Notícias

Filtrar Notícias

Governo federal vai investir R$ 1,7 bi em melhorias nos setores rodoviário e ferroviário

Notícias 06 de fevereiro de 2023

O governo federal anunciou um investimento de R$ 1,7 bilhão em melhorias nos setores rodoviário e ferroviário do país. O objetivo é retomar e intensificar as obras, preparar as rodovias para o período das chuvas, diminuir o número de acidentes graves nas estradas e garantir o escoamento da safra agrícola. A ação faz parte do Plano de 100 Dias de ações prioritárias do Ministério dos Transportes. 

Com o aporte, será possível entregar 861 quilômetros de estradas pavimentadas, revitalizadas e sinalizadas, até abril deste ano, além da construção e revitalização de 72 pontes e viadutos no mesmo período. As principais obras estão localizadas em 12 rodovias que cortam o país: BR-432/RR, BR-364/AC, BR-116/CE, BR-101/SE, BR-116/BA, BR-080/GO, BR-101/AL, BR-381/MG, BR-, 447/ES, BR-163/PR, BR-470/SC e BR-116/RS.

Atualmente, cerca de 20% das rodovias federais estão concedidas à iniciativa privada, segundo dados do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Para o diretor de Planejamento e Economia da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB), Roberto Guimarães, cabe ao governo manter as boas condições de uso das rodovias não concedidas.

“Buraco em rodovia sem manutenção, rodovia sem estar duplicada aumenta o custo do transporte, aumenta o custo do pneu, do óleo diesel, gasta mais óleo. Então é muito importante investir nas rodovias não concedidas à iniciativa privada. E se não foram concedidas ainda, é porque não tem o retorno econômico para o setor privado comprar. Então é papel do estado mantê-las.”

Guimarães destaca os principais benefícios do investimento no setor rodoviário: “O benefício é redução de custos, do Custo Brasil, da poluição, porque quanto menos tempo o caminhão fica na estrada, ele gasta menos combustível e polui menos. O investimento em rodovia é redução de acidentes.”

O professor de Economia de Transportes da Universidade de Brasília (UnB), Gildemir da Silva, explica que o investimento em rodovias pode aumentar a competitividade da economia nacional.

“No momento em que diminui custos logísticos, o produto tem um valor menor no mercado. E aí ele entra em competitividade com outros produtos de valores menores em outros países. Então, investir em rodovia faz com que o custo logístico diminua, o que diminui o custo do produto final. O produto final, sendo de menor preço, fica mais competitivo no mercado internacional.”

Outra vantagem econômica é a geração de emprego e renda, como aponta Gildemir da Silva. “Existem duas vertentes. Primeiro no processo de construção e manutenção [das rodovias] que gera recursos e empregos. E no segundo momento na operação, que também gera empregos. E hoje com a indústria 4.0, esses empregos podem ser de alta tecnologia. Como aumenta a competitividade, as indústrias nacionais, o agronegócio e a mineração alavancam certos trabalhos também, porque o volume aumenta, e aí precisam de mais gente trabalhando.”

Ferrovias

No setor ferroviário, as ações do Plano de 100 Dias envolvem:

  • FIOL II – Publicação do Edital – Lote 7F – remanescente de obras (abril/2023)
  • EF-222/RJ – Contratação da 3ª etapa da Adequação de Ramal Ferroviário em Barra Mansa-RJ (abril/2023)
  • Novas ferrovias autorizadas – Assinatura de 11 contratos
  • Corredor FICO-FIOL – Fase final dos estudos (abril/2023)
  • Rumo Malha Oeste – Audiência Pública (abertura)
  • EF-170 MT/PA – Tratativas para retomada dos estudos
  • Visitas técnicas a obras – FIOL I (Ilhéus/BA-Caetité/BA) e FIOL II (Caetité/BA-Barreiras/BA); Ferrovia Norte-Sul (trecho em obras Ouro Verde/GO-Rio Verde/GO); FICO (Mara Rosa/GO-Água Boa/MT); Transnordestina
  • Destinação, por meio de doação ou cessão, de 1.000 sucatas de vagões e locomotivas
  • Revisão do Marco Regulatório de Ferrovias
  • Diretrizes da Política Pública de Autorizações Ferroviárias
  • Estruturação do Programa PPP Ferrovias
  • Política Nacional de Transporte Ferroviário de Passageiros

O diretor de Planejamento e Economia da ABDIB, Roberto Guimarães, explica que a malha ferroviária brasileira atualmente é pequena e serve, basicamente, para transporte de minério de ferro e de soja.

