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ANTT atualiza valor para pagamento do tempo adicional de carga e descarga
Notícias 26 de abril de 2023
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) atualizou o valor para pagamento do tempo adicional de carga e descarga ao transportador. O valor passa a ser de R$ 2,21, de acordo com correção feita pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), acumulado no período de abril de 2022 a março de 2023, de 4,36%.
Conforme determina a Lei nº 11.442, de 5 de janeiro de 2007, o prazo máximo para carga e descarga do veículo de transporte rodoviário de cargas é de cinco horas, contados da chegada do veículo ao endereço de destino, após o qual este valor será devido ao Transportador Autônomo de Carga (TAC) ou à Empresa de Transporte Rodoviário de Cargas (ETC), por tonelada/hora ou fração.
FONTE: SETCESP
CNT lança publicação sobre combustível renovável para a descarbonização do setor de transporte
Notícias 26 de abril de 2023
O hidrogênio renovável (H2 verde) figura entre os principais combustíveis sustentáveis e pode despontar — em um futuro não muito distante — como uma das soluções para mitigar a atual emissão de gases do efeito estufa (GEE), causadores do aquecimento global. Produzido a partir de fonte energética renovável de origem eólica, hidráulica, solar e de biomassas, o H2 verde tem despertado o interesse de diferentes setores que buscam investir em tecnologias sustentáveis e em descarbonização. É o caso do transporte.
Para ampliar o conhecimento do transportador sobre a possibilidade de uso desse combustível no setor, além de incentivar a pesquisa e o investimento na área, a Confederação Nacional do Transporte (CNT) lança, nesta terça-feira (25), uma nova edição da série CNT Energia no Transporte, Hidrogênio Renovável — Uma das rotas para descarbonizar o transporte rodoviário. A publicação também apresenta as vantagens e desafios desse combustível verde, sob os seus aspectos ambiental e técnico.
No Brasil, 78% do hidrogênio produzido utiliza energia elétrica renovável, o que o torna líder produção mundial de hidrogênio verde. O potencial do país é um diferencial, pois na matriz elétrica mundial, apenas 28,6% da eletricidade é produzida com fontes alternativas. Já na Europa, por exemplo, mais de 60% da matriz elétrica não é renovável. Para ser considerado hidrogênio sustentável, sua produção deve utilizar eletricidade limpa.
Além da viabilidade de produção para seu uso nacional, o H2 verde também pode ser exportado, o que impulsiona a utilização de diferentes modos de transporte para viabilizar a sua distribuição e consumo nacional e internacional, o que acaba impulsionando o desenvolvimento da integração multimodal.
Atualmente, existem mais de mil registros de projetos de hidrogênio em diferentes países, mas a quantidade dos que são dedicados ao H2 renovável ainda é incipiente. No ranking dos países que mais possuem projetos de hidrogênio, o Brasil está na 21ª posição. Porém, a grande maioria dos seus projetos é dedicada à produção de hidrogênio verde.
Os fabricantes de veículos automotivos já começaram a testar o H2 verde. De acordo com os experimentos, quando abastecidos com hidrogênio verde, poluem menos do que os abastecidos com diesel. O diferencial foi constatado em testes com três tipos de veículos, incluindo caminhões de 12 toneladas, de 40 toneladas e ônibus urbano.
As reduções de emissões de GEE são, respectivamente, de 87%, 85% e 89% em relação aos mesmos veículos testados com diesel misturado com 7% de biodiesel. Alguns modelos de caminhão e ônibus já possuem tecnologia embarcada para serem abastecidos com H2, mas faltam, ainda, incentivos financeiros para tornar essa alternativa mais acessível, além da necessidade de avançar a infraestrutura de postos de abastecimento.
A legislação brasileira sobre o tema é outro gargalo. A primeira regulamentação foi em 1998, mas, apenas em 2021, houve a publicação de resolução priorizando a destinação de recursos de pesquisa, desenvolvimento e inovação para o hidrogênio e demais temas afetos. A consolidação concretizou-se com a instituição, no mesmo ano, do Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2). A medida visa estabelecer o H2 como fonte energética para uma matriz nacional de baixo carbono.
Já no setor de transporte, a tendência é que, nos próximos anos, o H2 verde se torne um combustível automotivo cada vez mais presente devido à sua emissão nula de escapamento, auxiliando, dessa forma, o setor a se descarbonizar, conforme previsto nas contribuições nacionalmente determinadas pelo Acordo de Paris, firmado pelo Brasil em 2015.
Por isso, essa nova rota tecnológica tem sua importância para o desenvolvimento ambiental do transporte. A modalidade rodoviária será uma das grandes beneficiárias dessa alternativa. Nesse sentido, a série CNT Energia no Transporte tem o propósito de incentivar a redução do consumo de combustível fóssil e contribuir com a eficiência energética dos veículos pesados, como caminhões e ônibus, além de promover o uso de tecnologias menos poluentes.
Acesse a publicação: Hidrogênio Renovável
FONTE: SETCESP
ANTT atualiza valor para pagamento do tempo adicional de carga e descarga
Notícias 26 de abril de 2023
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) atualizou o valor para pagamento do tempo adicional de carga e descarga ao transportador. O valor passa a ser de R$ 2,21, de acordo com correção feita pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), acumulado no período de abril de 2022 a março de 2023, de 4,36%.
