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Executiva do transporte reforça estratégias de segurança contra roubo de cargas
Notícias 25 de maro de 2025
O roubo de cargas segue sendo um dos desafios mais críticos para o Transporte RODOVIáRIO de Cargas no Brasil, impactando diretamente empresas, consumidores e a economia nacional. Segundo a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), apesar da queda no número de ocorrências nos últimos anos, os prejuízos financeiros continuam alarmantes. Em 2024, foram registrados 10.478 roubos em todo o país, uma redução de 11% em relação a 2023 e de 59,6% em comparação a 2017. No entanto, o valor das mercadorias subtraídas aumentou 21% em um ano, chegando a R$ 1,217 bilhão, evidenciando que os criminosos estão cada vez mais estratégicos e focando em cargas de alto valor.
Diante desse cenário de incertezas, empresas como a Zorzin Logística têm adotado estratégias para mitigar os riscos e garantir a segurança de suas operações. Gislaine Zorzin, diretora administrativa da transportadora, destaca que a empresa baseia suas ações em três pilares principais: prevenção, monitoramento em tempo real e atuação em rede.
“Adotamos um protocolo de análise de risco para cada operação, levando em consideração as rotas mais críticas e os horários mais sensíveis. Os motoristas passam por treinamentos contínuos sobre segurança, comportamento em situações de risco e acionamento de protocolos emergenciais. Nosso gerenciamento de risco é próprio e acompanha as rotas online, durante todo o trajeto”, comenta a executiva.
A implementação de estratégias como estas têm mostrado resultados positivos, reduzindo a exposição da frota a situações de risco e aumentando a eficiência operacional. “Temos um sistema de rastreamento avançado, com telemetria integrada e sensores inteligentes que detectam mudanças bruscas de trajeto ou paradas não programadas. Além disso, utilizamos bloqueadores remotos que permitem imobilizar o veículo em caso de tentativa de roubo”, acrescenta Gislaine.
Porém, apesar dos avanços, ainda existem desafios significativos a serem enfrentados. A falta de fiscalização e policiamento em áreas de risco, penalizações brandas para criminosos e a necessidade de maior integração tecnológica entre transportadoras e forças de segurança pública são pontos críticos.
Deste modo, Gislaine reforça que a segurança no transporte de cargas não depende apenas das empresas: “É necessária uma ação conjunta entre transportadoras, entidades de classe e órgãos públicos para coibir o avanço da criminalidade e criar um ambiente mais seguro para toda a atividade logística”, conclui.
Fonte: Porto Gente
Manutenção preventiva é a melhor solução para um transporte de cargas seguro e eficiente
Notícias 24 de maro de 2025
A manutenção preventiva é uma medida eficaz para garantir que os transportes de carga trafeguem de forma mais segura e gerem ainda mais economia. De acordo com um estudo do Grupo de Manutenção Automotiva, a manutenção corretiva é 40% mais cara do que a manutenção preventiva. Isso ocorre porque a manutenção preventiva acontece periodicamente e pode prevenir danos mais graves nos veículos.
“Para o transporte de cargas, a manutenção preventiva é uma iniciativa essencial para assegurar a eficiência, segurança e sustentabilidade no cotidiano. Além de diminuir os custos com reparos emergenciais, também conseguimos diminuir o risco de acidentes, que podem afetar tanto a integridade dos motoristas quanto da carga que transportam”, explicou Arlan Rodrigues, presidente da Federação das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Nordeste (Fetranslog/NE).
Diferentemente dos carros de passeio, os caminhões devem passar pela manutenção preventiva em intervalos menores devido à maior carga de trabalho, exigências operacionais e condições de tráfego mais rigorosas.
Fonte: NTC&LOGÍSTICA
Financiamento de caminhões recua 4,4% no 1º bimestre com Selic a 13,25% ao ano
Notícias 20 de maro de 2025
Queda foi puxada por caminhões novos; mercado de seminovos e usados resiste com leve crescimento no período
A alta da taxa básica de juros (Selic), atualmente em 13,25% ao ano, já impacta diretamente o volume de financiamentos de caminhões no Brasil. De acordo com dados da B3 analisados pelo portal Transporte Moderno, os primeiros dois meses do ano registraram uma redução de 4,4% no crédito oferecido pelos bancos. No período, foram firmados 38.041 novos contratos de financiamento, uma queda de 4,4% em relação aos 39.790 do mesmo intervalo em 2024.
Na comparação mensal, também houve retração, mas em menor intensidade. Os dados da B3 apontam que, em fevereiro deste ano, foram financiados 20.456 caminhões, uma leve queda de 0,57% frente aos 20.573 de fevereiro passado. No entanto, o desempenho de fevereiro foi superior ao de janeiro, registrando alta de 16,34%, ante as 17.585 do primeiro mês do ano.
Caminhões novos puxam queda
A análise detalhada revela que a queda do bimestre foi puxada pelos financiamentos de caminhões novos. Entre janeiro e fevereiro, foram 16.861 unidades financiadas, uma redução de 10,98% em relação aos 18.940 do mesmo período do ano passado.