“É um investimento estruturante. E o setor privado não faz isso sozinho. O que é estruturante? Você vai de um lugar A para B que nem sempre tem a demanda. Mas você faz a ferrovia primeiro e depois vai gerar todos os adensamentos ao longo da ferrovia. Então é muito importante o país estar pensando em melhorar o seu modal de transporte, colocar mais ferrovias, com parcerias público-privadas. Então é preciso ter nas ferrovias parceria público privada, com todos os benefícios: redução de poluição, melhora no transporte e redução do Custo Brasil.”

Baixo investimento

O Plano de 100 Dias também prevê a retomada de 670 quilômetros de obras que estão paradas atualmente por falta de verbas, a elaboração de projetos que contemplam 1.400 quilômetros de rodovias, além de 19 ações ambientais envolvendo estudos, plantio compensatório e recuperação de áreas degradadas.

No entanto, o professor Gildemir da Silva avalia que o aporte de R$ 1,7 bilhão é um recurso baixo.

“Eu não sei se isso resultará em grandes resultados. Contudo, investir em rodovias nesse momento é um ponto mais crucial, porque, no curto prazo, rodovias dão resultados mais rápidos. E há a necessidade de recuperação de algumas estradas. E aí vai depender da prioridade dada. Já as ferrovias, R$ 1,7 bilhão não resolve muita coisa. Ferrovia é muito caro.”

O Ministério dos Transportes também recebeu sugestões de ações prioritárias por meio de uma consulta pública. Ao todo, foram mais de 6.000 contribuições da sociedade civil, sendo a maioria no sentido de ampliar a competitividade da infraestrutura e da logística de transportes de cargas e pessoas; promover a segurança do trânsito; melhorar a qualidade da infraestrutura e serviços de transportes; entre outros pontos relacionados à redução da burocracia, sustentabilidade, governança e acesso à informação.

Fonte: NTC&Log

Áreas de descanso atenderam mais de 80 mil motoristas caminhoneiros nas rodovias paulistas em 2022

Notícias 06 de fevereiro de 2023

Criadas dentro do Programa de Concessões Rodoviárias do Estado de São Paulo, sob gestão da ARTESP (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), as áreas de descanso oferecem um local exclusivo para os caminhoneiros tomarem um banho, jantar ou simplesmente recuperar as energias antes de voltar às rodovias.

Somente no ano passado, mais de 80 mil motoristas caminhoneiros foram atendidos nas oito áreas de descanso em funcionamento nas rodovias paulistas. Esses locais oferecem um total de 681 vagas. Além destas, outras 12 serão implantadas nos próximos meses, com mais 500 vagas.

Nos espaços exclusivos a estes motoristas localizados na SP 255 (rodovias Comandante João Ribeiro de Barros e Eduardo Saigh), em Bocaina e Taquarituba, foram realizados 12 mil atendimentos pela concessionária ViaPaulista.

Já no posto da Rodovia Governador Adhemar de Barros (SP 340), em Jaguariúna, outros 17,9 mil caminhoneiros utilizaram os serviços disponibilizados pela Renovias. Nas áreas de descanso mantidas pela concessionária Triângulo do Sol na Rodovia Washington Luiz (SP 310), nos kms 407 e km 292, em Uchoa e Matão, respectivamente, passaram mais de 42 mil caminhoneiros, que utilizaram os serviços como vestiários com duchas, sala de descanso com televisão, sanitário, espaço para alimentação, mesa de trabalho e wi-fi.

“É uma categoria que tem papel de destaque na economia do país, pois responde pelo transporte de mais de 60% das cargas e que merecem toda atenção e infraestrutura para trabalhar. As áreas de descanso são essenciais para contribuir para a saúde e bom desempenho desse profissional”, enfatiza Milton Persoli, diretor geral da ARTESP.

Além dos espaços oferecidos a esses profissionais, a concessionária CCR ViaOeste atendeu 3.355 motoristas e a CCR Autoban outros 5.719 por meio de serviços voltados à saúde do caminhoneiro pelo programa “Caminhos para a Saúde”, com exames de tipagem sanguínea, glicemia e colesterol, além de aferição da pressão arterial, acuidade visual e cuidados com a saúde bucal em suas áreas de descanso nas rodovias Castello Branco (SP 280) e dos Bandeirantes (SP 348). Nos mesmos locais também é possível participar da ação “Parada Desabafo”, que oferece apoio emocional, com bate papo e acolhimento aos motoristas.

