transporte de passageiros e de cargas e da Petrobras, ela reforçou que a transição energética exige múltiplas frentes de atuação e coordenação entre Estado e setor produtivo. Segundo Cynthia, a ANTT tem papel estratégico na articulação de políticas públicas e na criação de instrumentos regulatórios que viabilizem a sustentabilidade nos contratos de concessão, com parâmetros de desempenho e incentivos à adoção de tecnologias limpas.

Entre as iniciativas citadas, estão o programa de sustentabilidade da Agência, atualmente em consulta pública, e o primeiro corredor logístico sustentável multimodal do país, implantado na BR-277 (Paranaguá–Curitiba), em parceria com o Ministério dos Transportes e a concessionária EPR. A proposta, segundo ela, é promover soluções integradas que vão além da eletrificação, incorporando práticas como o uso do free flow, a redução de frenagens e a valorização da paisagem como parte do conceito de sustentabilidade.

Representando a indústria automotiva, Igor Calvet (Anfavea) apresentou os investimentos do setor em pesquisa e desenvolvimento por meio do programa Mobilidade Verde (Mover), que já mobilizou bilhões em créditos financeiros. Ele defendeu a neutralidade tecnológica como princípio estratégico e apontou a renovação de frota como política pública essencial para reduzir emissões e melhorar a saúde pública. “Descarbonizar via renovação de frota é tão essencial não só para o meio ambiente, como também para a saúde. Isso precisa estar no debate público”, destacou. Segundo Igor, o Brasil já possui uma das frotas mais limpas do mundo, considerando sua matriz energética e o ciclo completo dos veículos.

Na sequência, Rodrigo Abramof (Petrobras) explicou as diferenças entre o biodiesel e o diesel com conteúdo renovável, ressaltando que ambos são complementares e utilizam a mesma matéria-prima. Ele apresentou os avanços da empresa na produção de combustíveis sustentáveis, como o diesel R5 e o SAF por coprocessamento, já disponíveis em cinco refinarias. “A grande diferença está no processo. O diesel com conteúdo renovável, por hidrogenação, tem estabilidade e desempenho iguais ao diesel mineral. Só um teste de carbono-14 consegue distingui-los”, explicou.

Abramof também anunciou a construção de uma planta dedicada em Cubatão (SP), com previsão de operação em 2030, capaz de produzir combustíveis 100% renováveis. “É um investimento de US$ 1 bilhão que vai permitir produzir diesel verde ou SAF, conforme a demanda do mercado.”

Já Francisco Mazon (Viação Santa Cruz) compartilhou a experiência da empresa com o uso de biometano em ônibus rodoviários, em parceria com a Scania. Os testes iniciais apontam desempenho equivalente ao diesel, mas ainda enfrentam desafios relacionados ao custo da infraestrutura e à autonomia dos veículos. “O biometano tem potencial para transformar um problema social (o lixo) em solução ambiental. Visitei uma usina em Campinas (SP) e vi que até 95% do lixo pode ser reaproveitado”, relatou. Ele também mencionou limitações técnicas, como o peso dos cilindros e o impacto na capacidade de bagagem, que ainda precisam ser superadas para que o modelo ganhe escala.

Enquanto Mazon apresentou a visão do transporte de passageiros, Marcos Vilela Ribeiro (Bravo Serviços Logísticos) abordou as iniciativas voltadas ao transporte de cargas. O CEO destacou a estratégia da empresa para reduzir sua pegada de carbono, que inclui diagnóstico com o protocolo GHG, revisão da malha logística e investimentos em biometano. A Bravo instalou um posto off-grid em Paulínia (SP) e adquiriu 23 caminhões movidos a gás renovável, alcançando até 90% de redução de emissões em rotas curtas.

“A primeira transformação foi entender que precisamos mudar. Se quisermos perpetuar nosso negócio, teremos que agir de forma diferente”, afirmou. Marcos também ressaltou a importância da capacitação de motoristas e da estabilidade regulatória para viabilizar investimentos de longo prazo. “Estamos investindo em algo que tem impacto nos próximos dez ou 15 anos. Precisamos de regras claras e políticas públicas que permitam isso.”

Encerrando o painel, Cynthia Ruas Vieira Brayer reforçou que a transição energética no transporte depende de uma atuação conjunta entre governo, iniciativa privada e sociedade. Para ela, o avanço das tecnologias e das práticas sustentáveis precisa estar acompanhado de mecanismos de financiamento e políticas públicas que garantam escala e continuidade.

“A gente está falando de um sistema de logística, então não tem como fazer o trabalho sozinho. É uma rede, é um sistema, é um trabalho coordenado e cooperativo. Cada um está fazendo uma parte desse trabalho. E, quando você gira, tudo volta ao dinheiro. É caro, mas também vai trazer benefícios de eficiência na produção, eficiência energética e bem-estar para a sociedade. No final, a gente precisa pensar em como vamos financiar, ou seja, em como vamos trazer os recursos mais adequados para construir esse futuro mais rapidamente”, concluiu.