O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Marcio de Lima Leite, explica que o setor começa a sentir os impactos do aumento da Selic nos novos negócios firmados a partir deste ano. Ao comparar os resultados de janeiro e fevereiro, houve uma queda de 4,26% nos emplacamentos, passando de 9,4 mil para 9 mil unidades. Já Eduardo Freitas, vice-presidente da entidade, destaca que o segmento de caminhões pesados, que representa mais de 53% das vendas totais, já apresenta retração. “Isso está diretamente ligado à Selic, pois se trata de veículos com alto valor agregado e que dependem fortemente de financiamento”, explica.
Estratégias para driblar juros altos
Para Valter Viapiana, diretor superintendente da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (ANEF), as altas taxas de juros de financiamento impactam fortemente os custos para os operadores de transporte de cargas. “O que temos observado é o desenvolvimento de soluções de alongamento de prazos e ofertas segmentadas, para atender os transportadores, de forma que possam manter suas operações sustentáveis a longo prazo”, afirma.
Segundo o executivo, os bancos de montadoras têm buscado otimizar a oferta de produtos financeiros como, por exemplo, o financiamento de 100% dos ativos. “É uma opção que, combinada com carência, visa preservar o caixa dos clientes na hora de fazer uma renovação de frota. Por outro lado, para minimizar os impactos dos juros, alguns clientes têm efetivado entradas elevadas, inclusive via trade-in, reduzindo o montante financiado e ajustando as parcelas ao fluxo de caixa”, explica.
Prazos mais flexíveis e alternativas com pagamento de residual (“balão”) ao final do contrato têm sido boas alternativas para atender o atual cenário de juros elevados. “Isso está alinhado com a necessidade de oferecer soluções cada vez mais personalizadas”, conclui.
Próxima decisão do Copom pode agravar cenário
O Comitê de POLíTICA Monetária (Copom) se reúne nesta quarta-feira (19) para definir o novo patamar da taxa de juros. Atualmente em 13,25% ao ano, a expectativa do mercado é que a Selic seja elevada em mais 1 ponto percentual, alcançando 14,25%. Em sua primeira reunião do ano, em 29 de janeiro, o Copom já havia elevado a Selic de 12,25% para 13,25%, na quarta alta consecutiva. O ciclo de aperto monetário teve início em setembro do ano passado e segue influenciando as condições de crédito no país.
Marcello Larussa, diretor comercial do Banco Mercedes-Benz, destaca que as altas taxas de juros dificultam o acesso ao crédito e ao financiamento de caminhões. Ele ressalta que, com as demandas do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que vão gerar mais investimentos em infraestrutura, muitas empresas precisarão renovar e até mesmo ampliar suas frotas.
De acordo com o executivo, é importante que, a curto prazo, o governo lance programas de crédito mais competitivos para facilitar o financiamento por parte dessas empresas. “Embora o Finame, linha de crédito do BNDES, ofereça condições mais atrativas para a aquisição de caminhões e ônibus, apenas este não é suficiente. É necessário lançar soluções que tragam opções para os empresários e, assim, conseguiremos, juntos, impulsionar a economia do país”, afirma Larussa.
Seminovos e usados resistem
Em contrapartida, o segmento de caminhões usados apresentou crescimento no bimestre. Segundo dados da B3, foram 21.180 unidades financiadas, um avanço de 1,58% sobre as 20.850 do ano anterior. Em fevereiro, foram registrados 10.968 financiamentos, alta de 8,19% sobre os 10.138 de fevereiro de 2024 e aumento de 7,40% em relação aos 10.212 de janeiro.
Enilson Sales, presidente da Fenauto, disse no início deste mês ao portal Transporte Moderno que ainda é cedo para afirmar como o segmento de usados vai se comportar ao longo do ano”, pondera. “Nossa expectativa é positiva, desde que a inflação e a economia se mantenham estáveis e não haja surpresas”.
Fonte: Transporte Moderno
Senado debate infraestrutura para cumprimento da Lei dos Caminhoneiros
Notícias 20 de maro de 2025
Durante a sessão desta terça-feira (18), A Comissão de Infraestrutura (CI) do Senado Federal aprovou a realização de uma audiência pública para discutir aspectos da lei nº 13.103/2015, conhecida como Lei dos Caminhoneiros. A proposta foi apresentada pelo senador Esperidião Amin (PP-SC), por meio do requerimento REQ 11/2025 – CI, com o intuito de avaliar a viabilidade da legislação, especialmente no que se refere à estrutura disponível para descanso dos motoristas nas rodovias do país.
Amin ressaltou que a norma determina períodos obrigatórios de descanso para garantir a segurança dos profissionais, estipulando pausas de 30 minutos a cada seis horas de trabalho. No entanto, uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), emitida em 2023, estabeleceu que os caminhoneiros devem cumprir um intervalo ininterrupto de 11 horas a cada 24 horas trabalhadas.