Conforme determina a Lei nº 11.442, de 5 de janeiro de 2007, o prazo máximo para carga e descarga do veículo de transporte rodoviário de cargas é de cinco horas, contados da chegada do veículo ao endereço de destino, após o qual este valor será devido ao Transportador Autônomo de Carga (TAC) ou à Empresa de Transporte Rodoviário de Cargas (ETC), por tonelada/hora ou fração.
Fonte: NTC&logística
Presidente da CNT debate desafios do setor e do transporte brasileiro em Lisboa
Notícias 25 de abril de 2023
O presidente da CNT, Vander Costa, participou como moderador de um dos painéis do “Duetos, Diálogos além-mar”, durante a Cimeira luso-brasileira, em Lisboa, Portugal. O evento, promovido no último final de semana pelo Fórum de Integração Brasil-Europa (FIBE), contou com a participação de autoridades e de lideranças políticas, empresariais e sociais do Brasil e da Europa.
O painel conduzido pelo presidente da CNT discutiu os desafios fiscais e sociais e contou também com a participação do professor da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, Tiago Cavalcanti; e da diretora da Instituição Fiscal Independente (IFI), do Senado Federal do Brasil, Vilma Pinto.
Durante sua intervenção, o presidente Vander Costa falou da posição da CNT acerca do novo arcabouço fiscal apresentado pelo Governo Federal, da taxa de juros praticada no Brasil, das preocupações do setor de transporte na reforma tributária, da necessidade de se garantir uma governança pública adequada e investimentos públicos de qualidade em infraestrutura de transportes.
O evento contou, dentre outras, com a participação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes; do Ministro da Educação, Camilo Santana; do presidente do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Aloizio Mercadante; e do presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Jorge Viana.
A Cimeira Luso-brasileira acontece de 22 a 25 de abril, em Lisboa. Durante esses dias o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, reuniu-se com o Primeiro-Ministro de Portugal, António Costa; com o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa; com membros da Assembleia da República portuguesa e com empresários do País europeu. Na cimeira foram assinados 13 acordos bilaterais em áreas como energia, cultura, educação, saúde, turismo, segurança e direitos humanos.
Em declaração conjunta, o Primeiro-Ministro de Portugal e o Presidente do Brasil saudaram a cooperação existente ao nível da navegação aérea e da atividade marítimo-portuária. Neste âmbito, salientaram a importância do Porto de Sines como porta de entrada dos produtos brasileiros na Europa, “nomeadamente criando um hub agroalimentar de referência, tendo igualmente evidenciado as capacidades e potencialidades do Porto de Setúbal, designadamente para a localização de unidades industriais e logísticas na Península de Setúbal”. Com esse objetivo, foi também considerado de interesse pelas Partes o apoio de Portugal no desenvolvimento da Janela Única Logística em portos brasileiros.
“Os governantes saudaram a recente aprovação, pelo Congresso Nacional brasileiro, do Acordo sobre Serviços Aéreos, assinado em 2021. O lado brasileiro está a ultimar as providências para a assinatura do decreto de implementação do acordo no Brasil. A implementação pelas duas partes permitirá o reforço das ligações aéreas, o que contribuirá para a conectividade entre Portugal e Brasil, com forte impacto no comércio, turismo e investimento”, destaca a declaração conjunta.
FONTE: SETCESP
8ª Feira Internacional de Logística contará com Rodada de Negócios e driving tests
Notícias 25 de abril de 2023
Credenciamento para entrada gratuita está liberado no site
A 8ª edição da Feira Internacional de Logística – Brasil LOG – será realizada entre 24 e 26 de maio, em Jundiaí, há 60 km da capital paulista. Cidade considerada um dos maiores polos logísticos do Brasil, o 15º PIB do país, uma região com fácil acesso para rodovias, ferrovia, aeroportos e porto seco.
A Brasil LOG é uma referência para o segmento da logística, reconhecida como o principal ambiente de networking e realização de negócios do setor, promovendo a integração entre executivos, empresas de logística, especialistas e um público qualificado. “A Brasil LOG atrai todo o nicho de mercado dos cinco modais da logística: terrestre, aéreo, marítimo, ferroviário e hidroviário, ainda em expansão. Além de networking, a Brasil LOG é uma vitrine para expor os serviços e as inovações do setor.” – explica Adelson Lopes, diretor presidente da empresa que organiza a Feira Internacional de Logística.
Para Adelson, o setor logístico foi um dos segmentos que mais cresceu em 2022, e para 2023, as perspectivas são positivas. “Há muitos gargalos a serem solucionados na logística em decorrência da demanda. Com a pandemia, o comportamento das pessoas mudou, houve aumento de entregas no porta a porta, e de empresas que se reiventaram colocando seus produtos na internet. Há muito espaço para a logística crescer e se aprimorar com uso de novas tecnologias.” – explica.
A 8ª edição da Brasil LOG reunirá soluções para todas as áreas, com destaque para as tecnologias. Será realizada em uma área de 53 mil m², três pavilhões para cerca de 60 expositores, além da tradicional Rodada de Negócios e driving tests de empilhadeiras e caminhões.
A expectativa é de que passem pela feira mais de 6 mil visitantes, entre representantes de empresas americanas, alemãs e chinesas, de todos os modais logísticos, de Condomínios Logísticos, Centros de Distribuições, Armazenagem, Estocagem, Consultorias e profissionais como Agentes de Carga, Armadores, Despachantes Aduaneiros, Importadores e Exportadores.