A décima edição do Fórum CNT de Debates contou com o patrocínio de Dunlop, Embarca, Fepasc (Federação das Empresas de Transporte de Passageiros dos Estados do Paraná e Santa Catarina) e Abralog (Associação Brasileira de Logística).

Fonte: Agência CNT Transporte Atual 

Braspress transforma filial de Cantareira em unidade carbono zero com novas vans elétricas

Notícias 29 de outubro de 2025

A transportadora Braspress entregou quatro novas vans elétricas à sua filial de Cantareira, na Zona Norte de São Paulo, na segunda-feira (27), como parte do plano de tornar a unidade totalmente livre de emissões de carbono.

O diretor-presidente da empresa, Urubatan Helou, afirmou que a decisão está ligada ao alto índice de poluição da região. “São Paulo possui 80 medidores de poluição da CETESB, e as duas áreas mais poluídas da cidade são a Zona Oeste e Cantareira. Por isso, decidimos transformar esta filial em uma operação carbono zero”, explicou.

As novas vans são do modelo eSprinter 320, da Mercedes-Benz, com capacidade de carga de 1.240 kg e autonomia de 329 km. Elas se somam às sete frotas elétricas já em operação na unidade, incluindo três vans e três caminhões da JAC Motors e um caminhão 710 eletrificado da Mercedes-Benz.

Atualmente, a filial possui 39 veículos, entre próprios e agregados movidos a diesel. Com a ampliação da frota elétrica, 11 veículos passam a ser totalmente eletrificados. A empresa projeta que, até junho de 2026, toda a frota da unidade será elétrica.

A unidade de Cantareira funciona como um Centro de Apoio Operacional Braspress (CAOB) e atende à região central de São Paulo, com foco em percursos curtos. São realizadas, diariamente, cerca de 760 coletas, 450 entregas e mais de 300 recebimentos.

Participaram da cerimônia os diretores Milton Petri (vice-presidente), Luiz Carlos Lopes (Operações) e Urubatan Junior (Frota), além de gerentes das áreas de Operações e Frota da companhia.

Fonte: Transporte Moderno

Empresas de transporte de cargas ganham apoio da NTC&Logística e Domani Global para atender à nova legislação climática

Notícias 29 de outubro de 2025

A Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) firmou uma parceria estratégica com a Domani Global, empresa especializada em soluções ESG e gestão de emissões, com o objetivo de apoiar as transportadoras brasileiras na adequação às novas exigências ambientais previstas na Lei nº 14.948/2024.

A legislação criou o Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE), que obriga empresas que emitem acima de 10 mil toneladas de CO2 equivalente (CO2e) por ano a reportarem suas emissões de gases de efeito estufa. Já as que ultrapassam 25 mil toneladas anuais devem apresentar também um plano de mitigação e compensação, alinhado aos compromissos climáticos nacionais.

Segundo levantamento da PwC Brasil (2024), 62% das grandes empresas brasileiras já adotam práticas ESG estruturadas, e o movimento se estende agora para empresas de médio e pequeno porte, impulsionado por exigências legais, pressão de mercado e compromissos com cadeias de suprimento mais sustentáveis.

Neste contexto, a parceria entre NTC&Logística e Domani Global visa facilitar o acesso das empresas do setor de transporte a soluções completas, acessíveis e adaptadas ao seu porte e nível de maturidade em sustentabilidade.

Serviços disponíveis para empresas associadas à NTC&Logística

  • Inventário de Emissões de GEE (Gases de Efeito Estufa)
    Realizado nos escopos 1, 2 e 3, de acordo com normas internacionais e exigências da legislação brasileira.
  • Plataforma Domani SaaS – Sustainability as a Service
    Plataforma digital e intuitiva para gestão ESG, monitoramento mensal e geração automática de relatórios.
  • Diagnóstico ESG personalizado
    Avaliação estratégica para identificação de pontos críticos, oportunidades de melhoria e adequação às exigências regulatórias.
  • Plano de Descarbonização
    Desenvolvimento de estratégias para redução e compensação de emissões, com metas realistas e acompanhamento técnico.
  • Treinamentos e Capacitações
    Cursos voltados a equipes técnicas e comerciais, com certificação, para aplicação de boas práticas de sustentabilidade no transporte.
  • Certificação e Selo Carbono Neutro
    Empresas que realizarem compensações por meio da Domani poderão receber o Selo, conferindo visibilidade e posicionamento no mercado.
  • Atendimento personalizado com especialistas no setor
    Equipe técnica com conhecimento específico do Transporte Rodoviário de Cargas, facilitando a implementação das soluções.

Além disso, a estrutura dos pacotes foi elaborada para atender empresas de todos os tamanhos – de micro e pequenas transportadoras até grandes operadores logísticos –, com valores reduzidos e condições especiais para associadas da NTC&Logística, utilizando o código de desconto NTC15.