Para o senador, essa exigência não condiz com a realidade das estradas brasileiras. “Os pontos de parada e descanso dos motoristas não foram construídos, há uma absoluta controvérsia entre o legal e o real. No meu estado, por exemplo, só existe um ponto de parada em rodovia federal, construído há menos de um ano. A decisão do Supremo é correta, bem como a aspiração dos profissionais pelo descanso, mas a realidade que temos é outra”, argumentou.
O presidente da CI, senador Marcos Rogério (PL-RO), concordou com a preocupação levantada e destacou que a precariedade das áreas de descanso nas rodovias afeta caminhoneiros em todo o país. Ele mencionou que já abordou o tema junto a órgãos reguladores, como a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran).
“Nas tratativas que fiz com a ANTT, do regulamento da Lei dos Caminhoneiros, o próprio órgão regulador coloca que, para se dar cumprimento à lei, era necessário que toda a infraestrutura fosse oferecida. O que ocorre hoje é que multas são aplicadas a esses motoristas, sem que a estrutura para o descanso e o repouso seja oferecida”, observou Rogério.
*Fonte: https://www.congressoemfoco.com.br/noticia/107058/senado-debate-infraestrutura-para-cumprimento-da-lei-dos-caminhoneiros
Presidente do Transcares participa de programa imersivo do Sest Senat que discute inovação e futuro do setor
Notícias 19 de maro de 2025
O futuro ainda não foi escrito, mas é nele em que depositamos nossas esperanças e construímos nossas projeções. Diante das incertezas, como se preparar para o que está por vir? Com essa provocação, mais de 80 executivos do setor de transporte foram desafiados a refletir sobre tendências e oportunidades em tempos de transformação digital. O pontapé inicial dessa jornada foi dado, nesse domingo (16), por Jeffrey Rogers, especialista em aprendizagem e inovação da Singularity University, durante a aula inaugural da segunda edição do Executive Program - Transformando o Transporte: inovação, liderança e tecnologia para o futuro. E o presidente do Transcares, Luiz Alberto Teixeira, estava entre os empresários presentes. Teixeira viajou a convite do presidente da Fetransportes, Renan Chieppe.
O evento, promovido pelo Sest Senat em parceria com a Singularity University, encerra nesta quarta-feira (19), em Embu das Artes (SP). Durante três dias de imersão, os participantes terão acesso a oficinas, palestras e debates sobre inovação, inteligência artificial e novas tecnologias aplicadas ao setor de transporte.
Transformação exponencial: o novo paradigma dos negócios
Segundo Jeffrey Rogers, há décadas ouvimos que estamos vivendo a fase mais incerta da história. Esse sentimento deve persistir, mas o que precisa mudar é a forma com que lidamos com a incerteza. O mundo linear já não cabe mais no empreendedorismo; e o futuro dos negócios exige uma visão exponencial, impulsionada pelas tecnologias emergentes.
Na sua visão, esse novo paradigma ficou mais evidente a partir de 2012, com o avanço da telefonia móvel e da economia digital. Um exemplo emblemático dessa transformação é o Airbnb, que revolucionou o setor de hospedagem ao introduzir um novo conceito de confiança e compartilhamento. “Uma das premissas da tecnologia exponencial é tornar os processos mais acessíveis, eficientes e democráticos, abrindo espaço para novas ferramentas e modelos de negócios”, destaca Rogers.
O impacto da inovação no transporte
A proposta do Executive Program é entender como essas mudanças impactam o setor de transporte no Brasil e fortalecer o protagonismo das empresas diante desse novo cenário. Para isso, as discussões giram em torno de desafios estratégicos, empreendedorismo e competitividade sustentável.
Para Rogers, desenvolver o pensamento exponencial é essencial para enfrentar um futuro incerto. Isso significa apostar em moonshots, aquelas ideias ousadas que visam a um crescimento exponencial e a soluções transformadoras para os desafios do setor.
Nesse contexto, a inovação já não depende mais de planejamentos de longo prazo. A era dos dados em tempo real e da inteligência artificial permite que as empresas tomem decisões ágeis e embasadas, sem precisarem esperar anos por pesquisas tradicionais. Além disso, questões como a sustentabilidade ambiental ganham cada vez mais relevância. “As empresas precisam atender a esses critérios para evitarem sanções e manterem uma imagem positiva perante o público”, alerta o especialista.
Tendências e estratégias para o futuro
A programação do Executive Program explora temas fundamentais para o setor, como o poder dos dados e seu valor exponencial nos negócios; o impacto da inteligência artificial e da automação nas operações; e cenários energéticos e estratégias de inovação para o setor de transporte.
A iniciativa reafirma o compromisso do Sistema Transporte em preparar as empresas de transporte para os desafios da era digital, impulsionando a modernização, a eficiência e a competitividade do setor.
Essa edição do Executive Program é uma realização do Sest Senat em parceria com a Singularity University Brazil, instituição reconhecida mundialmente por seus programas de educação executiva e incubação de empresas voltadas à inovação.