Além destes espaços em operação, há previsão de implantação de outras 12 áreas de descanso para caminhoneiros nas rodovias SP-065, SP-191, SP-304, SP-284, SP-294, SP-310 e SP-225.

Fonte: NTC&Log

Seguro de cargas: esclarecimento sobre os efeitos da Medida Provisória 1.153/2022

Notícias 03 de fevereiro de 2023

A Superintendência de Seguros Privados (Susep), tendo em vista a edição da Medida Provisória (MP) nº 1.153, de 29 de dezembro de 2022, vem a público esclarecer que, até que a nova regulamentação infralegal seja publicada, a Resolução CNSP nº 219, de 06 de dezembro de 2010, e a Circular Susep nº 422, de 1º de abril de 2011, permanecem em vigor e deverão ser observadas, exceto naquilo em que divergirem da MP.

Adicionalmente, considerando que a MP em questão depende de apreciação pelo Congresso Nacional, nos termos do art. 62 da Constituição Federal, podem ocorrer alterações no texto originalmente publicado ou até mesmo a rejeição ou a perda de eficácia da matéria. Desse modo, a autarquia entende prudente e necessário aguardar a tramitação da proposta para que sejam tomadas as providências que impliquem em alterações normativas, até que seja conhecida a versão definitiva do texto legal (lei de conversão), a qual deverá ser considerada e rigorosamente observada na elaboração da regulamentação infralegal pelo CNSP e pela Susep. Por fim, vale lembrar que a Resolução CNSP que dispõe sobre o Seguro Obrigatório de Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário – Carga (RCTR-C) e a Circular Susep que dispõe sobre o Seguro de Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário por Desaparecimento de Carga (RCF-DC), dentre outras normas que tratam de seguros de responsabilidade civil do transportador de carga, estão em processo de revisão, tendo sido recentemente submetidas à Consulta Pública por meio do Edital de Consulta Pública Nº 28/2022/SUSEP, publicado em 22/12/2022.

Fonte: NTC&Log

E-commerce desacelera e registra crescimento de 2% em 2022

Notícias 03 de fevereiro de 2023

O e-commerce brasileiro registrou crescimento tímido de 2% em 2022, de acordo com relatório produzido pela NIELSENIQ|EBIT, divulgado nesta quinta-feira (2/2). O levantamento mostra que a desaceleração no volume de vendas foi impulsionada pelo segundo semestre do ano, que foi mais fraco, junto a volta completa do comércio presencial no pós-pandemia.

“Os resultados, em geral, demonstram desaceleração do crescimento do e-commerce no Brasil. Isso ocorre porque vivemos um momento em que há uma retomada do comércio presencial, com o fim definitivo do isolamento social durante a pandemia no Brasil, além de um ambiente com inflação e juros altos. Mesmo assim, o crescimento de 2% ainda representa relevância e estabilidade do setor”, avaliou o head de e-commerce da NIELSENIQ|EBIT, Marcelo Osanai.

O segmento que teve maior destaque de crescimento na comparação anual foi o de Perfumaria e Cosméticos, com crescimento de 21,2%. O setor se distanciou em quase 5 pontos percentuais do segundo colocado — Pet Shop, com 16,3%. Em seguida, ficou o segmento de Eletrônicos com 10,5%, e Casa e Decoração (9,6%).

Em volume de pedidos, o grupo de Alimentos e Bebidas continua registrando o melhor desempenho, com alta de 71,7%, em relação a 2021. O segmento de Perfumaria e Cosméticos também visualizou alta, com crescimento de 22,8%, no mesmo período de comparação.

Forte: SETCESP

ICMS e ISS: nova PEC da reforma tributária prevê simplificar tributos

Notícias 02 de fevereiro de 2023

O senador Oriovisto Guimarães apresentou uma proposta de emenda à Constituição (PEC) de reforma tributária com o objetivo de simplificar a cobrança dos impostos sobre o consumo.

O senador pretende com a PEC 46/2022, que foi subscrita por outros 36 senadores, unificar as leis estaduais, do Distrito Federal e municipais que regulam o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços (ICMS) e o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), assim beneficiando cidadãos e setor produtivo.