Serviço

Domani Global – Sustentabilidade para o Transporte de Cargas

E-mail: contato@domani.global

Telefone/WhatsApp: +55 11 99559-8402

Site: www.domani.global

Redes sociais: LinkedIn, Instagram e outras plataformas oficiais

Código de desconto para associados da NTC&Logística: NTC15

Fonte: NTC&Logística 

Descubra quem precisa realizar exame toxicológico e como é feito

Notícias 29 de outubro de 2025

O exame toxicológico é exigido desde 2015, para todo o motorista que mantém ou pretende obter a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) nas categorias: C, D ou E.

É um procedimento que só pode ser realizado em laboratórios credenciados pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).

Para sua realização é coletada uma pequena amostra de cabelos ou pelos. Isso porque, quando há o uso de substâncias tóxicas, ela é absorvida e fica armazenada na queratina presente nos fios do corpo.

O que a atualização do CTB muda no exame toxicológico?

Na atualização do CTB, o exame toxicológico continua a ser obrigatório aos motoristas com até 69 anos e a multa para quem tiver com ele vencido há mais de 30 dias é de R$1.467,35, aplicando-se esta penalidade também com relação aos exames toxicológicos periódicos, que devem ser realizados a cada 2 anos e 6 meses.

O resultado, tanto positivo ou negativo, será inserido no RENACH (Registro Nacional de Condutores Habilitados) – pelo laboratório credenciado, em que o condutor realizou o exame, e será por este meio que, a fiscalização irá verificar se o condutor incorreu ou não, nas penalidades previstas.

De quem é a responsabilidade do Exame Toxicológico?

A manutenção da CNH é um requisito profissional. Sem ela não dá para o profissional condutor exercer a atividade de motorista, portanto o Exame Toxicológico feito para a renovação da CNH ou o que precisa ser realizado a cada 2 anos em 6 meses (periódico) – é dever do condutor.

Já nos processos de admissão, demissão e realização do exame periódico de motoristas profissionais são de responsabilidade das empresas.

Minha empresa precisa de um laboratório para a realização do exame, como faço?

Com isso o SETCESP pode ajudar! A entidade possui uma parceria com a rede Caeptox e oferece o melhor custo benefício do mercado para as transportadoras. Além de credenciado pelo Denatran para reportar as informações, as análises da rede também são válidas para o registro no CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

A rede Caeptox também possui mais de 2.000 mil postos de atendimento para a coleta e o resultado sai em dois dias úteis após a coleta.

Entre em contato e solicite já seu exame toxicológico pelo (11) 2632-1044. Clique e confira os valores.

Ministério dos Transportes propõe curso teórico da CNH ainda no ensino médio

Notícias 29 de outubro de 2025

Certificado poderá ser aproveitado no processo de habilitação, reduzindo custos e etapas

s aulas teóricas de direção podem ganhar um novo endereço. Com a proposta do Ministério dos Transportes, de facilitar o acesso à carteira de habilitação, o curso teórico para obtenção do documento poderá ser oferecido ainda no ensino médio, dentro das escolas, como atividade extracurricular.

O objetivo é aproximar a educação para o trânsito do ambiente escolar, permitindo que os jovens concluam parte das etapas obrigatórias antes mesmo de completar 18 anos.

Além das escolas, o curso teórico também poderá ser oferecido pelas Escolas Públicas de Trânsito (EPTs), pelas autoescolas e por meio da plataforma digital disponibilizada pelo Ministério dos Transportes, ampliando o alcance e a democratização do aprendizado.

Do ensino médio à primeira habilitação

De acordo com o projeto, escolas públicas e privadas poderão se credenciar junto aos Departamentos Estaduais de Trânsito (Detrans) para oferecer o curso teórico com base no conteúdo definido pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). As aulas serão ministradas por instrutores de trânsito ou por professores da própria instituição, desde que capacitados conforme as regras da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran).

Os estudantes que tiverem frequência mínima de 75% e forem aprovados receberão um certificado de participação válido nacionalmente. Esse certificado será registrado no Renach (Registro Nacional de Condutores) e poderá ser aproveitado futuramente no processo de habilitação, reduzindo custos e etapas.

Cidadania e inclusão

Atualmente, 51% dos jovens entre 18 e 24 anos ainda não dirigem e não possuem CNH. Mais do que facilitar o acesso à habilitação, a proposta tem um forte viés educativo e social: ao levar o tema para a sala de aula, o Ministério dos Transportes busca formar jovens mais conscientes, empáticos e preparados para o trânsito, estimulando uma nova cultura de respeito e segurança nas vias.

O modelo também favorece a inclusão, ao permitir que escolas públicas ofereçam o curso teórico gratuitamente, abrindo oportunidades para milhares de jovens que sonham em conquistar a primeira habilitação.

A minuta de Resolução que trata da CNH acessível está disponível nas plataformas Participa + Brasil e Brasil Participativo. Toda a sociedade está convidada a enviar sugestões até o dia 2 de novembro e contribuir para a construção de um modelo de formação de condutores mais moderno e democrático.