São 18 países já confirmados e 241 cidades no mundo prospectando a feira. Eventos como esse podem contribuir para a chegada de novas empresas multinacionais na região de Jundiaí.
A entrada é gratuita, mas é necessário o credenciamento pelo site: www.feiradelogistica.com/credenciamento
SERVIÇO:
Feira Internacional de Logística: 24 a 26 de maio de 2023
A entrada de visitantes será gratuita, no Parque da Uva, em Jundiaí/SP.
Credenciamento: www.feiradelogistica.com/credenciamento
FONTE: SETCESP
Avansat lança sistema que facilita o monitoramento de entregas
Notícias 25 de abril de 2023
Um equipamento que permite monitorar o sistema de entregas de encomendas ou de cargas está facilitando o dia a dia de empresas do setor logístico. A Avansat, empresa que atua há 25 anos com gestão de frotas e desenvolvimento de soluções de videomonitoramento e rastreamento de cargas, está lançando no mercado a ferramenta BoxCam.
Desenvolvido em tempo recorde ainda no primeiro semestre deste ano e já implementado por clientes nacionais e internacionais, o equipamento é de fácil instalação e cobre toda a área do veículo, com abrangência de 360 graus e sem interferir no layout do carro ou do caminhão. A inovação traz segurança para quem contrata a tecnologia para quem transporta, pois o monitoramento do veículo pode ser feito nas 24 horas do dia e as informações ficam armazenadas em ambiente virtual, à disposição do cliente.
Dessa forma, a BoxCam garante maior proteção de cargas e encomendas, já que a “uberização” (ou terceirização) dos serviços de entrega cresceram de forma exponencial durante a pandemia e com o avanço do e-commerce – especialmente em períodos como Black Friday e final de ano.
“É um equipamento de fácil instalação, conta com sensores antivandalismo e excelente custo-benefício. Fomos desafiados a desenvolver um sistema prático, a partir da necessidade de as empresas terem maior controle sobre as entregas, que tiveram uma escalada com a pandemia. Desenvolvemos um sistema simples e inovador, que é capaz de atender às pequenas, médias e grandes empresas”, afirma Sérgio Raabe, diretor da Avansat.
Sobre a Avansat
Líder em videomonitoramento veicular no Brasil, a Avansat é reconhecida pela inovação nas soluções desenvolvidas de acordo com as necessidades dos clientes. A empresa, com sede em Porto Alegre, já tem mais de 20 milhões de entregas protegidas, mais de 15 milhões de quilômetros rodados sob o monitoramento da empresa e mais de 1 milhão de horas de vídeos ao vivo. A empresa fornece informações relevantes para uma gestão mais inteligente da frota.
FONTE: SETCERGS
Presidente da CNT debate desafios do setor e do transporte brasileiro em Lisboa
Notícias 25 de abril de 2023
O presidente da CNT, Vander Costa, participou como moderador de um dos painéis do “Duetos, Diálogos além-mar”, durante a Cimeira luso-brasileira, em Lisboa, Portugal. O evento, promovido no último final de semana pelo Fórum de Integração Brasil-Europa (FIBE), contou com a participação de autoridades e de lideranças políticas, empresariais e sociais do Brasil e da Europa.
O painel conduzido pelo presidente da CNT discutiu os desafios fiscais e sociais e contou também com a participação do professor da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, Tiago Cavalcanti; e da diretora da Instituição Fiscal Independente (IFI), do Senado Federal do Brasil, Vilma Pinto.
Durante sua intervenção, o presidente Vander Costa falou da posição da CNT acerca do novo arcabouço fiscal apresentado pelo Governo Federal, da taxa de juros praticada no Brasil, das preocupações do setor de transporte na reforma tributária, da necessidade de se garantir uma governança pública adequada e investimentos públicos de qualidade em infraestrutura de transportes.
O evento contou, dentre outras, com a participação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes; do Ministro da Educação, Camilo Santana; do presidente do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Aloizio Mercadante; e do presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Jorge Viana.
A Cimeira Luso-brasileira acontece de 22 a 25 de abril, em Lisboa. Durante esses dias o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, reuniu-se com o Primeiro-Ministro de Portugal, António Costa; com o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa; com membros da Assembleia da República portuguesa e com empresários do País europeu. Na cimeira foram assinados 13 acordos bilaterais em áreas como energia, cultura, educação, saúde, turismo, segurança e direitos humanos.
Em declaração conjunta, o Primeiro-Ministro de Portugal e o Presidente do Brasil saudaram a cooperação existente ao nível da navegação aérea e da atividade marítimo-portuária. Neste âmbito, salientaram a importância do Porto de Sines como porta de entrada dos produtos brasileiros na Europa, “nomeadamente criando um hub agroalimentar de referência, tendo igualmente evidenciado as capacidades e potencialidades do Porto de Setúbal, designadamente para a localização de unidades industriais e logísticas na Península de Setúbal”. Com esse objetivo, foi também considerado de interesse pelas Partes o apoio de Portugal no desenvolvimento da Janela Única Logística em portos brasileiros.
“Os governantes saudaram a recente aprovação, pelo Congresso Nacional brasileiro, do Acordo sobre Serviços Aéreos, assinado em 2021. O lado brasileiro está a ultimar as providências para a assinatura do decreto de implementação do acordo no Brasil. A implementação pelas duas partes permitirá o reforço das ligações aéreas, o que contribuirá para a conectividade entre Portugal e Brasil, com forte impacto no comércio, turismo e investimento”, destaca a declaração conjunta.