Transformação digital e inovação estratégica
Na abertura do evento, o presidente do Sistema Transporte, Vander Costa, ressaltou a importância da imersão para ampliar a visão dos executivos sobre o futuro do setor. “Esperamos que o Executive Program nos leve a experimentar novas abordagens e, principalmente, a enxergar nossas empresas sob uma nova perspectiva. Para isso, reunimos aqui especialistas do Brasil e do mundo, promovendo um intercâmbio de ideias que fortalecem a sustentabilidade do transporte”, afirmou.
A diretora-executiva nacional do Sest Senat, Nicole Goulart, destacou que o evento reúne empresários de diferentes perfis e segmentos, reforçando sua abordagem prática e aplicada. “Esta é uma oportunidade única de conectar teoria e experiência prática, proporcionando reflexões e soluções alinhadas às demandas reais do setor”, enfatizou.
Uso estratégico de dados e posicionamento do setor
A diretora-executiva interina da CNT, Fernanda Rezende, reforçou que a Confederação Nacional do Transporte coloca à disposição do setor um vasto acervo de estudos e pesquisas para embasar decisões estratégicas. “Nosso papel é entender cada vez mais as necessidades do setor e fornecer dados qualificados que auxiliem os transportadores no enfrentamento dos desafios”, pontuou.
No contexto das relações institucionais, o diretor de Relações Institucionais da CNT, Valter Souza, destacou o engajamento dos empresários no evento como um indicativo da força do setor. “A presença ativa dos transportadores reafirma nossa missão de atuar em defesa do transporte no Brasil, garantindo um ambiente mais favorável para o desenvolvimento do setor”, ressaltou.
Já no campo da educação executiva, a diretora adjunta do ITL, Eliana Costa, reforçou o compromisso do Instituto de Transporte e Logística com a qualificação do setor. “Nosso trabalho é transformar o transporte por meio da educação, trazendo novas tecnologias, ferramentas e conceitos que garantam mais competitividade e sustentabilidade”, enfatizou.
Fonte: Agência CNT de Notícias e Assessoria de Imprensa Transcares
Comprocard investe R$ 10 milhões em tecnologia e busca transacionar R$ 1 bilhão por mês
Notícias 19 de maro de 2025
O Grupo Comprocard – principal administradora de cartões de benefícios do Espírito Santo – está apostando na tecnologia para acelerar seu crescimento. A empresa acaba de investir R$ 10 milhões em inteligência artificial, novos softwares e equipamentos, incluindo a ampliação das máquinas de cartão próprias. Com a estratégia, a meta é alcançar R$ 1 bilhão em transações mensais até o final de 2025.
O investimento de R$ 10 milhões foi dividido em duas frentes. A primeira envolve a contratação de serviços, softwares e treinamento especializados para fortalecer a inteligência e a inovação local – que são premissas do grupo. Já a segunda está focada na aquisição de novas máquinas de pagamento “Roxinha”, que foi lançada pela Comprocard em novembro de 2024.
Atualmente, mil unidades da nova máquina estão em operação, e a projeção é chegar a 10 mil até o final de 2025. Outras 10 mil unidades estão previstas para entrar no mercado em 2026, segundo o diretor do Grupo Comprocard, Wilson Richa.
Com as novas “roxinhas” em operação, a meta do grupo é transacionar R$ 1 bilhão por mês, até o final de 2025.
Fonte: Folha Vitória
Segurança Cibernética no Transporte de Cargas: Protegendo o Fluxo Global de Mercadorias
Notícias 18 de maro de 2025
No cenário atual de transporte de cargas globalizado e altamente conectado, a segurança cibernética emergiu como uma preocupação crítica. Com o aumento da digitalização e da interconexão de sistemas, as transportadoras enfrentam desafios significativos para proteger suas operações contra ameaças cibernéticas cada vez mais sofisticadas. Este artigo explora os riscos específicos enfrentados pelo setor de transporte de cargas e examina as melhores práticas e soluções para mitigar essas ameaças.
Desafios de Segurança Cibernética no Transporte de Cargas
- Dependência de Sistemas Digitais: As modernas operações de transporte de cargas dependem fortemente de sistemas digitais para rastreamento de cargas, gerenciamento logístico, comunicações com clientes e parceiros, entre outros. Essa dependência aumenta a superfície de ataque para hackers e cibercriminosos que buscam explorar vulnerabilidades em sistemas mal protegidos.
- Riscos de Interrupção de Serviços: Um ciberataque bem-sucedido pode resultar na interrupção das operações críticas de transporte, causando atrasos significativos, perda de confiança dos clientes e impacto financeiro adverso para as transportadoras.
- Roubo de Dados Sensíveis: Informações confidenciais, como dados de clientes, informações de rotas e itinerários são alvos atrativos para cibercriminosos, que podem utilizar esses dados para extorsão, fraude ou outros tipos de crimes cibernéticos.
- Impacto na Segurança Física: Além dos impactos digitais, um comprometimento da segurança cibernética pode ter ramificações na segurança física das cargas transportadas, criando potenciais vulnerabilidades para roubo ou manipulação durante o transporte.