FONTE: Ministério dos Transportes/ FOTO: Ministério dos Transportes

Transmissão exclusiva da NTC&Logística orienta associados sobre a fiscalização eletrônica da ANTT e o Piso Mínimo de Frete

Notícias 29 de outubro de 2025

A NTC&Logística realizou, no dia 28 de outubro de 2025, uma transmissão exclusiva para associados, com o tema “Fiscalização Eletrônica da ANTT e Piso Mínimo de Frete: o que o transportador precisa saber agora”. O evento reuniu mais de duas horas de conteúdo técnico e institucional, com explicações atualizadas sobre as exigências da Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas e os impactos da intensificação da fiscalização eletrônica no setor.

O encontro contou com a participação do presidente da NTC&Logística, Eduardo Rebuzzi; do diretor jurídico, Dr. Marcos Aurélio Ribeiro; da assessora jurídica, Dra. Gil Menezes, e do assessor técnico do DECOPE, engo Lauro Valdivia, sob a mediação de Rodrigo Bernardino, assessor de Comunicação e Imprensa da entidade.

Na abertura da transmissão, o presidente Eduardo Rebuzzi salientou a representatividade e a responsabilidade institucional da NTC&Logística nas pautas que envolvem o setor. Ele destacou o trabalho da entidade no acompanhamento das demandas e desafios do transporte no Brasil, acrescentando que a efetiva participação das empresas associadas é fundamental para fortalecer ainda mais essa atuação, ampliando a capacidade da NTC&Logística de defender e apoiar o setor.

Sobre o tema da transmissão, Rebuzzi afirmou: “Todos sabemos que o mercado é altamente competitivo e, por isso, precisamos estar atentos aos impactos regulatórios e operacionais que influenciam diretamente nossa atuação. É fundamental que as transportadoras estejam preparadas para cumprir aquilo que está em vigor e ajustar continuamente as suas operações e áreas comerciais para garantir segurança e competitividade.”

Em seguida, Dr. Marcos Aurélio Ribeiro apresentou o histórico da legislação e o cenário atual do processo que tramita no Supremo Tribunal Federal (ADI 5956). O diretor jurídico também explicou a diferença entre multas administrativas aplicadas pela ANTT e indenização prevista em lei, destacando os direitos do transportador e o processo adequado de defesa em caso de autuação.

Coube à assessora jurídica, Dra. Gil Menezes, a explanação das principais penalidades e condutas que podem gerar infração, acentuando a necessidade de compliance documental, já que as verificações realizadas pela ANTT, hoje, utilizam o cruzamento de dados eletrônicos do MDF-e e do CIOT. Ela assegurou que muitas controvérsias já estão sendo tratadas diretamente pela NTC&Logística junto à Agência, para trazer mais clareza às empresas que operam corretamente.

Na parte técnica, Lauro Valdivia elucidou de forma prática quando o piso mínimo se aplica e quem é responsável pela sua observância, abordando cenários reais que geram dúvidas nas transportadoras. Valdivia explicou, ainda, situações em que não há enquadramento, como operações específicas ou diferentes tipos de contratação, chamando atenção para cuidados essenciais na operação e no relacionamento com embarcadores e subcontratados.

A interação dos associados foi dinâmica no decorrer do encontro, com respostas ao vivo e diálogo constante. As questões adicionais enviadas pelos participantes continuarão sendo tratadas diretamente pelas áreas técnica e jurídica da entidade, garantindo que todos recebam orientação adequada.

Rebuzzi ratificou que a NTC&Logística seguirá atuando fortemente junto aos órgãos governamentais e às entidades do setor, contribuindo para avanços regulatórios que garantam maior segurança jurídica e competitividade às empresas de transporte. O presidente também lembrou que a aproximação com os associados tem sido prioridade constante da entidade: “Seguiremos trabalhando de maneira integrada, com nosso departamento técnico, jurídico e nossos parceiros institucionais, sempre atentos às necessidades do TRC. Esta transmissão foi mais uma oportunidade de estar perto de vocês, ouvindo demandas reais e contribuindo com orientações que fazem diferença na prática das empresas. Esse movimento será contínuo, porque é assim que a NTC&Logística se fortalece e fortalece o setor”.

A gravação da transmissão ficará disponível na área exclusiva do associado, mediante login no portal da NTC&Logística. Além disso, está aberta a pesquisa de satisfação, para que os associados contribuam com sugestões e indiquem temas prioritários para novos encontros técnicos ligados às necessidades reais do Transporte Rodoviário de Cargas.

Pesquisa de satisfação: https://forms.gle/UtcCL9jveQ67okmt9

A NTC&Logística reafirma seu compromisso com o desenvolvimento do transporte nacional e seguirá ampliando iniciativas de aproximação cada vez maior entre a entidade e as empresas associadas, oferecendo orientação técnica, segurança jurídica e representação institucional.