De acordo com o texto, as 27 legislações estaduais e do DF que tratam do ICMS e as milhares de leis municipais sobre o ISS seriam substituídas por duas, uma para cada imposto, com abrangência nacional.

Com esse fim, a PEC prevê a edição de duas leis complementares, de competência da União, para estabelecer normas gerais de direito tributária.

Porém, não terá unificação de alíquotas, já que continuarão sendo determinadas e ajustadas pelas leis dos estados, do DF e dos municípios, conforme a necessidade de arrecadação de cada ente subnacional.

A PEC também prevê o estabelecimento de câmara de compensação para reduzir desequilíbrios de alíquotas entre estados.

A proposta não altera a carga tributária nem prevê a geração de novas despesas para o Tesouro Nacional, que não participará da gestão da mudança de padrão do ICMS e do ISS — a unificação do processo será gerida pelo conjunto dos estados e dos municípios.

A PEC também estabelece a cobrança de ICMS e ISS no local de destino do consumo, considerando que a demanda de serviços públicos se dá no local onde o consumidor se encontra, e o valor dos impostos ficará sempre explícito em cada produto.

Nova PEC

Oriovisto definiu a reforma tributária como um dos grandes desafios que o Congresso precisa enfrentar, no entanto lamentou a falta de resultados das muitas tentativas de deliberação sobre o tema.

Para o senador, a nova PEC se distingue das outras propostas em tramitação por seu foco no enfrentamento da complexidade tributária e de seus custos para a sociedade.

Ele lembra que há consenso de que algo precisa ser feito — o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo Oriovisto, já tinha manifestado desde antes da posse o interesse em pautar o debate sem demora.

“A intenção de o novo governo implementar uma reforma tributária é pública. O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha; o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; a ministra do Planejamento, Simone Tebet; e o próprio presidente da República já se manifestaram à imprensa sobre a necessidade de aprovar uma reforma tributária. E mais: todos eles sinalizam que o horizonte de tempo para a aprovação de uma reforma tributária é o primeiro semestre de 2023”, disse Oriovisto à Agência Senado.

O senador considera que as principais PECs sobre reforma tributária que tramitam na Câmara (PEC 45/2019) e no Senado (PEC 110/2019) não avançam porque representam risco a determinadas atividades econômicas e às finanças de alguns entes subnacionais.

A justificativa para isso é que elas movem carga tributária entre os setores da indústria e de serviço e transferem a base de cálculo de impostos entre estados e municípios.

Sem esses impasses, segundo o senador, a nova proposta de simplificação do ICMS e do ISS terá mais facilidade de ser aprovada.

Com as mudanças, Oriovisto espera beneficiar as empresas com a redução de custos com gerenciamento tributário, e os consumidores terão maior clareza sobre o valor dos impostos em cada operação.

“Os consumidores também vão se beneficiar com a redução de custos das empresas. Com custos menores, as empresas poderão oferecer preços finais melhores também e se tornarão mais competitivas, representando assim economia para os consumidores”, afirmou.

Fonte: Setcesp

Copom mantém juros básicos da economia em 13,75% ao ano

Notícias 02 de fevereiro de 2023

Apesar da alta recente na inflação, o Banco Central (BC) não mexeu nos juros. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa Selic, juros básicos da economia, em 13,75% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros.

Em comunicado, o Copom indicou que os juros podem ficar altos por mais tempo que o previsto e não descartou a possibilidade de novas elevações caso a inflação não convirja para o centro da meta, como o esperado. O órgão também informou que persegue a convergência da inflação para o centro da meta para meados de 2024.

“O comitê segue vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período mais prolongado do que no cenário de referência será capaz de assegurar a convergência da inflação. O comitê reforça que irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas, que têm mostrado deterioração em prazos mais longos desde a última reunião”, destacou o texto.

A taxa continua no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava em 13,75% ao ano. Essa foi a quarta vez seguida em que o BC não mexe na taxa, que permanece nesse nível desde agosto. Anteriormente, o Copom tinha elevado a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis.