O Caso da Invasão Cibernética na Braspress
Recentemente, a Braspress, uma das maiores transportadoras de carga fracionada do Brasil, enfrentou um incidente sério de invasão cibernética. Hackers conseguiram acessar seus sistemas internos, comprometendo dados sensíveis e causando interrupções significativas nas operações. Este incidente destacou a vulnerabilidade das transportadoras à ameaças cibernéticas e ressaltou a necessidade urgente de medidas robustas de segurança cibernética dentro do setor de transporte de cargas.
Medidas de Proteção e Melhores Práticas
- Educação e Conscientização: Treinamento regular de funcionários sobre práticas seguras de tecnologia da informação e conscientização sobre ameaças cibernéticas é fundamental para mitigar riscos. Isso inclui reconhecimento de phishing, segurança de senhas e práticas seguras de navegação na internet.
- Implementação de Políticas de Segurança Cibernética: Desenvolver e implementar políticas robustas de segurança cibernética que abranjam todos os aspectos da operação, desde a proteção de redes e sistemas até o gerenciamento de acesso e incidentes.
- Atualizações de Software e Patches: Manter sistemas operacionais, aplicativos e dispositivos atualizados com as últimas correções de segurança é essencial para mitigar vulnerabilidades conhecidas que podem ser exploradas por hackers.
- Uso de Tecnologias Avançadas: Implementar tecnologias como firewalls, sistemas de detecção e prevenção de intrusões (IDS/IPS), criptografia de dados e autenticação multifatorial para proteger redes e dados críticos contra acessos não autorizados.
- Parcerias e Colaborações: Colaborar com especialistas em segurança cibernética e participar de iniciativas de compartilhamento de informações sobre ameaças (como ISACs – Information Sharing and Analysis Centers) pode fortalecer a postura de segurança cibernética da transportadora.
Estudo de Caso: Exemplo de Boas Práticas
Para exemplificar a implementação eficaz de medidas de segurança cibernética, consideremos a UPS, que adotou uma abordagem proativa para proteger suas operações. A empresa investiu em uma infraestrutura de segurança robusta, incluindo firewalls de próxima geração, monitoramento contínuo de rede e treinamento regular de conscientização para seus funcionários. Além disso, estabeleceram políticas claras de resposta a incidentes e conduzem auditorias regulares para identificar e corrigir vulnerabilidades.
Conclusão
Em um ambiente cada vez mais digitalizado e interconectado, a segurança cibernética no transporte de cargas não é apenas uma preocupação operacional, mas também uma questão de proteção da reputação e sustentabilidade dos negócios. Ao adotar uma abordagem proativa e implementar medidas de segurança cibernética robustas, as transportadoras podem mitigar riscos, proteger seus ativos e garantir a continuidade de suas operações em um ambiente digitalmente seguro.
Investir em segurança cibernética não é apenas uma necessidade, mas uma estratégia de longo prazo para enfrentar os desafios crescentes de um mundo digitalizado, garantindo confiança e segurança aos seus clientes e parceiros.
Andrea Rocha Carvalho
Vice coordenadora COMJOVEM SP – Gestão 2024
Executivos do transporte discutem inovação e futuro do setor em programa imersivo do SEST SENAT
Notícias 18 de maro de 2025
No primeiro dia do Executive Program, em São Paulo, as tendências e oportunidades em tempos de transformação digital pautaram as discussões
O futuro ainda não foi escrito, mas é nele que depositamos nossas esperanças e projeções para o amanhã. Diante das incertezas, como se preparar para o que está por vir? Com essa provocação, mais de 80 executivos do setor de transporte foram desafiados a refletir sobre tendências e oportunidades em tempos de transformação digital. O pontapé inicial dessa jornada foi dado por Jeffrey Rogers, especialista em aprendizagem e inovação da Singularity University, durante a aula inaugural da segunda edição do Executive Program – Transformando o Transporte: inovação, liderança e tecnologia para o futuro, neste domingo (16).
O evento, promovido pelo SEST SENAT, em parceria com a Singularity University, acontece até quarta-feira (19), em Embu das Artes (SP). Durante três dias de imersão, os participantes terão acesso a oficinas, palestras e debates sobre inovação, inteligência artificial e novas tecnologias aplicadas ao setor de transporte.
Transformação exponencial: o novo paradigma dos negócios
Segundo Jeffrey Rogers, há décadas, ouvimos que estamos vivendo a fase mais incerta da história. Esse sentimento deve persistir, mas o que precisa mudar é a forma como lidamos com a incerteza. O mundo linear já não cabe mais no empreendedorismo, e o futuro dos negócios exige uma visão exponencial, impulsionada pelas tecnologias emergentes.
Na sua visão, esse novo paradigma ficou mais evidente a partir de 2012, com o avanço da telefonia móvel e da economia digital. Um exemplo emblemático dessa transformação é o Airbnb, que revolucionou o setor de hospedagem ao introduzir um novo conceito de confiança e compartilhamento. “Uma das premissas da tecnologia exponencial é tornar os processos mais acessíveis, eficientes e democráticos, abrindo espaço para novas ferramentas e modelos de negócios”, destaca Rogers.