Fonte: NTC&Logística

Semicondutores: fábricas de caminhões e ônibus no Brasil estão em alerta diante de nova crise global

Notícias 27 de outubro de 2025

A indústria automotiva brasileira acompanha com atenção uma nova crise global de semicondutores que ameaça interromper a produção de veículos, incluindo caminhões e ônibus, no país em questão de semanas. A preocupação foi reforçada pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que alerta para o risco de paralisação das fábricas e reforça a necessidade de ação do governo federal.

A nova escassez decorre de tensões geopolíticas recentes, após o governo holandês assumir o controle da Nexperia, fabricante de semicondutores subsidiária de um grupo chinês. Em retaliação, a China impôs restrições à exportação de componentes eletrônicos, afetando a produção de veículos na Europa e colocando em risco o abastecimento de fabricantes no Brasil.

“Com 1,3 milhão de empregos em jogo em toda a cadeia automotiva, é fundamental buscar uma solução em um momento já desafiador, marcado por altos juros e desaquecimento da demanda”, afirmou, em comunicado, o presidente da Anfavea, Igor Calvet.

Um veículo moderno utiliza, em média, entre 1 mil e 3 mil chips. Sem esses componentes, as linhas de produção não conseguem operar. A entidade afirma que já alertou o governo sobre a necessidade de medidas rápidas e decisivas para evitar desabastecimento crítico.

Impactos e complexidade do fornecimento

O coordenador de cursos da área automotiva da FGV, Antonio Jorge Martins, explicou ao portal Transporte Moderno que o risco de paralisação não decorre apenas da crise geopolítica envolvendo a Holanda e a China. “Existe também uma redução da produção de autopeças na Europa motivada pelo aumento da competitividade de fornecedores chineses e por dificuldades de exportação para mercados como os Estados Unidos e a China”, explica.

Para Martins, a consequência é dupla: além da questão pontual dos semicondutores, a redução de produção de autopeças europeias pode afetar a indústria brasileira, que importa parte desses componentes das matrizes internacionais. “Embora ainda não sintamos diretamente os efeitos no Brasil, a dependência de projetos de matriz limita a autonomia das fábricas locais”, afirma. Ele também observa que nem todas as fabricantes são igualmente impactadas.

Perspectivas e cautela

Apesar da preocupação, Martins aponta que nem todos os alertas correspondem a problemas imediatos de abastecimento. “Algumas fábricas podem estar utilizando a narrativa da escassez de semicondutores para justificar ajustes internos de produção. O efeito geopolítico é real, mas o impacto direto ainda é incerto”, diz.

Martins aponta que, no cenário europeu, fabricantes como Bosch, ZF e Continental estão reduzindo quadro de funcionários e capacidade de produção, um reflexo da pressão competitiva chinesa. “No Brasil, a entrada de produtos chineses ainda é limitada, sem afetar significativamente componentes de maior valor agregado.”

A Anfavea e o professor da FGV concordam que a situação exige acompanhamento contínuo. A indústria brasileira de caminhões e ônibus, embora ainda não impactada diretamente, observa com atenção os desdobramentos da disputa global por semicondutores, que pode definir a estabilidade da produção nacional nos próximos meses.

Consultadas pelo portal Transporte Moderno, a Volvo informou em nota que “está monitorando de perto essa questão e iniciou o mapeamento da cadeia de fornecedores para avaliar eventual impacto”. Já a Mercedes-Benz afirma que “está em contato constante com seus fornecedores e, atualmente, não há impacto na produção”. As demais fabricantes de caminhões e ônibus ainda não haviam se manifestado até o fechamento desta reportagem.

Fonte: Transporte Moderno

Ministro dos Transportes projeta R$ 200 bilhões em investimentos rodoviários

Notícias 27 de outubro de 2025

O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB-AL), projeta R$ 200 bilhões de investimentos contratados em rodovias cedidas à iniciativa privada até o final do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em dezembro de 2026.

Ele esteve na B3 para o leilão do lote quatro de rodovias do Paraná, realizado, em São Paulo, nesta quinta-feira (23). O certame foi vencido pelo Consórcio Infraestrutura PR, composto por EPR Participações e o fundo de investimento Perfin.

Segundo o ministro, até o fim de 2025 vai acontecer um novo leilão rodoviário a cada semana. No próximo dia 30, será licitado mais um lote de estradas paranaenses.

“É um conjunto de leilões muito arrojado. É algo muito significativo que o país tenha feito 24 leilões desde o início de concessão, em 1998, até 2022 e nós vamos terminar este ano com 22 leilões e faremos mais 14 no ano que vem”, disse Renan Filho.

A última concessão deste ano será, de acordo com o Ministério dos Transportes, a Fernão Dias (BR-381), ligando São Paulo a Belo Horizonte.

Pelos números da pasta, as rodovias são responsáveis por R$ 200 bilhões dos R$ 300 bilhões de investimentos contratados por concessões no governo Lula. Os outros leilões são portuários, de aeroportos e conservação de florestas.