De março a junho de 2021, o Copom elevou a taxa em 0,75 ponto percentual em cada encontro. No início de agosto do mesmo ano, o BC passou a aumentar a Selic em 1 ponto a cada reunião. Com a alta da inflação e o agravamento das tensões no mercado financeiro, a Selic foi elevada em 1,5 ponto de outubro de 2021 até fevereiro de 2022. No ano passado, o Copom promoveu dois aumentos de 1 ponto, em março e maio, e dois aumentos de 0,5 ponto, em junho e agosto.

Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

Inflação

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em 2022, o indicador fechou em 5,79%. Desde o fim do ano passado, a inflação vem subindo por causa da alta do preço dos alimentos e da reversão parcial das desonerações sobre os combustíveis.

O índice fechou o ano passado acima do teto da meta de inflação. Para 2022, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou meta de inflação de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não podia superar 5% nem ficar abaixo de 2% no ano passado. Para 2023, a meta de inflação está em 3,25%, também com margem de 1,5 ponto percentual, o que garantiria um intervalo entre 1,75% e 4,75%.

No Relatório de Inflação divulgado no fim de dezembro pelo Banco Central, a autoridade monetária estimava que o IPCA fecharia 2023 em 5% no cenário base. A projeção, no entanto, pode ser revista na nova versão do relatório, que será divulgada no fim de março.

As previsões do mercado estão menos otimistas. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 5,74%. Há um mês, as estimativas do mercado estavam em 5,31%.

Crédito mais caro

A elevação da taxa Selic ajuda a controlar a inflação. Isso porque juros maiores encarecem o crédito e desestimulam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas mais altas dificultam a recuperação da economia. No último Relatório de Inflação, o Banco Central projetava crescimento de 1% para a economia em 2023.

O mercado projeta crescimento menor. Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos pelo país) neste ano.

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.

Fonte: SETCESP

Congresso deve priorizar a reforma tributária

Notícias 02 de fevereiro de 2023

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, quer uma tramitação conjunta da reforma tributária e do projeto de uma nova âncora fiscal no primeiro semestre do ano, mas a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que altera a tributação sobre o consumo deve ganhar prioridade na preferência dos deputados e senadores que tomaram posse nesta quarta, 1º, no Congresso.

Nem mesmo parlamentares do PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dizem que há chances de as duas propostas caminharem no Congresso ao mesmo tempo.

A reeleição dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), abre agora o caminho para o início da votação da pauta econômica, mas a velocidade desejada pelo ministro não está garantida.

Antes da reforma tributária e do novo marco regulatório para as contas públicas, o Congresso terá de analisar as medidas provisórias do pacote anunciado por Haddad no início de janeiro - e que já enfrenta resistências.

Segundo o líder do PT na Câmara, deputado Zeca Dirceu (PR), Lira vai criar um grupo de trabalho formado só por deputados para tratar da reforma tributária. Na sua avaliação, a discussão do texto está mais adiantada do que a da nova regra fiscal.

Para o cientista político Rafael Cortez, sócio da consultoria Tendências, a agenda econômica vai enfrentar algumas dificuldades, o que colocará em risco os planos iniciais de Haddad de aprovar os projetos rapidamente. Ele vê "ambição" em tentar conduzir vários temas no plano econômico que exigem mudança legislativa. "Tem realmente uma pauta ambiciosa."

Além disso, diz que a agenda terá uma rivalidade com a pauta que o ministro da Justiça, Flávio Dino, está desenhando para enfrentar essa questão dos atos antidemocráticos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Folha Vitória

 

Transcares e Transilva participam de operação humanitária em São José do Calçado

Notícias 02 de fevereiro de 2023

As fortes chuvas que caíram na primeira semana de janeiro em São José do Calçado, na região do Caparaó Capixaba, causaram não apenas alagamentos e quedas de barreira, mas muito prejuízo e  perdas para famílias do município. E na sexta-feira, 27 de janeiro, a pedido do coordenador-geral da Defesa Civil do Espírito Santo, coronel Áureo Buzatto, o Transcares entrou em ação, por meio da Transilva.Log, para uma nova ação em favor da vida.

A Defesa Civil solicitava apoio da entidade para transportar 541 colchões, além de artigos de limpeza, higiene e alimentos, da Serra, na base do Corpo de Bombeiros, até São José do Calçado. O no sábado, 28, as doações chegaram a bordo de uma carreta, numa negociação solidária que envolveu Buzatto, o superintendente do Transcares, Mario Natali, e o diretor da Transilva, Adilson Simões.