FONTE: SETCESP
8ª Feira Internacional de Logística contará com Rodada de Negócios e driving tests
Notícias 25 de abril de 2023
Credenciamento para entrada gratuita está liberado no site
A 8ª edição da Feira Internacional de Logística – Brasil LOG – será realizada entre 24 e 26 de maio, em Jundiaí, há 60 km da capital paulista. Cidade considerada um dos maiores polos logísticos do Brasil, o 15º PIB do país, uma região com fácil acesso para rodovias, ferrovia, aeroportos e porto seco.
A Brasil LOG é uma referência para o segmento da logística, reconhecida como o principal ambiente de networking e realização de negócios do setor, promovendo a integração entre executivos, empresas de logística, especialistas e um público qualificado. “A Brasil LOG atrai todo o nicho de mercado dos cinco modais da logística: terrestre, aéreo, marítimo, ferroviário e hidroviário, ainda em expansão. Além de networking, a Brasil LOG é uma vitrine para expor os serviços e as inovações do setor.” – explica Adelson Lopes, diretor presidente da empresa que organiza a Feira Internacional de Logística.
Para Adelson, o setor logístico foi um dos segmentos que mais cresceu em 2022, e para 2023, as perspectivas são positivas. “Há muitos gargalos a serem solucionados na logística em decorrência da demanda. Com a pandemia, o comportamento das pessoas mudou, houve aumento de entregas no porta a porta, e de empresas que se reiventaram colocando seus produtos na internet. Há muito espaço para a logística crescer e se aprimorar com uso de novas tecnologias.” – explica.
A 8ª edição da Brasil LOG reunirá soluções para todas as áreas, com destaque para as tecnologias. Será realizada em uma área de 53 mil m², três pavilhões para cerca de 60 expositores, além da tradicional Rodada de Negócios e driving tests de empilhadeiras e caminhões.
A expectativa é de que passem pela feira mais de 6 mil visitantes, entre representantes de empresas americanas, alemãs e chinesas, de todos os modais logísticos, de Condomínios Logísticos, Centros de Distribuições, Armazenagem, Estocagem, Consultorias e profissionais como Agentes de Carga, Armadores, Despachantes Aduaneiros, Importadores e Exportadores.
São 18 países já confirmados e 241 cidades no mundo prospectando a feira. Eventos como esse podem contribuir para a chegada de novas empresas multinacionais na região de Jundiaí.
A entrada é gratuita, mas é necessário o credenciamento pelo site: www.feiradelogistica.com/credenciamento
SERVIÇO:
Feira Internacional de Logística: 24 a 26 de maio de 2023
A entrada de visitantes será gratuita, no Parque da Uva, em Jundiaí/SP.
Credenciamento: www.feiradelogistica.com/credenciamento
FONTE: SETCESP
Avansat lança sistema que facilita o monitoramento de entregas
Notícias 25 de abril de 2023
Um equipamento que permite monitorar o sistema de entregas de encomendas ou de cargas está facilitando o dia a dia de empresas do setor logístico. A Avansat, empresa que atua há 25 anos com gestão de frotas e desenvolvimento de soluções de videomonitoramento e rastreamento de cargas, está lançando no mercado a ferramenta BoxCam.
Desenvolvido em tempo recorde ainda no primeiro semestre deste ano e já implementado por clientes nacionais e internacionais, o equipamento é de fácil instalação e cobre toda a área do veículo, com abrangência de 360 graus e sem interferir no layout do carro ou do caminhão. A inovação traz segurança para quem contrata a tecnologia para quem transporta, pois o monitoramento do veículo pode ser feito nas 24 horas do dia e as informações ficam armazenadas em ambiente virtual, à disposição do cliente.
Dessa forma, a BoxCam garante maior proteção de cargas e encomendas, já que a “uberização” (ou terceirização) dos serviços de entrega cresceram de forma exponencial durante a pandemia e com o avanço do e-commerce – especialmente em períodos como Black Friday e final de ano.
“É um equipamento de fácil instalação, conta com sensores antivandalismo e excelente custo-benefício. Fomos desafiados a desenvolver um sistema prático, a partir da necessidade de as empresas terem maior controle sobre as entregas, que tiveram uma escalada com a pandemia. Desenvolvemos um sistema simples e inovador, que é capaz de atender às pequenas, médias e grandes empresas”, afirma Sérgio Raabe, diretor da Avansat.
Sobre a Avansat
Líder em videomonitoramento veicular no Brasil, a Avansat é reconhecida pela inovação nas soluções desenvolvidas de acordo com as necessidades dos clientes. A empresa, com sede em Porto Alegre, já tem mais de 20 milhões de entregas protegidas, mais de 15 milhões de quilômetros rodados sob o monitoramento da empresa e mais de 1 milhão de horas de vídeos ao vivo. A empresa fornece informações relevantes para uma gestão mais inteligente da frota.
FONTE: SETCERGS
Crédito financeiro para transportadoras preocupa empresários do setor
Notícias 24 de abril de 2023
O e-commerce brasileiro, segundo a Neotrust, faturou R$ 161 bilhões em 2021, número que representa uma alta de 27% em comparação com o ano de 2020. A movimentação do setor, porém, apresenta um crescimento que, na visão de transportadores do segmento, é um sinal de estabilização por conta do retorno à normalidade proporcionado pelo fim do isolamento social.