Em todos os certames na B3 com participação de ministros, eles têm batido na tecla de que a queda dos juros vai melhorar a condição para investimentos. Renan Filho disse isso nesta quinta-feira da mesma forma que o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), o fez na quarta-feira (22), na concessão do canal de acesso do porto de Paranaguá.

“Se a taxa de juros cair, facilita mais ainda, melhor. Mas não atrapalha decisivamente os projetos com esse novo arranjo que a gente tem feito. Debêntures de infraestrutura têm garantido que a gente eleve em muito o investimento a custos menores do que a taxa de juros de curto prazo. A leitura que o mercado faz é de uma taxa de longo prazo e são contratos de 30 anos”, completa.

Renan Filho citou o caso da empresa Pátria, que venceu o primeiro lote de rodovias do Paraná e conseguiu investimentos dos fundos soberanos de Singapura e Arábia Saudita. Estes são remunerados a taxas de 2% ao ano, menor do que a Selic atual no Brasil (15%).

Fonte: Folha de S. Paulo 

CNT e CNTTT apresentam proposta de emenda constitucional para fortalecer a segurança jurídica nas relações de trabalho do transporte

Notícias 27 de outubro de 2025

A CNT (Confederação Nacional do Transporte) e a CNTTT (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Terrestres) apresentaram, de forma conjunta, uma proposta de texto para a PEC nº 22/2025, que tramita no Congresso Nacional. O documento foi encaminhado à liderança do Partido dos Trabalhadores no Senado, e propõe a inclusão, na Constituição Federal, de um dispositivo que reconheça a convenção coletiva como instrumento legítimo para a regulamentação de condições específicas de trabalho em categorias do transporte de cargas e passageiros.

A proposta tem o objetivo de aprimorar as relações laborais, fortalecer a segurança jurídica e valorizar o diálogo entre empregadores e trabalhadores do setor. O texto sugere que a Constituição passe a prever expressamente a possibilidade de convenções coletivas estabelecerem condições diferenciadas de trabalho, respeitando as particularidades operacionais de atividades que exigem regimes especiais de jornada, descanso e remuneração.

Entre os pontos previstos na minuta está a autorização para que leis ou convenções coletivas definam regras específicas sobre jornada de trabalho e escalas, fracionamento de intervalos, descanso semanal, regimes de prontidão e sobreaviso, além de critérios específicos de remuneração para períodos de espera e tempo à disposição. A proposta também assegura que tais acordos respeitem os direitos fundamentais do trabalhador e busquem o equilíbrio entre proteção laboral e eficiência operacional.

A justificativa encaminhada ao Senado destaca que a proposta é fruto de consenso entre empregadores e trabalhadores e está em consonância com a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) no Tema 1.046, que reconheceu a validade da negociação coletiva para ajuste de condições laborais. A PEC visa, portanto, dar respaldo constitucional à atuação sindical e reduzir interpretações divergentes que hoje geram insegurança jurídica.

De acordo com o ofício conjunto assinado pela CNT e pela CNTTT, a proposta não reduz direitos, mas moderniza a regulamentação para garantir segurança jurídica e viabilidade econômica, sem comprometer a proteção ao trabalhador. A flexibilização é essencial para garantir o equilíbrio entre eficiência operacional e direitos trabalhistas, permitindo que o ordenamento jurídico acompanhe a evolução do mercado e as necessidades da sociedade contemporânea.

Acesse aqui o documento na íntegra.

Fonte: Agência CNT Transporte Atual 

NTC&Logística orienta transportadores sobre adesão à notificação eletrônica da ANTT

Notícias 22 de outubro de 2025

A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), atenta aos problemas que temos relatado e que são enfrentados pelo transportador para solucionar questões relativas às multas lavradas pela Agência – falta e demora na notificação do autuado; dificuldade de acesso aos autos de infração; dificuldade para o pagamento da multa; a indevida inclusão do nome de empresas autuadas no CADIN – Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal, gerando restrições ao exercício da atividade empresarial – decidiu atender antiga demanda do setor já prevista na regulamentação, facilitando o acesso às informações sobre as multas aplicadas.

A NTC&Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística) traz esclarecimentos necessários sobre a medida adotada pela Agência, que poderá dar ao empresário de transporte maior segurança jurídica e transparência nas informações sobre a lavratura de autos de infração e o caminho para receber notificação pela via eletrônica, possibilitando a defesa e o seu pagamento.

A Resolução nº 6.051/24 alterou o anexo da Resolução nº 5.083/16, incluindo o Sistema de Notificação Eletrônica e a possibilidade de pagamento das multas da ANTT com desconto de 40%, conforme as condições dispostas no art. 83-A.

Cabe ressaltar que as disposições acima não se aplicam aos autos de infração lavrados com base no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), por exemplo, de excesso de peso e evasão de balança.