O impacto da inovação no transporte
A proposta do Executive Program é entender como essas mudanças impactam o setor de transporte no Brasil e fortalecer o protagonismo das empresas diante desse novo cenário. Para isso, as discussões giram em torno de desafios estratégicos, empreendedorismo e competitividade sustentável.
Para Rogers, desenvolver o pensamento exponencial é essencial para enfrentar um futuro incerto. Isso significa apostar em moonshots, aquelas ideias ousadas que visam um crescimento exponencial e soluções transformadoras para os desafios do setor.
Nesse contexto, a inovação já não depende mais de planejamentos de longo prazo. A era dos dados em tempo real e da inteligência artificial permite que as empresas tomem decisões ágeis e embasadas, sem precisar esperar anos por pesquisas tradicionais. Além disso, questões como a sustentabilidade ambiental ganham cada vez mais relevância. “As empresas precisam atender a esses critérios para evitar sanções e manter uma imagem positiva perante o público”, alerta o especialista.
Tendências e estratégias para o futuro
A programação do Executive Program explora temas fundamentais para o setor, como:
- O poder dos dados e seu valor exponencial nos negócios;
- O impacto da inteligência artificial e da automação nas operações;
- Cenários energéticos e estratégias de inovação para o setor de transporte.
A iniciativa reafirma o compromisso do Sistema Transporte em preparar as empresas de transporte para os desafios da era digital, impulsionando a modernização, a eficiência e a competitividade do setor.
Esta edição do Executive Program é uma realização do SEST SENAT, em parceria com a Singularity University Brazil, instituição reconhecida mundialmente por seus programas de educação executiva e incubação de empresas voltadas para a inovação.
Transformação digital e inovação estratégica
Na abertura do evento, o presidente do Sistema Transporte, Vander Costa, ressaltou a importância da imersão para ampliar a visão dos executivos sobre o futuro do setor. “Esperamos que o Executive Program nos leve a experimentar novas abordagens e, principalmente, a enxergar nossas empresas sob uma nova perspectiva. Para isso, reunimos aqui especialistas do Brasil e do mundo, promovendo um intercâmbio de ideias que fortalece a sustentabilidade do transporte”, afirmou.
A diretora executiva nacional do SEST SENAT, Nicole Goulart, destacou que o evento reúne empresários de diferentes perfis e segmentos, reforçando sua abordagem prática e aplicada. “Esta é uma oportunidade única de conectar teoria e experiência prática, proporcionando reflexões e soluções alinhadas às demandas reais do setor”, enfatizou.
Já o diretor executivo nacional adjunto do SEST SENAT, Vinícius Ladeira, pontuou que esta segunda edição reflete o êxito da iniciativa anterior. “Adaptamos o programa para que ele esteja cada vez mais alinhado à realidade do transporte no Brasil, garantindo um conteúdo relevante e estratégico para os participantes”, disse.
Uso estratégico de dados e posicionamento do setor
A diretora executiva interina da CNT, Fernanda Rezende, reforçou que a Confederação Nacional do Transporte coloca à disposição do setor um vasto acervo de estudos e pesquisas para embasar decisões estratégicas. “Nosso papel é entender cada vez mais as necessidades do setor e fornecer dados qualificados que auxiliem os transportadores no enfrentamento dos desafios”, pontuou.
No contexto das relações institucionais, o diretor de relações institucionais da CNT, Valter Souza, destacou o engajamento dos empresários no evento como um indicativo da força do setor. “A presença ativa dos transportadores reafirma nossa missão de atuar em defesa do transporte no Brasil, garantindo um ambiente mais favorável para o desenvolvimento do setor”, ressaltou.
Já no campo da educação executiva, a diretora adjunta do ITL, Eliana Costa, reforçou o compromisso do Instituto de Transporte e Logística (ITL) com a qualificação do setor. “Nosso trabalho é transformar o transporte por meio da educação, trazendo novas tecnologias, ferramentas e conceitos que garantam mais competitividade e sustentabilidade”, enfatizou.
A NTC&Logística, por meio da COMJOVEM, realizará na próxima quarta-feira (19) uma live sobre a força feminina no TRC
Notícias 17 de maro de 2025
Na próxima quarta-feira, dia 19 de março, às 18 horas, a NTC&Logística, por meio da COMJOVEM, realizará uma live especial com o tema “Força Feminina no TRC Inspira e Transforma”, transmitida pelo canal da entidade no YouTube. A iniciativa, idealizada por Priscila Zanette, vice-coordenadora nacional da COMJOVEM e diretora da Ouro Negro Transportes, faz parte do projeto COM ELAS, que visa fortalecer e impulsionar a presença feminina no setor de Transporte RODOVIáRIO de Cargas.
A NTC&Logística tem desenvolvido ações estratégicas para ampliar a representatividade das mulheres no setor, promovendo eventos e debates que valorizam a equidade de gênero e incentivam a inclusão feminina no TRC. A entidade também é signatária do Vez&Voz, iniciativa do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (SETCESP), liderada pela presidente executiva Ana Carolina Jarrouge, que busca ampliar a representatividade das mulheres no setor.