Para Guilherme Juliani, Diretor da especialidade de transporte de e-commerce do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (SETCESP) e CEO do Grupo MOVE3, este ano será desafiador para o setor. Entre as preocupações do executivo, está a questão do crédito financeiro para as transportadoras, que vem sendo dificultado pelo efeito da crise das Lojas Americanas.
Juliani também comentou a respeito da Medida Provisória (MP) 1.153, que tem sido motivo de debate entre embarcadores e transportadores. “Estamos preparando tudo para os dois sentidos: a lei ser aprovada ou não. Do nosso ponto de vista, temos que estar preparados para o pior e torcer pelo melhor”, comenta.
Guilherme, hoje no comando do comitê das transportadoras para e-commerce associadas ao SETCESP, conta, com exclusividade ao portal Frota&Cia, a visão geral de um setor que prosperou nos últimos anos, mas que enfrenta diversos desafios econômicos atuais e outros ainda por vir.
Frota&Cia: Como funciona a atuação do Setcesp dentro da especialidade de transporte de e-commerce?
Guilherme Juliani: Formamos um grupo com as principais empresas de transporte do mundo do e-commerce do porta a porta, que é a entrega B2C. O objetivo desse grupo é que possamos unificar algumas regras que existem no setor. Pelo crescimento que o e-commerce teve, aconteceu uma entrada muito grande de empresas nesse setor e nem todas conheciam, mais ou menos, a dinâmica para poder atuar nele. Então, desconheciam como funciona uma tabela de preço, como funcionam as regras de seguro, algumas práticas de cobrança de cubagem, devolução de CT-e (Conhecimento de Transportes Eletrônico), entre outros. Ou seja, muitas empresas tinham dúvida de como entrar nesse setor, porque ele é muito diferente do setor tradicional de transportes que, geralmente, o transportador tem uma carreta, enche ela, gera um conhecimento para o cliente e faz o fretamento final. No e-commerce, o caminhão sai com 50 mil CT-e, então é uma dinâmica muito diferente. Criamos esse grupo para tentar tirar as dúvidas dessas empresas que estavam entrando e para quem já estava no setor. Tentamos unificar a formatação das políticas das empresas para tratar com os clientes do setor.
Frota&Cia: Quais as dificuldades do segmento atualmente?
Guilherme Juliani: As dificuldades são inúmeras. Tem as dificuldades da logística reversa, hoje, que tem uma parte fiscal difícil de fechar o procedimento para trazer a mercadoria com uma simples declaração de conteúdo passando por muitas barreiras fiscais; tem as dificuldades sistêmicas de gerar centenas de milhares de conhecimentos por dia, medindo 100% da carga. Por isso, estamos querendo criar no setor, junto ao IPTC (Instituto Paulista do Transporte de Cargas), que é o Instituto de Pesquisa, as melhores práticas para todos seguirem e como conseguir alcançar isso. Por exemplo, o simples fato como cobrar cubagem do seu cliente. A maioria das empresas nem sabe como vão conseguir cubar todos os milhares de pacotinhos que passam dentro de um CD (Centro de Distribuição). Sendo assim, trazemos alguns fornecedores e tecnologias que possam auxiliar a fazer isso, mostramos como deve ser feito, etc. É muito nesse sentido.
Frota&Cia: Existe alguma certificação específica para atuar no e-commerce?
Guilherme Juliani: Depende, se estivermos trabalhando para o e-commerce com produtos termo cosméticos, farmacêuticos, etc, você precisa cumprir as licenças da Anvisa. Mas para o e-commerce em geral, não. Se estamos falando de transportar para a Nike, Havaianas, aí não precisa de certificação nenhuma. Mas dependendo do produto que você está transportando, terá alguma legislação específica da Anvisa, normalmente.
Frota&Cia: Como foi o ano de 2022 para as transportadoras de e-commerce?
Guilherme Juliani: O último número que temos é de 2021 fechado, algo em torno de 330 milhões de pacotes entregues no ano. O que já temos do ano passado é que, somente no movimento cross border foram 170 milhões de pacotes entregues, maioria “esmagadora” do segmento é feita pelos Correios. Pelos números, tivemos uma Black Friday fraca e um ano de 2021 bom. Então, 2022 deve ter fechado com crescimento em torno de 15%, pelas estimativas.
Frota&Cia: Como está o efeito da crise das Lojas Americanas para as transportadoras de segmento?
Guilherme Juliani: Vamos separar a resposta em alguns blocos. Número um, as transportadoras que eram fornecedores deles nem preciso dizer que estão sofrendo bastante. Tínhamos contato com uma que “quebrou” no meio do caminho, simplesmente faliu, não aguentou o “baque” de ter o maior cliente dele largando duas ou três faturas para trás, porque não foi só o mês. Tem muita transportadora que está sofrendo com isso. Um outro aspecto negativo que teve foi que a Americanas, o grande movimento dela, acabou transbordando para o Mercado Livre, ou para outras plataformas que têm a logística própria. Tudo bem que a Americanas já tinha muita coisa sendo feita pela Direct, que é a transportadora dela, mas ainda usava algumas empresas para fazer entrega, a própria Direct usava. Isso acabou indo para o Mercado Livre, por exemplo, com praticamente 100% de logística própria, 95%, mais ou menos, ele faz por logística própria. São entregas que sumiram das transportadoras. O outro efeito, o mais óbvio da história, mas óbvio também precisa ser dito, é que com a Americanas o crédito existente no mercado desapareceu. Hoje, está muito difícil as transportadoras se financiarem, o crédito está muito caro, quando você acha. A maioria dos bancos estão recusando empréstimos e a maioria das transportadoras são extremamente alavancadas, seja para fluxo de caixa ou seja para compra de equipamentos.