“O município está cheio de pessoas desabrigadas e desalojadas, e se o transporte fosse feito pelo caminhão da prefeitura seriam necessárias umas sete ou oito viagens. Com a ajuda que recebemos, chegou tudo de uma só vez e pudemos oferecer um mínimo de conforto à população”, destacou coronel Buzatto, que agradeceu a prontidão do Transcares em ajudar e o fato da Transilva ter abraçado a causa.

“Felizmente, nossa operação de ajuda humanitária foi um sucesso! E vocês são parte disso”, resumiu o coordenador-geral.

 Fonte: Assessoria de Imprensa Transcares

ANTT estabelece prazo para revalidação dos dados cadastrais do RNTRC

Notícias 01 de fevereiro de 2023

A revalidação ordinária tem como objetivo a atualização dos dados cadastrais dos transportadores inscritos no RNTRC e dos respectivos veículos cadastrados em sua frota.

Os procedimentos de revalidação ordinária deverão ser observados pelos transportadores rodoviários remunerados de cargas, inscritos nas categorias TAC, ETC e CTC, que estejam com o registro na situação “ativo”, “pendente” ou “suspenso”.

Para os transportadores que se inscreveram no RNTRC a partir de 1º de setembro de 2022 ficam dispensados de realizar os procedimentos de revalidação ordinária.

A ANTT fará, de forma automatizada, a atualização das informações cadastrais dos transportadores a partir das bases de dados da Receita Federal do Brasil e a verificação das informações dos veículos junto à base RENAVAM.

Caso sejam verificadas inconformidades quanto aos requisitos para manutenção no RNTRC o transportador deverá realizar um pedido de “Revalidação Ordinária” no sistema RNTRC, para regularizar a situação de seu registro, conforme cronograma estabelecido.

Os pedidos de “Revalidação Ordinária” poderão ser realizados pelo próprio transportador, por meio da plataforma RNTRC Digital, ou em um ponto de atendimento de sua categoria, habilitado pela ANTT.

Jamef investe na contratação de mulheres buscando valorização feminina no transporte rodoviário de cargas

Notícias 01 de fevereiro de 2023

Dados da Secretaria Nacional de Trânsito apontam que o Brasil possui aproximadamente 4,39 milhões de Carteiras Nacionais de Habilitação para veículos pesados, sendo 97,19% de homens e apenas de 2,81% mulheres.

A Jamef, uma das maiores empresas do Brasil em soluções logísticas para transporte de mercadorias, acaba de se unir ao movimento Vez & Voz – Mulheres no TRC, uma iniciativa do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de São Paulo e Região (Setcesp) que tem como intuito valorizar as mulheres que trabalham no setor.

Embora a presença feminina ainda seja modesta no país, a Jamef tem como propósito incentivar a participação das profissionais na área. Atualmente, a empresa conta com cerca de 4 mil colaboradores, dos quais 680 são mulheres.

Nos últimos anos, a transportadora registrou um aumento expressivo na quantidade de mulheres contratadas. Em 2022, a Jamef observou um crescimento de 160% no número de mulheres contratadas. Um avanço ao percentual já expressivo que havia sido observado em 2021, que foi de 85%.

“A Jamef é uma empresa que promove uma gestão inclusiva entre seus profissionais com ações constantes para a equidade de gênero e de fomento à cultura de valorização da mulher”, diz Fernando Borges, diretor de Recursos Humanos da empresa.

É o caso de Suellen Xavier de Araújo, que começou como recepcionista na companhia há 16 anos e comemora o início de 2023 em um novo cargo de liderança: de gerente na filial de Goiânia (GO). “A Jamef sempre apoiou o meu crescimento e investiu na minha carreira profissional. Sou privilegiada por estar em uma empresa com um olhar para o crescimento das mulheres e que não faz nenhuma distinção. Sinto que o tratamento é igual ao de um homem que ocuparia a mesma posição”, conta.

A transportadora também passou a ter mulheres carreteiras há pouco mais de um ano. A motorista Kelly Cristine sempre sonhou em trabalhar com transporte de cargas e percebe que a mulher está ocupando cada vez mais espaço no ramo. “Estar na Jamef é uma conquista na minha carreira, porque sei que aqui só entram os melhores. Além disso, a empresa trata todos com igualdade e o fato de eu ser uma mulher não gera preconceito diante dos outros colegas”, revela a profissional.