A live reunirá profissionais que ocupam posições de destaque e compartilharão suas experiências e desafios dentro do setor. Entre as convidadas, estão Ana Paula de Souza, coordenadora da COMJOVEM Belo Horizonte e diretora de operações da AD Souza Transportes e Logística; Carolina Resuto, gerente administrativa e financeira da NSLog; Mariluci de Lima, diretora da Transgobbi, e Thais Bandeira, diretora de negócios da Kodex Express.
Para Priscila Zanette, a participação ativa das mulheres no TRC tem sido essencial para impulsionar mudanças positivas no setor. “Esta live é um momento de troca e inspiração, um espaço para que possamos reforçar a importância da presença feminina no transporte e mostrar como a diversidade contribui para o desenvolvimento do setor. Queremos incentivar mais mulheres a ocuparem esses espaços e trazer cada vez mais visibilidade para essa pauta tão essencial”, destacou.
O presidente da NTC&Logística, Eduardo Rebuzzi, também ressaltou a relevância da iniciativa para o setor. “Valorizar e fortalecer a participação feminina no Transporte Rodoviário de Cargas é fundamental para o crescimento sustentável do setor. A diversidade traz inovação, melhora a produtividade e amplia as oportunidades. O compromisso da NTC com esse tema é permanente, e eventos como este ajudam a fomentar um ambiente mais inclusivo e representativo para todos”, afirmou.
A live será um espaço de troca e aprendizado, destacando histórias inspiradoras e reforçando a necessidade de uma atuação conjunta para fortalecer a participação feminina no TRC. O evento estará disponível no canal da NTC&Logística no YouTube. Não perca essa oportunidade de acompanhar esse bate-papo e conhecer as trajetórias dessas grandes profissionais.
Acesse no link: https://www.youtube.com/watch?v=cUAWnzylEbs
Fonte: NTC&Logística
Implementação de sistema de pesagem de veículos em rodovias federais é recomendada pelo MPF
Notícias 17 de maro de 2025
Nota de repúdio às ocupações ilegais no município de Aracruz-ES
Notícias 17 de maro de 2025
O TRANSCARES – Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Estado do Espírito Santo, vem a público manifestar seu repúdio às ocupações ilegais ocorridas em Aracruz-ES na manhã desta quinta-feira, 13 de março.
As invasões promovidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no município de Aracruz-ES desrespeitam o direito à propriedade privada e representam uma ameaça à segurança jurídica e à liberdade econômica. Além disso, afetam diretamente a livre inciativa e o exercício de atividades produtivas, fundamentais para o desenvolvimento econômico e social da região.
O Transcares, entidade sindical representativa do segmento de transporte rodoviário de cargas e logística, reforça sua intransigente defesa ao estado de direito e à ordem pública, malferidos pelas ações promovidas pelo MST, demonstrando integral apoio ao município de Aracruz e à empresa Suzano, e requerendo das autoridades constituídas as medidas necessárias para que sejam garantidos o respeito à propriedade privada e à estrita legalidade.
Luiz Alberto Teixeira
Presidente Transcares
Foto: Gabriela Moncau/Brasil de Fato
Luiz Alberto Teixeira fala sobre modal viário e o desenvolvimento econômico do ES em entrevista
Notícias 14 de maro de 2025
O setor de transportes sempre esteve presente como um dos pilares no processo de construção e essencial para o desenvolvimento econômico do país. Para se ter uma ideia da importância desse setor, hoje, ele é responsável por 62% de todos os negócios da indústria, do comércio e de serviços, segundo o empresário Luiz Alberto Teixeira, presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística do Espírito Santo (Transcares), convidado da revista AÇO 5.0BR (Fatos & Notícias) para falar um pouco dos entraves que o setor enfrenta nesse momento tão importante no desenvolvimento portuário e industrial do Espírito Santo.
Qual a participação do modal viário para o desenvolvimento da indústria capixaba?
O Transcares é uma instituição que representa mais de duas mil empresas de transportes de cargas e logística do Espírito Santo, setores que têm uma grande importância, não só para o nosso Estado, mas, também, para o Brasil. Para se ter uma ideia, o setor é responsável por 62% de toda movimentação da indústria, do comércio e de serviços do consumidor final, ou seja, mais da metade da economia é transportada sobre pneus.
Por isso, posso dizer que a importância é muito grande. Veja bem, a matéria-prima chega através do transporte rodoviário de cargas e o produto acabado sai da indústria através do transporte rodoviário de cargas. O vínculo e a importância do transporte rodoviário para o segmento industrial, não só capixaba, mas para todo o país, são fundamentais.
Nossa malha viária está preparada para receber os grandes investimentos industriais e portuários em andamento?
Demonstro uma certa preocupação nos processos de privatização das rodovias federais e a malha viária, tão necessárias para atender aos grandes projetos portuários em andamento, que tem o Estado como responsável. Podemos pegar como exemplo a BR-101, que foi licitada e privatizada em 2012 para duplicação dos seus 490 km, da divisa do Rio de Janeiro até a divisa da Bahia e, até hoje, apenas 82 km foram duplicados, isso treze anos depois de sua privatização.