Frota&Cia: E quais são as suas expectativas para este ano?
Guilherme Juliani: Acho que ainda vai teremos muita dificuldade no setor por conta da limitação do crédito. Muita empresa terá dificuldade. Quem estava com empréstimo a juros variáveis terá mais dificuldade ainda, porque uma coisa era pegarmos 10 mil reais, 100 mil reais emprestado e pagar 10% ou 12% de juros. Outra coisa é pagar agora entre 25% a 30% de juros. Não conheço nenhum negócio que dê, na última linha, lucro de 25%. Como você vai pagar um juros de 25% no seu negócio que está bem alavancado em empréstimo? Muita empresa vai passar por essa dificuldade. Normalmente, quando você tem muitas empresas do mesmo ramo em dificuldade o que acontece são consolidações. Acho que será um ano difícil para transporte e no final desse ano terá bastante consolidação das transportadoras.
Frota&Cia: Você tem acompanhado a Medida Provisória 1.153, que determina sobre a questão da contratação de seguros entre embarcadores e transportadores? Como pode impactar no e-commerce?
Guilherme Juliani: Isso eu tenho acompanhado pelas mídias do Setcesp. No e-commerce já existem várias plataformas, marketplaces ou clientes grandes, que usam a carta DDR (Dispensa de Direito de Regresso) para o transporte. Então, simplesmente segue o PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos) do embarcador e, com isso, não cobra o seguro do seu cliente. O que estamos fazendo junto com ao IPTC, na comissão, é demonstrar para as transportadoras que, independentemente do seu cliente aplicar uma carta de dispensa de direto de regresso e a transportadora não precisar contratar o seguro, ainda assim é necessário cumprir o PGR feito ali. Então, já tem um ad valorem a ser cobrado, que é a gestão do risco do negócio. Não é porque o transportador não pagará o seguro que não cumprirá toda a cartilha de PGR. E cumprir uma cartilha de PGR tem um custo alto, então as orientações para os associados são nesse sentido.
Frota&Cia: A aprovação da medida pode ser realmente um problema para o e-commerce?
Guilherme Juliani: É uma dificuldade porque você acaba tendo que, dentro de um mesmo caminhão, cumprir 4 ou 5 PGRs diferentes. Não é uma política muito comum nossa, como transportadores, fazer isso. Mas sabemos que para o e-commerce, muitas vezes, em troca de um contrato grande as transportadoras acabam aceitando tudo que o embarcador impõe. É uma dificuldade grande para o setor. A nossa orientação (Setcesp) é que resista o máximo possível aceitar o DDR do seu cliente. Mas aí, uma vez imposto, você tem que cobrar o ad valorem para que consiga cumprir 5 ou 6 PGRs dentro de um único caminhão.
Frota&Cia: Na sua opinião, a ideia de levar a responsabilidade da contratação do seguro para o transportador é boa, ou não?
Guilherme Juliani: Isso vai depender muito da tecnologia do transportador. Se estamos falando de empresas pequenas, isso é muito ruim. Se estamos falando de uma empresa maior, que tenha uma estrutura forte, uma cultura de cumprimento de processos mais bem arraigada, isso não é o maior dos problemas. Temos centenas de outros problemas para tratar e sabemos que o Setcesp está lutando por isso. Então, ele é o nosso patrono na luta e nós estamos preparando tudo para os dois sentidos: a lei ser aprovada ou não. Do nosso ponto de vista, temos que estar preparados para o pior e torcer pelo melhor.
FONTE: SETCESP
Panorama Transportes: movimentação de cargas cresceu em fevereiro de 2023
Notícias 24 de abril de 2023
O transporte rodoviário de grãos no Brasil registrou alta de mais de 35% nos dois primeiros meses de 2023 e ultrapassou a marca de 10 milhões de toneladas no ano. A movimentação de combustíveis pelas rodovias também obteve resultado positivo, com 5,88 milhões de m³ transportados, um aumento de 6,7% relativo ao mesmo período do ano passado.
No setor aquaviário foram movimentadas cerca de 124 milhões de toneladas entre os meses de janeiro e fevereiro, 2,7% a mais do que no mesmo período de 2022. Já o setor ferroviário registrou em fevereiro uma leve recuperação em relação ao mês de janeiro de 2023
Passageiros
O transporte aéreo de passageiros registrou alta em relação a 2022. A variação anual de passageiros doméstico foi de 14%, enquanto a de internacional foi de 73%, representando, em conjunto, mais de 18 milhões de pessoas em viagens aéreas.
A quantidade de passageiros transportados por rodovias interestaduais também aumentou, em 21% em relação a 2023. No mês de fevereiro, foram 2,4 milhões de viagens realizadas.
Esse aumento do fluxo nas rodovias brasileiras pode ser observado também a partir do índice ABCR, que é um indicador relacionado à movimentação de veículos nas rodovias. O valor do índice, em relação a 2022 do mês de fevereiro, apresentou uma elevação de quase 3%. O tráfego pedagiado nas rodovias concedidas também apresenta um crescimento de quase 10% no acumulado do ano de 2023 em relação ao ano passado.