Havendo interesse em receber suas notificações de forma eletrônica e garantir o desconto de 40%, o usuário deverá seguir as orientações abaixo:

1. Acesse a Área do Autuado da ANTT por meio do link: https://appweb1.antt.gov.br/spmi

2. Realize o cadastro, se você ainda não o possui – é simples e intuitivo.

3. No menu, selecione a opção “Notificação Eletrônica”. Para confirmar a adesão será necessário dar o aceite no “Termo de Adesão à Notificação Eletrônica”, onde o usuário toma ciência de que:

a) abrange somente as infrações de transporte;

b) deixará de receber as notificações pelos Correios;

c) notificações serão automaticamente inseridas no sistema;

d) o pagamento com 40% de desconto está condicionado à renúncia tácita ao direito de impor defesa e recurso.

4. Após o cadastro, as notificações referentes aos autos de infração de transporte serão disponibilizadas nos seguintes locais:

Acesse o documento oficial aqui.

ALERTA: Considerando que os prazos para apresentação de defesa e recurso passam a contar a partir da disponibilização da notificação no SIFAMA – Sistema Integrado de Fiscalização, Autuação, Multa e Arrecadação, mesmo sem leitura pelo usuário, a NTC&Logística recomenda, aos seus associados interessados na Notificação Eletrônica da ANTT, que adotem rotina diária de monitoramento da Caixa Postal gov.br e da Área do Autuado (SPMI), pois a tramitação será mais célere.

Jurídico NTC& Logística

Transporte de cargas sustentável é lei: saiba como adequar sua empresa com o apoio da NTC&Logística e da Domani Global

Notícias 21 de outubro de 2025

A Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) firmou uma parceria estratégica com a Domani Global, empresa especializada em soluções ESG e gestão de emissões, com o objetivo de apoiar as transportadoras brasileiras na adequação às novas exigências ambientais previstas na Lei nº 14.948/2024.

A legislação criou o Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE), que obriga empresas que emitem acima de 10.000 tCO2e (dez mil toneladas de dióxido de carbono equivalente) por ano a reportarem suas emissões de gases de efeito estufa. Já as que ultrapassam 25.000 tCO2e anuais devem apresentar também um plano de mitigação e compensação, alinhado aos compromissos climáticos nacionais.

Segundo levantamento da PwC Brasil (2024), 62% das grandes empresas brasileiras já adotam práticas ESG estruturadas, e o movimento se estende agora para empresas de médio e pequeno porte, impulsionado por exigências legais, pressão de mercado e compromissos com cadeias de suprimento mais sustentáveis.

Neste contexto, a parceria entre NTC&Logística e Domani Global visa facilitar o acesso das empresas do setor de transporte a soluções completas, acessíveis e adaptadas ao seu porte e nível de maturidade em sustentabilidade.

Serviços disponíveis para empresas associadas à NTC&Logística

  • Inventário de Emissões de GEE (Gases de Efeito Estufa)

Realizado nos escopos 1, 2 e 3, de acordo com normas internacionais e exigências da legislação brasileira.

  • Plataforma Domani SaaS – Sustainability as a Service

Plataforma digital e intuitiva para gestão ESG, monitoramento mensal e geração automática de relatórios.

  • Diagnóstico ESG personalizado

Avaliação estratégica para identificação de pontos críticos, oportunidades de melhoria e adequação às exigências regulatórias.

  • Plano de Descarbonização

Desenvolvimento de estratégias para redução e compensação de emissões, com metas realistas e acompanhamento técnico.

  • Treinamentos e capacitações

Cursos voltados a equipes técnicas e comerciais, com certificação, para aplicação de boas práticas de sustentabilidade no transporte.

  • Certificação e Selo Carbono Neutro

Empresas que realizarem compensações por meio da Domani poderão receber o selo, conferindo visibilidade e posicionamento no mercado.

  • Atendimento personalizado com especialistas no setor

Equipe técnica com conhecimento específico do transporte rodoviário de cargas, facilitando a implementação das soluções.

Além disso, a estrutura dos pacotes foi elaborada para atender empresas de todos os tamanhos – de micro e pequenas transportadoras até grandes operadores logísticos –, com valores reduzidos e condições especiais para associadas da NTC&Logística, utilizando o código de desconto NTC15.

Serviço

Domani Global – Sustentabilidade para o Transporte de Cargas

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Fonte: NTC&Logística

Carga rodoviária responde por quase metade das emissões do transporte no Brasil

Notícias 20 de outubro de 2025

Segunda maior fonte de emissões do país, o setor de transportes lançou cerca de 240 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO2e) em 2023. O modal rodoviário respondeu por 93% desse total e o de carga rodoviária, por quase metade. O desafio de reduzir a pegada de carbono desse último segmento, estratégico e essencial no país, é grande, mas já conta com alternativas como caminhões elétricos e movidos a biocombustíveis.

É o que aponta um estudo da McKinsey, ao qual o Valor teve acesso, e que analisa a descarbonização do transporte rodoviário no Brasil. A pesquisa mostra que o avanço das regulamentações, a maior pressão corporativa e a expansão da oferta de fontes de energia mais sustentáveis já contribuem para a redução de emissões nas estradas. Mas, segundo a consultoria, é preciso agir rápido para que essas iniciativas ganhem tração.