O senhor citou a BR-101, e para BR-262, o que falta?
A privatização da BR-262 ainda não deu certo devido ao seu traçado tão sinuoso e desafiador, mas está surgindo o projeto de outra pista, com trajeto diferente da BR-262, que terá a mesma função. A diferença é que essa nova pista subirá da BR-101 até Belo Horizonte, uma nova alternativa para propor às empresas que participarão da próxima licitação de privatização da BR-262, a grande ligação do Centro-Oeste com o Espírito Santo.
Outra opção muito boa para o transporte de cargas e logística é a BR-259, que tem o propósito de ligar o Centro-Oeste de Minas Gerais ao Espírito Santo, na sua primeira etapa. Saindo de João Neiva, ela atravessa Colatina e entra em Minas Gerais. E, uma vez que chegue ao Centro-Oeste mineiro, será fácil conseguirmos chegar aos estados vizinhos. Isso sem falar na grande oportunidade de fazer o Espírito Santo ter duas saídas transversais à BR-101, ligando o Brasil conosco via Minas Gerais. Outro motivo que faz da BR 259 uma boa opção é o fato de se tratar de uma malha mais fácil e com obras de engenharia muito mais barata e que já foi analisada. O Transcares vem acompanhando e cobrando do governo estadual.
Quais outros investimentos essenciais o senhor citaria?
Temos a ES-115, em Civit II, no município da Serra, estrada que vai até Aracruz. Essa é uma obra em pleno andamento, que inclui terraplanagem, pavimentação, drenagem e viadutos. Este ano, será entregue essa pista dupla até Nova Almeida e, em 2026, de Nova Almeida a Aracruz. Também conhecida como Contorno de Jacaraípe, visa desafogar o trânsito da ES-010. Com o início da operação, a ES-010, que norteia à beira-mar, será voltada para o turismo.
Friso bem a importância desses investimentos porque estão saindo terminais portuários e os maiores da América Latina estão em Aracruz. A Imetame vai entregar, até o final desse ano, um porto com o maior calado do país, chegando a 17 metros de profundidade; onde os grandes navios do mundo, que nunca puderam frequentar essa faixa da América do Sul, vão poder atracar em Aracruz.
Isso é um boom que a gente não imagina o tamanho, é simplesmente uma coisa fantástica! E as rodovias que precisam alimentar tudo isso? A malha viária tem que andar na mesma velocidade, com a mesma passada dos projetos portuários.
A Seatrium Aracruz (Jurong) está dobrando de tamanho, a Portocel e a Imetame estão construindo, e as operações disso tudo se tornam muito mais complexas. Precisamos de vias duplas da BR-101 aos portos de Aracruz, de Presidente Kennedy e de São Mateus, caso contrário, essas operações estariam comprometidas.
O senhor se diz preocupado como as privatizações das rodovias federais, mas o Estado vem cumprindo com sua parte nesse processo?
O Estado do Espírito Santo está num bom momento, temos tudo para ser um grande polo logístico do país. Nossa posição geográfica é favorável, estamos a 1.100km de 72% de todo PIB nacional, num país dessa dimensão, perto de Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
Com estruturas de vias que alimentem esses grandes centros produtores para desovar mercadorias aqui no nosso Estado para exportar para o mundo, sem dúvida nenhuma, o Espírito Santo pode ser tornar o maior polo logístico da América Latina.
A sinergia entre governos e parcerias público-privadas é fundamental. Imagina se o porto da Imetame fica pronto e as rodovias, não? O Estado está saindo um pouco atrasado, mas corre para tentar entregar as vias de sua competência, caso contrário, não valerá a pena todo esse investimento, imagina se fizermos as rodovias depois do porto pronto? A diária de um navio é caríssima, ele só atraca num porto se tiver certeza que vai descarregar e carregar no tempo previsto.
Para finalizar, como a tecnologia está sendo utilizada no setor?
A tecnologia tem se mostrado uma aliada no enfrentamento desses desafios no transporte rodoviário. O faturamento, a movimentação, o estoque, o controle, tudo isso acontece com tecnologia. São sistemas e programas que ajudam muito no desenvolvimento da logística. A inteligência artificial está vindo com tudo para facilitar em controles e movimentações dentro de grandes terminais logísticos.
Na segurança, ela rastreia o caminhão, diz sua localização, quanto tempo ficou parado, para o equipamento até que chegue um socorro. Essa concorrência de tecnologia é muito gostosa para a evolução de todos nós.
Concluo dizendo que o Espírito Santo vive um momento muito bom, precisa apenas se adequar aos projetos. O município de Aracruz mostra isso muito bem, olha o boom portuário daquela região, são investimentos que trarão fornecedores de diversos produtos, muitas empresas, armazéns logísticos, movimentação de contêineres com produtos de importação e exportação, mas, para que tudo aconteça, precisamos estar alguns passos à frente.
Fonte: Jornal online Fatos & Notícias
Por Haroldo Filho e Luzimara Fernandes
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