Redução de mortes nas rodovias
O número de mortos em acidentes rodoviários teve uma queda de 8,2% entre os meses de janeiro e fevereiro de 2023 quando comparado com o mesmo período de 2022. Durante o Carnaval, a Polícia Rodoviária Federal adotou diversas estratégias de fiscalização para o controle da acidentalidade: aferição de velocidade, ultrapassagens proibidas e uso de álcool em diversos pontos estratégicos fizeram com que muitos motoristas imprudentes fossem autuados.
Empregos
No mês de fevereiro o setor de transportes também foi responsável pela criação de mais de 15 mil empregos. Os destaques são para a quantidade de novos cargos no setor rodoviário de carga e de passageiros, representando respectivamente, 5.301 e 9.440 novos postos de trabalho.
Essas e mais informações estão disponíveis no Panorama de Transportes elaborado pelo Observatório Nacional de Transporte e Logística (ONTL) que detalha mensalmente os dados do setor de transportes e pode ser acessado clicando aqui.
FONTE: SETCERGS
Crédito financeiro para transportadoras preocupa empresários do setor
Notícias 24 de abril de 2023
O e-commerce brasileiro, segundo a Neotrust, faturou R$ 161 bilhões em 2021, número que representa uma alta de 27% em comparação com o ano de 2020. A movimentação do setor, porém, apresenta um crescimento que, na visão de transportadores do segmento, é um sinal de estabilização por conta do retorno à normalidade proporcionado pelo fim do isolamento social.
Para Guilherme Juliani, Diretor da especialidade de transporte de e-commerce do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (SETCESP) e CEO do Grupo MOVE3, este ano será desafiador para o setor. Entre as preocupações do executivo, está a questão do crédito financeiro para as transportadoras, que vem sendo dificultado pelo efeito da crise das Lojas Americanas.
Juliani também comentou a respeito da Medida Provisória (MP) 1.153, que tem sido motivo de debate entre embarcadores e transportadores. “Estamos preparando tudo para os dois sentidos: a lei ser aprovada ou não. Do nosso ponto de vista, temos que estar preparados para o pior e torcer pelo melhor”, comenta.
Guilherme, hoje no comando do comitê das transportadoras para e-commerce associadas ao SETCESP, conta, com exclusividade ao portal Frota&Cia, a visão geral de um setor que prosperou nos últimos anos, mas que enfrenta diversos desafios econômicos atuais e outros ainda por vir.
Frota&Cia: Como funciona a atuação do Setcesp dentro da especialidade de transporte de e-commerce?
Guilherme Juliani: Formamos um grupo com as principais empresas de transporte do mundo do e-commerce do porta a porta, que é a entrega B2C. O objetivo desse grupo é que possamos unificar algumas regras que existem no setor. Pelo crescimento que o e-commerce teve, aconteceu uma entrada muito grande de empresas nesse setor e nem todas conheciam, mais ou menos, a dinâmica para poder atuar nele. Então, desconheciam como funciona uma tabela de preço, como funcionam as regras de seguro, algumas práticas de cobrança de cubagem, devolução de CT-e (Conhecimento de Transportes Eletrônico), entre outros. Ou seja, muitas empresas tinham dúvida de como entrar nesse setor, porque ele é muito diferente do setor tradicional de transportes que, geralmente, o transportador tem uma carreta, enche ela, gera um conhecimento para o cliente e faz o fretamento final. No e-commerce, o caminhão sai com 50 mil CT-e, então é uma dinâmica muito diferente. Criamos esse grupo para tentar tirar as dúvidas dessas empresas que estavam entrando e para quem já estava no setor. Tentamos unificar a formatação das políticas das empresas para tratar com os clientes do setor.
Frota&Cia: Quais as dificuldades do segmento atualmente?
Guilherme Juliani: As dificuldades são inúmeras. Tem as dificuldades da logística reversa, hoje, que tem uma parte fiscal difícil de fechar o procedimento para trazer a mercadoria com uma simples declaração de conteúdo passando por muitas barreiras fiscais; tem as dificuldades sistêmicas de gerar centenas de milhares de conhecimentos por dia, medindo 100% da carga. Por isso, estamos querendo criar no setor, junto ao IPTC (Instituto Paulista do Transporte de Cargas), que é o Instituto de Pesquisa, as melhores práticas para todos seguirem e como conseguir alcançar isso. Por exemplo, o simples fato como cobrar cubagem do seu cliente. A maioria das empresas nem sabe como vão conseguir cubar todos os milhares de pacotinhos que passam dentro de um CD (Centro de Distribuição). Sendo assim, trazemos alguns fornecedores e tecnologias que possam auxiliar a fazer isso, mostramos como deve ser feito, etc. É muito nesse sentido.
Frota&Cia: Existe alguma certificação específica para atuar no e-commerce?
Guilherme Juliani: Depende, se estivermos trabalhando para o e-commerce com produtos termo cosméticos, farmacêuticos, etc, você precisa cumprir as licenças da Anvisa. Mas para o e-commerce em geral, não. Se estamos falando de transportar para a Nike, Havaianas, aí não precisa de certificação nenhuma. Mas dependendo do produto que você está transportando, terá alguma legislação específica da Anvisa, normalmente.
Frota&Cia: Como foi o ano de 2022 para as transportadoras de e-commerce?