“Já há uma série de alavancas que o governo está colocando em pé. Estamos indo na direção certa. Agora, precisamos, tanto o setor privado quanto o público, pisar no acelerador”, diz Daniele Nadalin, sócio- associado da McKinsey. “Sem descarbonizar o transporte rodoviário de carga, não haverá uma descarbonização de fato do Brasil, dado o peso das emissões do setor”, acrescenta.

O estudo cita como exemplos de normas que incentivam a descarbonização nas estradas programas federais como o de Mobilidade Verde e Inovação (Mover), que criou o IPI Verde para quem polui menos, e o de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve), que desde janeiro estabelece novos limites máximos de emissões para veículos novos.

O levantamento também destaca o aumento no número de empresas participantes do Programa Brasileiro “GHG Protocol”, metodologia internacional mais usada para inventário de emissões. Segundo a McKinsey, o número de companhias aderentes mais que triplicou desde 2020, alcançando 539 em 2024. O setor de transportes e armazenagem é o segundo com mais empresas participantes.

Outro ponto positivo é o avanço da produção de biometano: a estimativa é que a produção anual no país alcance 1,6 bilhão de metros cúbicos em 2026 e chegue a 2,9 bilhões de metros cúbicos até 2032.

“O Brasil tem uma oportunidade gigantesca de se tornar líder na adoção de diversas tecnologias. E não precisa haver uma vencedora, porque elas podem coexistir e criar um ecossistema entre biometano, gás natural e elétricos, em que cada um encontra seu espaço e contribui para uma adoção mais ampla”, afirma Victor Stephan, sócio-associado da McKinsey.

Segundo o levantamento, o país somou 121 postos de abastecimento rápido de gás em 2024, quase o triplo dos 45 registrados em 2023. “Se não houver infraestrutura adequada de carregamento elétrico, abastecimento de biometano e biocombustíveis, será difícil ampliar o uso desses veículos”, alerta Nadalin.

Os avanços, embora positivos, ainda estão aquém do necessário para ampliar a escala da descarbonização. “A infraestrutura não é suficiente para escalar essas novas tecnologias, tanto a de carregamento de veículos elétricos quanto a de abastecimento de combustíveis verdes”, afirma Nadalin.

Para Jorge Cerezo, sócio-líder da McKinsey, 90% dos executivos do setor de transporte rodoviário apontam o custo como o principal fator que desestimula iniciativas de baixo carbono. Ele defende que é preciso desmistificar a ideia de que soluções sustentáveis são sempre mais caras. “É claro que haverá situações em que o ‘verde’ custará mais, mas em outras ele já se mostra competitivo”, diz.

Segundo Cerezo, quase metade do esforço necessário para atingir a meta de carbono zero no setor pode vir da otimização de malhas logísticas e do uso de ferramentas como a inteligência artificial, sem necessidade de grandes investimentos.

A outra metade, afirma, deve vir da mudança na matriz energética, seja com caminhões elétricos, mais sustentáveis e que contam com casos positivos em pequenas e médias distâncias, ou movidos a biocombustíveis, mais competitivos para longas distâncias.

“É preciso que as empresas realmente estruturem um plano e entendam que não é só com grandes investimentos de capital que se alcança o ‘net zero’. É necessário avaliar todas as opções e aproveitar toda a gama de alternativas disponíveis”, acrescenta Nadalin.

Segundo a McKinsey, escalar o uso de caminhões elétricos ou movidos a biocombustíveis e outras tecnologias de carbono zero dependerá tanto da oferta de veículos quanto da infraestrutura capaz de atendê-los, como postos de abastecimento e pontos de recarga.

Nadalin explica que, à medida que a presença desses veículos crescer nas estradas, o investimento privado em infraestrutura deve acompanhá-la. “Se sou um investidor em infraestrutura de carregamento ou abastecimento, quero que haja demanda, com muitos caminhões desse tipo nas ruas. Ou seja, há esse dilema, tem que vir primeiro o ovo e depois a galinha, ou vice-versa”, diz.

O setor público, no entanto, pode acelerar o processo ao incentivar a produção de veículos verdes e o desenvolvimento de infraestrutura de suporte. Também pode criar padrões para abastecimento e recarga, para tornar o mercado mais previsível.

“O posto de gasolina, em qualquer lugar do Brasil, funciona da mesma forma. Isso precisa ser aplicado ao mundo verde também. Ainda temos carregadores diferentes e não temos um padrão claro para biocombustíveis”, afirma Nadalin.

“É preciso fortalecer o que já vem sendo feito, criar padrões para que a indústria se sinta segura e incentivar, de fato, a redução de impostos e a concessão de incentivos fiscais para investimentos em infraestrutura verde”, completa o executivo.

FONTE: Valor Econômico

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