Preocupação real

De acordo com a pesquisa do Setcesp ‘Mulheres no Transporte Rodoviário de Carga’, realizada em 2022, 24% dos colaboradores no setor de transporte são mulheres em São Paulo. Neste universo, apenas 1% dos cargos de motoristas é ocupado por mulheres (dos 2.099 motoristas que fizeram parte da pesquisa, apenas 24 são mulheres). Ainda entre as empresas entrevistadas na pesquisa Vez e Voz, quase 24% possuem políticas de contratação de mulheres e 32% têm mulheres em cargos de liderança (gerência e direção).

Do total das mulheres na Jamef hoje, cerca de 7,5% ocupam cargos de liderança. É o caso da Diretora de TI, Ana Negoro, com mais 20 anos de experiência na área de Tecnologia e que chegou em 2022 a empresa. “A Jamef é muito aberta para mulheres na liderança. Nosso desafio tem sido trazer mulheres para a TI, uma área que é tradicionalmente mais masculina”, diz Ana.

Além de fomentar o crescimento dentro do setor e atrair novos talentos, o objetivo da empresa é integrar uma rede de apoio que promova a discussão de diversos assuntos como autoconhecimento, relacionamento, maternidade, saúde, beleza e todos os desafios que são inerentes às mulheres. “Sabemos que o público masculino ainda é majoritário no setor de transportes. Entendemos que é com a união do setor que esse cenário poderá ser mudado e, por isso, queremos contribuir para a equidade de gênero e incentivar o crescimento profissional das nossas colaboradoras. Aderir ao movimento Vez & Voz é uma forma de apoiar essa luta, além de oferecer o suporte necessário para o desenvolvimento do nosso time de mulheres”, reforça Borges, diretor de RH da Jamef.


Fonte: SETCESP

Desburocratização permitirá mais agilidade no transporte rodoviário de cargas

Notícias 01 de fevereiro de 2023

A demanda por transporte rodoviário em 2022 foi recorde mesmo com um cenário de custos elevados. Embora a produção física industrial não tenha andado ao lado do Brasil, a safra de grãos no ano passado foi 4% acima de 2021 e, para 2023, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), espera-se um aumento de quase 12% na produção de granéis agrícolas.

O modal rodoviário ainda representa mais de 65% da movimentação de cargas nas malhas brasileiras, e a previsão é que continue nesse patamar até que os programas de novas infraestruturas de modais alternativos sejam realmente concretizados.

Danilo Guedes, presidente da ABC Cargas, empresa localizada em São Bernardo do Campo e com mais de 25 anos de experiência no setor, pondera as expectativas para esse ano: “Acredito que será um ano bastante promissor. Teremos algumas pautas a serem discutidas e decididas pelas lideranças governamentais e instituições privadas que podem nos ajudar, enquanto empresa, a continuar evoluindo”.

Um dos movimentos que vem sendo implantado aos poucos, mas que será integrado efetivamente a partir deste ano, é a nova regulamentação do Documento Eletrônico de Transporte (DT-e). A iniciativa do Governo Federal visa facilitar as operações de transporte de cargas, em qualquer modal, eliminando a impressão de documentos eletrônicos e diminuindo o tempo de parada dos motoristas.

Segundo dados do Governo, os caminhões ficam cerca de seis horas parados em postos fiscais para comprovação de diversas documentações. Assim, o DT-e vem com toda a inovação e praticidade de que o setor necessita.

Apesar de o funcionamento estar em estágio inicial no processo de cadastramento prévio de geradoras de DT-e, Danilo reforça o poder que essa nova ferramenta pode trazer: “O DT-e será um documento importante para desburocratizar o setor e deixar em um único arquivo todas as informações cadastrais, contratuais, logísticas, sanitárias, entre outras, dispensando a apresentação (não a emissão) de uma série de registros separados”, descreve o executivo.

Ainda de acordo com o Governo Federal, a tecnologia criada digitalizará e unificará em uma única plataforma mais de 90 documentos necessários para o transporte rodoviário de cargas. Essa agilidade nos processos logísticos e documentais é o ponto de destaque que as empresas procuram para ajudar tanto na atualização de dados quanto na praticidade que trará aos motoristas e agentes envolvidos.