Guilherme Juliani: O último número que temos é de 2021 fechado, algo em torno de 330 milhões de pacotes entregues no ano. O que já temos do ano passado é que, somente no movimento cross border foram 170 milhões de pacotes entregues, maioria “esmagadora” do segmento é feita pelos Correios. Pelos números, tivemos uma Black Friday fraca e um ano de 2021 bom. Então, 2022 deve ter fechado com crescimento em torno de 15%, pelas estimativas.
Frota&Cia: Como está o efeito da crise das Lojas Americanas para as transportadoras de segmento?
Guilherme Juliani: Vamos separar a resposta em alguns blocos. Número um, as transportadoras que eram fornecedores deles nem preciso dizer que estão sofrendo bastante. Tínhamos contato com uma que “quebrou” no meio do caminho, simplesmente faliu, não aguentou o “baque” de ter o maior cliente dele largando duas ou três faturas para trás, porque não foi só o mês. Tem muita transportadora que está sofrendo com isso. Um outro aspecto negativo que teve foi que a Americanas, o grande movimento dela, acabou transbordando para o Mercado Livre, ou para outras plataformas que têm a logística própria. Tudo bem que a Americanas já tinha muita coisa sendo feita pela Direct, que é a transportadora dela, mas ainda usava algumas empresas para fazer entrega, a própria Direct usava. Isso acabou indo para o Mercado Livre, por exemplo, com praticamente 100% de logística própria, 95%, mais ou menos, ele faz por logística própria. São entregas que sumiram das transportadoras. O outro efeito, o mais óbvio da história, mas óbvio também precisa ser dito, é que com a Americanas o crédito existente no mercado desapareceu. Hoje, está muito difícil as transportadoras se financiarem, o crédito está muito caro, quando você acha. A maioria dos bancos estão recusando empréstimos e a maioria das transportadoras são extremamente alavancadas, seja para fluxo de caixa ou seja para compra de equipamentos.
Frota&Cia: E quais são as suas expectativas para este ano?
Guilherme Juliani: Acho que ainda vai teremos muita dificuldade no setor por conta da limitação do crédito. Muita empresa terá dificuldade. Quem estava com empréstimo a juros variáveis terá mais dificuldade ainda, porque uma coisa era pegarmos 10 mil reais, 100 mil reais emprestado e pagar 10% ou 12% de juros. Outra coisa é pagar agora entre 25% a 30% de juros. Não conheço nenhum negócio que dê, na última linha, lucro de 25%. Como você vai pagar um juros de 25% no seu negócio que está bem alavancado em empréstimo? Muita empresa vai passar por essa dificuldade. Normalmente, quando você tem muitas empresas do mesmo ramo em dificuldade o que acontece são consolidações. Acho que será um ano difícil para transporte e no final desse ano terá bastante consolidação das transportadoras.
Frota&Cia: Você tem acompanhado a Medida Provisória 1.153, que determina sobre a questão da contratação de seguros entre embarcadores e transportadores? Como pode impactar no e-commerce?
Guilherme Juliani: Isso eu tenho acompanhado pelas mídias do Setcesp. No e-commerce já existem várias plataformas, marketplaces ou clientes grandes, que usam a carta DDR (Dispensa de Direito de Regresso) para o transporte. Então, simplesmente segue o PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos) do embarcador e, com isso, não cobra o seguro do seu cliente. O que estamos fazendo junto com ao IPTC, na comissão, é demonstrar para as transportadoras que, independentemente do seu cliente aplicar uma carta de dispensa de direto de regresso e a transportadora não precisar contratar o seguro, ainda assim é necessário cumprir o PGR feito ali. Então, já tem um ad valorem a ser cobrado, que é a gestão do risco do negócio. Não é porque o transportador não pagará o seguro que não cumprirá toda a cartilha de PGR. E cumprir uma cartilha de PGR tem um custo alto, então as orientações para os associados são nesse sentido.
Frota&Cia: A aprovação da medida pode ser realmente um problema para o e-commerce?
Guilherme Juliani: É uma dificuldade porque você acaba tendo que, dentro de um mesmo caminhão, cumprir 4 ou 5 PGRs diferentes. Não é uma política muito comum nossa, como transportadores, fazer isso. Mas sabemos que para o e-commerce, muitas vezes, em troca de um contrato grande as transportadoras acabam aceitando tudo que o embarcador impõe. É uma dificuldade grande para o setor. A nossa orientação (Setcesp) é que resista o máximo possível aceitar o DDR do seu cliente. Mas aí, uma vez imposto, você tem que cobrar o ad valorem para que consiga cumprir 5 ou 6 PGRs dentro de um único caminhão.
Frota&Cia: Na sua opinião, a ideia de levar a responsabilidade da contratação do seguro para o transportador é boa, ou não?
Guilherme Juliani: Isso vai depender muito da tecnologia do transportador. Se estamos falando de empresas pequenas, isso é muito ruim. Se estamos falando de uma empresa maior, que tenha uma estrutura forte, uma cultura de cumprimento de processos mais bem arraigada, isso não é o maior dos problemas. Temos centenas de outros problemas para tratar e sabemos que o Setcesp está lutando por isso. Então, ele é o nosso patrono na luta e nós estamos preparando tudo para os dois sentidos: a lei ser aprovada ou não. Do nosso ponto de vista, temos que estar preparados para o pior e torcer pelo melhor.
FONTE: SETCESP
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