O executivo destaca a importância de se acompanhar a modernização e como isso tem efeito benéfico, inclusive em sua empresa: “Atualmente, grande parte da emissão de nossos documentos de transporte (CT-e e CRT) são feitos com nossos principais clientes por meio de um sistema de intercâmbio eletrônico de dados (electronic data interchange ou EDI). Foi um processo demorado e de convencimento, mas que trouxe resultados significativos para a nossa empresa. Um de nossos pilares é a inovação, e trabalhamos para que a tecnologia seja um meio e não um fim. Então, por meio dela, podemos dar agilidade às nossas emissões e aumentar a acuracidade nas informações, pois evitamos, por exemplo, o cadastramento manual”.

Sustentabilidade

Além da praticidade que a nova ferramenta pode atribuir ao setor, outro ganho importante será a sustentabilidade, visto que a tecnologia possibilitará a diminuição nas emissões de documentos físicos, retirando o porte obrigatório de papéis em mãos.

“O prazo para que o programa seja publicado é de 90 dias, e precisamos aguardar o cronograma da implementação. Porém, sempre defendi que deveríamos ter um documento único de porte obrigatório, substituindo os demais exigidos. Do ponto de vista ecológico, será muito mais sustentável, pois evita o desperdício de milhares de papéis impressos diariamente pelas transportadoras”, destaca o presidente da ABC Cargas.

As empresas acreditam que o DT-e será um grande passo para a modernização do setor, o que abrirá portas para novos investimentos e que permitirá um desenvolvimento ainda maior tanto das transportadoras quanto dos trabalhos realizados. “Acredito que ter uma união institucional, defender bandeiras importantes para o setor, como desburocratização, maior segurança nas estradas, diminuição da insegurança jurídica, manutenção da desoneração da folha de pagamentos, entre outros, são pilares que podem fazer com que o segmento evolua constantemente”, encerra Guedes.

CNI divulga prioridades da indústria no Brasil e na Alemanha

Notícias 31 de janeiro de 2023

A Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Federação das Indústrias Alemãs (BDI em alemão) e a Comissão da Indústria Alemã (LADW em alemão) divulgaram uma nota conjunta com cinco prioridades do setor em ambos países, nesta segunda-feira (30/1).

O documento destaca a necessidade da conclusão do Acordo UE-Mercosul, de 2019 e atualmente parado. A ideia é constituir uma zona de comércio livre moderna, “com um mercado de mais de 717 milhões de pessoas, cobrindo cerca de 20% da economia mundial e 31% das exportações mundiais de bens”. O Acordo também estabelece regras ambientais e compromissos voltados para a ação climática, reafirmando os compromissos de ambos os blocos com acordos multilaterais, como a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas e o Acordo de Paris.

Outro ponto levantado pela categoria é a modernização do plano de ações da parceria Alemanha-Brasil, em vigor desde 2008. Para tanto, foi apontado a necessidade de descarbonização, digitalização/Indústria 4.0, segurança cibernética, inteligência artificial e eletrificação inteligente.

As indústrias alemãs e brasileiras pedem, ainda, por um novo e moderno Acordo Bilateral para Evitar a Dupla Tributação (ADT). Ambos os países mantiveram um ADT por mais 30 anos, no entanto, em 2006 foi denunciado por divergências nas políticas tributárias e interpretações sobre tributação de serviços técnicos, preços de transferência e tributação presumida.

Adentrar à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é mais uma das prioridades. De acordo com a CNI, BDI e LADW, ao se tornar membro da OCDE o país promoverá “a implementação de reformas estruturais e regulatórias, melhorando o ambiente de negócios no Brasil e sua competitividade econômica de forma geral, ao mesmo tempo em que promoverá maior segurança jurídica para atrair investimentos estrangeiros”.

Por fim, o setor industrial dos dois países pede por iniciativas bilaterais de digitalização e da Indústria 4.0, buscando superar as lacunas entre avanço tecnológico e capacidade das empresas, em especial de pequenas e médias, “de se beneficiarem com o aumento da sua produtividade e competitividade”.

“Reconhecemos a importância de iniciativas colaborativas entre o Brasil e a Alemanha para fomentar o uso de tecnologias avançadas por meio de experiências recentes bem-sucedidas em ambos os países e para promover, ainda mais, os investimentos bilaterais e os programas conjuntos de pesquisa e desenvolvimento”, diz o documento.

Nós respeitamos sua privacidade. Utilizamos cookies para coletar estatísticas de visitas para melhorar sua experiência de navegação. Saiba mais em nossa política de privacidade.

Li e Concordo